13 novembro 2008

Caminhada até Roios

Tenho andado tão “distraído” com algumas bilhós que têm rebentado por aí que deixo passar as minhas “reportagens” sem ao menos mostrar uma ou duas fotografias de alguns dos passeios pelo concelho.

Já lá vais mais de um mês que fiz uma larga caminhada pela serra, que se prolongou para lá de Roios, admirando uma zona bastante agreste e pouco conhecida da maioria das pessoas. Foi no dia 5 de Outubro e começou ao início da manhã. A subida ao Facho, partindo da Rua do Carriço, é um bom exercício de aquecimento. É uma boa oportunidade para apreciar o céu azul em contraste com o verde das agulhas dos pinheiros.

Depois de atingir o alto, a descida nas costas da serra, olhando Bornes é um percurso sossegado, onde o barulho da civilização pouco se faz ouvir. Pensei talvez fotografar as vinhas, ainda com uvas, mas não havia já nada por vindimar.

Contornei a aldeia de Roios, por norte, não chegando a entrar nela. Havia vários caminhos alternativos e quase ao acaso, optei por um. Conduziu-me a lado nenhum. Veio-me à memoria um dos percursos mais difíceis que já fiz por estas paragens, a 9 de Maio de 2007, quando atravessei várias quintas, acabando por chegar a Assares.

As dificuldades em seguir em frente eram mais do que muitas. Após subir a um morro para admirar as quintas em frente, bem como o Vale da Vilariça com Lodões a espreguiçar-se ao sol, decidi apanhar um caminho que me levou a Roios. A aldeia estava tranquila, possivelmente todos estavam em volta do almoço e eu também já lhe tinha vontade.

Optei por seguir o caminho mais curto para chegar a Vila Flor. Nos livros de João de Sá é muitas vezes referido o caminho que liga Vila Flor a Roios, passando pelas capelas. Nunca segui esse caminho, mas penso fazê-lo numa próxima oportunidade. Desta vez segui mesmo em linha recta, por debaixo de um linha eléctrica, onde tinham limpo o mato. É um percurso íngreme e extenuante, mas fez-me chegar às capelinhas mais rapidamente.

Para completar o percurso, subi ao miradouro e desci à Rua do Carriço, ainda a tempo de me recompor com um bom almoço.


3 comentários:

Anónimo disse...

A aldeia de Roios tem para mim um especial encanto, pois foi aí que iniciei a minha vida profissional, no ano lectivo de 1963/64, com uma turma de 35 alunos, distribuídos por quatro classes. Ainda conservo boas amizades desse tempo, quer de alunos, quer dos familiares.
Quanto ao caminho pelas "Capelas", era o que eu fazia todas as semanas para ir para Freixiel e regressar na 2ªfeira. Era nova e não tinha medo da caminhada...
Hoje, as realidades são muito diferentes daquele tempo e, a própria aldeia, deve estar muito diferente...
Parabéns, Aníbal, pelas fotos maravilhosas com que ilustrou a descrição do passeio!!!
Cumprimentos
Anita

Alexandrina Areias disse...

Gostei da descrição da caminhada até Roios... Da forma que o faz, quase conseguimos "acompanhá-lo" e disfrutar das paisagens e até "sentir" as dificuldades do percurso... Reconheço a casa de Roios, ficou com outra visão... deu uma foto bem interessante...
Cumprimentos,

AA

DAVID disse...

Olá! Sou de São Vicente, SP, Brasil e estou fazendo minha Genealogia onde descobri que meus bisavós residiam em Roios devido a uma carta que achei datada de 1935.
Meu avô se chamava Àlvaro dos Santos e nasceu provavelmente em Roios em 1899 e faleceu em 1935 aqui no Brasil (meu pai tinha apenas 4 meses de idade). A carta que achei são de meus bisávos Ezequiel Augusto e Maria Nactividade. Desde a carta nunca mais se teve notícias deles. Solicito uma ajuda a quem possa me dar informações (data de nascimento ou falecimento, local, etc.) sobre meus bisávos e se existem descendentes. Anibal fiquei emocionado ao achar seu Blog com estas fotos maravilhosas e comentários sobre Roios, parabéns pelo belo trabalho. Agradeço a atenção!! Meu e-mail é davidsud@uol.com.br