28 abril 2009

À Descoberta, na IV Rota da Liberdade

No dia 26 de Abril saí mais uma vez à descoberta do concelho em BTT. Desta vez acompanhado de centenas de ciclistas e alguns caminhantes (que o amigo Rui Guerra fez questão de acompanhar). A minha palavra de maior apreço vai para o Clube de Ciclismo de Vila Flor que, mais uma vez, trouxe a Vila Flor centenas de pessoas levando-as à descoberta das nossos trilhos, das nossas paisagens, da nossa gastronomia e da nossa simpatia. Há provas bem evidentes, nos comentários que os participantes fazem quer no blogue do Clube quer noutros fóruns dedicados ao BTT.
Mesmo sem andar muito “rodado” nas duas rodas, não quis perder a oportunidade, até porque nas duas edições anteriores em que participei percorri locais fantásticos e descobri outros caminhos para conhecer o concelho sem ser à pressa, pelas estradas de asfalto.
E foi assim que desbravei outros caminhos pelo Seixo, Candoso, Carvalho de Egas, Samões e Vila Flor. Não me aventurei a descer a Freixiel. Próximo dos 70 quilómetros neste tipo de terreno e a este ritmo, já é demais para mim!
Fiz o meu percurso sem pressas, com paragens constantes para fotografar os atletas. Destes, alguns tinham alguma ânsia de chegarem à meta, outros rolaram tranquilamente, em pequenos grupos, apreciando as paisagens e o dia luminoso e bastante fresco, o que ajudou bastante.

Já a poucos quilómetros da meta, quis o destino que uma distracção e um abuso de confiança, me provocassem uma queda bastante aparatosa. Fui levado ao hospital distrital de Bragança para fazer algumas radiografias a um ombro e à caixa torácica. Apesar de muitas dores, não estava nada partido e regressei a casa com um braço ao peito e a recomendação de um longo período de descanso. O que mais me dói, é que não posso mover o braço direito para tirar fotografias, por isso os visitantes do Blogue vão ter que se contentar com as que tenho em arquivo.

23 abril 2009

Companhia agradável

A maior parte das minhas viagens "À Descoberta" são feitas em solitário, mas, às vezes, consigo convencer alguém a acompanhar-me. Aqui fotografei o meu filho mais novo, no meio do Rio Tua, a tentar captar a agitação das águas junto à ponte, em Vilarinho das Azenhas.

18 abril 2009

O rio Tua na Ribeirinha

Hoje fui visitar o Rio Tua à Ribeirinha. O dia não estava muito bom, mas a fotografia até nem ficou mal.
Está a decorrer este fim de semana o 1.º Festival de Canoagem da Terra Quente e o rio está cheio de animação e cor. Foi pena que não vi nenhuma representação do concelho (onde até há clubes a praticarem canoagem). Amanhã, domingo as actividades decorrem mais a jusante já nos concelhos de Carrazeda de Ansiães e Alijó.

16 abril 2009

De BTT a Vale Frechoso

O meu reencontro com os passeios em BTT aconteceu no dia 26 de Março. Já há bastante tempo que não saía a pedalar, há algumas razões para isso, mas também há bastantes para eu quebrar este meu jejum das duas rodas.
Optei por um percurso curto, sem dificuldades, só para praticar um pouco. A escolha recaiu sobre Vale Frechoso.
Segui pela estrada apreciando a paisagem. Só com Vale Frechoso à vista é que fiz a primeira paragem. Encostei a bicicleta na berma da estrada e segui a pé em direcção ao marco geodésico da Rosa, no Monte Rosa. O que me encanta neste cabeço de 643 metros de altitude (além do curioso nome) é a vegetação rasteira que o rodeia, excelente para apreciar as primeiras amostras da Primavera. Tudo em redor estava florido! As giestas de flores brancas, várias variedades de urze e a carqueja. Foi mesmo a carqueja que mais me cativou. O amarelo quente, a lembrar o mel, destacava-se no azul do céu, quando olhado de um ângulo perto do solo. Curiosamente as abelhas não procuram as flores de carqueja.
Depois de passar bastante tempo sentado no chão numa tentativa de captar todo o colorido da vida perto do solo, parti em direcção à aldeia de Vale Frechoso. Não tinha um percurso estudado, iria percorrer as principais ruas à espera de ser surpreendido por algum pormenor que me escapou em visitas anteriores.
Quando se chega à aldeia temos o S. Lourenço a receber-nos, no seu nicho recente e bem cuidado. S. Lourenço é o padroeiro de Vale Frechoso, já o era no séc. XIII, embora a igreja ainda não fosse a actual.
À esquerda está a capelinha dedicada a Nossa Senhora de Lurdes, num local elevado, bem exposto ao sol e aos elementos. Também em Samões há uma capelinha dedicada a Nossa Senhora de Lurdes.
Outro dos locais de passagem obrigatória é o Largo da Fonte. É um dos pontos centrais da aldeia. Aqui se realiza a festa de Verão (10 de Agosto), se situam os lavadouros, água potável, um pequeno jardim, o coreto e a Fonte Romana ou Fonte Velha. Tal como outras também assim apeladas no concelho, não é uma verdadeira fonte romana mas sim medieval, o que não lhe retira o interesse. Pena que a sua posição quase soterrada, não a torna muito estética nem visível.
Pela Rua da Igreja vêem-se algumas das construções mais interessantes da aldeia: a Casa Paroquial e uma antiga casa abastada com uma cerca muito interessante em ferro forjado. A Casa Paroquial é uma casa-solar do Séc.XVIII. É impossível não reparar no seu bonito portal, mas fica ainda mais bonito quando a rama de videira tem folhas que se entrelaçam sobre ele. A casa com a vedação em ferro mostra alguns sinais de decadência, mas daria excelentes fotografias de pormenores do trabalho em ferro.
Fui de seguida à igreja matriz, não é fácil encontrá-la aberta. Sobe o olhar desconfiado das pessoas que rezavam, tirei algumas fotografias do aspecto geral. Felizmente alguns dos presentes já me conheciam e sossegaram os olhares desconfiados. Nas escadas que sobem para o coro está gravada a era de 1860, não percebi porquê, uma vez que a igreja terá sido mudada para este local em 1750. Os altares poderão estar relacionados com o período entre essas datas, mas muito interessantes são mesmo as imagens em granito colocadas no frontispício e que foram recuperadas da anterior igreja.
Depois de sair da igreja dei um longo passeio pelas principais ruas da aldeia: Rua do Arco, Rua do Outeiro, Rua do Castelo, Rua Francisco António Pereira, Rua da Portela, Rua das Eiras, etc. Aqui e ali apreciei vestígios de tempos com mais vida, encontrando-se agora as casas em ruínas, como que petrificadas no tempo e no espaço.
É de reforçar o topónimo Castelo. Existe mesmo um castro romanizado, onde não tive ainda a oportunidade de estar. Pelo que dizem os habitantes da aldeia, poucos vestígios existem, mas tal não se deverá à devastação provocada pela primeira guerra mundial, mas sim a causas muito anteriores a esse acontecimento. Está aí reportado o aparecimento de duas lucernas, que são pequenas lamparinas a azeite usadas pelos romanos há 2 mil anos! É um local que me falta conhecer este Cabeço do Castelo ou Castelo de Valadares.
Ao circular de novo à frente da igreja, vi as pessoas que estavam a sair. Passei mais de uma hora à conversa com algumas idosas que me falaram animadamente da sua aldeia. Fez-me falta um gravador, mas quem sabe não o levarei na próxima visita!
Já depois das dezoito horas parti de regresso a casa. Escolhi seguir um percurso alternativo e desci por caminhos rurais em direcção a Roios. O sol já estava baixo e não me permitiu muitas mais fotografias. Ainda assisti quando os últimos raios de sol beijaram o cabeço de Nossa Senhora da Assunção.
Foi um passeio muito agradável. Percorri 22 quilómetros em BTT e passei uma excelente tarde de sol em contacto com a natureza e com as pessoas de Vale Frechoso. Nesta aventura - À Descoberta - só custa partir.

Ligações:

15 abril 2009

Papel de Parede (em azul)

Depois de uns dias de pausa, À Descoberta nos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Carrazeda de Ansiães, estamos de volta ao ritmo normal dos dias em Vila Flor. Eu começo os dias com a cor azul, quando saio de casa e olho o Facho. "Pintei" o Blogue em tons de azul e deixo uma bonita fotografia para usar como papel de parede, enquanto não chega outro mais colorido com as tonalidades da Primavera.
A fotografia foi tirada em Fevereiro quando voltava da Ribeirinha, já muito próximo de Vilas Boas.

08 abril 2009

Paraíso


São férias! Anda a Paz à minha volta
Em asas de alegria e de bondade
Que me levam a alma desenvolta
A pairar num azul de f'licidade.

A Natureza é minha e tem verdade
Na fontinha a cantar, na ovelha solta,
De lã macia e branca, na revolta
Da sombra que reclama claridade!

O convívio é melhor, tem mais candura,
Há um mútuo amor que se revela
No sorriso de toda a criatura...

Lança-se à noite a mão a cada estrela,
De manhã bebe-se o sol em taça pura,
E a vida é um paraíso! E a vida é bela!!!

Soneto de Cabral Adão, publicado no jornal "Notícias de Mirandela".

04 abril 2009

Flor do Mês - Março 2009

Chegou a Primavera, não faltam candidatas a Flor do Mês de Março. Escolhi uma que talvez não seja das mais conhecidas, mas é sem duvida das mais curiosas. À primeira vista pode ser confundida com a Flor do Mês de Janeiro de 2009, mas não, nem sequer pertence à mesma família.
Esta flor pertence à família Aristolochiaceae, e é a espécie Aristolochia paucinervis Pomel. Segundo o registo do Jardim Botânico da UTAD existe em todos o país sendo conhecida por vários nomes todos eles curiosos: Aristolóquia; Aristolóquia-fibrosa; Aristolóquia-longa; Aristolóquia-menor; Erva-bicha; Erva-bicha-dos-hervanários; Estolóquia; Estrelamim; Pistolóquia.
As plantas desta família são normalmente trepadoras, mas não é o caso. Gosta de matos, campos cultivados e beira dos caminhos. A floração acontece de Março a Julho. As folhas são cordiformes e as flores são verde-amarelo com listado roxo.
Estas plantas não causam muita simpatia nas pessoas, havendo mesmo quem lhe atribua a causa de algumas doenças, no entanto, analisando o seu nome científico podemos ficar a saber que:áristos = excelente e lochia(locheía) = relativo ao parto. São, portanto, plantas que foram usadas na idade média como benéficas para o parto. Os frutos parecem pequenos melões, razão porque em espanha também é conheciado por meloeira (e orelhas do diabo!).
Estas fotografias foram tiradas no dia 19 de Março de 2009, junto à Fonte do Olmo (Vila Flor, perto do Parque de Campismo).

Flor do Mês - Março de 2008

02 abril 2009

Freguesia Mistério 26

A Freguesia Mistério do mês de Março (25) estava representada por algumas imagens a ilustrando as aparições em Fátima. Quando coloquei esse desafio, já sabia que a resposta não seria fácil, não estava era à espera que não houvesse nem um voto correcto! Conheço representações muito semelhantes a esta em Benlhevai e no Seixo, mas as que estão na fotografia podemos encontra-las na Rua da Estrada, em Valbom. Assim, a resposta certa era freguesia da Trindade. Sei que não há muitos visitantes do Blogue da Trindade, mas de Valbom ainda recentemente alguns emigrantes em França descobriram o seu cantinho português na Internet.
O Nabo conquistou mais uma vez o maior número de votos, 7 dos 28.
Assares (1) 4%
Benlhevai (2) 7%
Candoso (1) 4%
Freixiel (2) 7%
Lodões (2) 7%
Nabo (7) 25%
Roios (2) 7%
Seixos de Manhoses (2) 7%
Trindade (0) 0%
Vila Flor (5) 18%
Vilas Boas (4) 14%

O desafio para o mês de Abril de 2009 está representado por um portão de ferro forjado ricamente trabalhado. É um portão simbólico, uma vez que não veda o acesso a nada. Está situado num ponto de passagem, afastado de qualquer núcleo habitacional. Penso que já há algumas fotografias dele no Blogue.
Vamos lá dar o palpite durante todo o mês de Abril.