16 novembro 2009

Cogumelos (2)


No dia 14 de Novembro saí pela segunda vez à procura de cogumelos. Dirigi-me para uma zona de pinhal perto da barragem do Peneireiro, onde tinha encontrado alguns rocos na minha primeira saída. Durante uma hora quase não encontrei nada. Já se encontram poucos rocos e, os poucos que se vêem, já estão bastante adiantados e não vale a pena colhe-los. Ainda bem que sobram alguns. Não podemos esquecer que o que se apanha dos cogumelos é apenas uma pequena parte do organismo, ou seja, os corpos frutíferos que têm por função propagar os esporos. É importante não destruir os cogumelos que não apanhamos.
Passada mais de uma hora parti em direcção ao Seixo de Manhoses apenas com dois exemplares de cogumelo.
Fiz uma paragem num pinhal. Deixei a máquina fotográfica no carro e dei uma volta de reconhecimento. O meu entusiasmo aumentou quando vi, bastante escondida, a primeira sancha. Voltei ao carro rapidamente, pensando para mim: - Pode não dar para o almoço, mas vai dar uma bela fotografia.

Encontrei de seguida uma grande quantidade de sanchas, quase todas bastante grandes e alguns rocos. A certa altura cruzei-me com um casal de idosos que já traziam um cesto cheio, inclusive com alguns moncosos! Além de me facilitarem algumas fotografias, até me ofereceram os três moncosos mais bonitos! Acabei por ainda encontrar mais alguns.
Entusiasmei-me e só voltei para casa após a uma da tarde, depois de me telefonarem para lembrar o almoço. Procurar cogumelos é das actividades mais relaxantes e interessantes que conheço. Infelizmente, desse meu passatempo de criança (passatempo útil uma vez que os cogumelos tinham um papel importante na nossa alimentação nesta época do ano) pouco resta. Por isso, foi com grande entusiasmo que saboreei toda a manhã nesta actividade.


Voltei para casa com a quantidade suficiente para fazer um bom guisado. Os poucos rocos que trouxe acabaram por ir para o lixo. As sanchas estavam excelentes, tal como os moncosos.
Também touxe um roco, à parte, que me ofereceu dúvidas quanto à espécie. Como não encontrei ninguém com quem confirmar se era mesmo comestível ou não, acabou por ir também para o lixo.
Se tiver oportunidade, vou repetir a experiência. Talvez assim consiga fazer um pequeno levantamento fotográfico sobre cogumelos do concelho.

Variedade de que falo no texto:
Rocos (roques, fusos, frades) - Macrolepiota procera
Sanchas (setas) - Lactarius deliciosus
Moncosos - Boletus edulis

3 comentários:

Transmontana disse...

Os cogumelos cozinhados estão mesmo apetitosos!
Eu aprecio muito este pitéu, mas, confesso que os como, sempre, com um certo receio!
Uma boa semana!
Anita

Esmeralda disse...

Olá
..a esta hora, "iam-me saber pela vida" (frase que muitas vezes utilizo e que não sei se é nossa - transmontana)
Estão cá com um aspecto!!!!! A água até já cresce na boca!!!!
Ainda bem que não estou grávida!!!(lol)
Parabéns, Eulália!!!
Obrigada aos dois por tudo.
Abraço-vos.
Esmeralda

Anónimo disse...

A enorme vontade, de me ferrar num prato de sanchas, com tão bom aspecto, como o que o Aníbal nos mostra e o também enorme medo, do hipotético fatalismo,que daí possa advir, colocam-me sempre perante um enorme dilema.Que fazer afinal?
O medo quase sempre vence!Resta-me uma sensação de "salivar em falso"
Que puder e tiver coragem, aproveita.Só conheço as sanchas, mas é um prato delicioso,fantástico.
Abraço amigo
Rui Guerra