30 junho 2009

III Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais

Realizou-se em Freixiel, no dia 28 de Junho a III Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais. Nesta terceira edição o cartaz apresentava algumas novidades, uma das delas foi a celebração da Eucaristia no Largo da Ponte Nova. Foram muitos os que estiveram presentes.
Ao início da tarde foi o ponto alto para os mais novos. Tiveram oportunidade de jogarem jogos que não fazem parte do seu quotidiano, mas que fazia parte das brincadeiras das crianças, há algumas décadas atrás.
Na feira participaram alguns particulares, o Lar de Idosos e o Grupo de Bordados. O Grupo de Bordados continua a mostrar grande vitalidade, mostrando um vasto leque de trabalhos: os napperons com rendados delicados, sacos para o pão, toalhas, aventais, pegas, toalhas de mesa, flores feitas em croché, etc. Não faltaram as já habituais barbies vestidas com bonitos vestidos artesanais. Os quadros a ponto cruz eram menos abundantes. Havia também ramos de pequenas flores feitas com missangas e arame.
Seguia-se depois a barraquinha do Lar Santa Maria Madalena da Santa Casa da Misericórdia. Estavam expostos alguns trabalhos feitos pelos utentes e um painel com fotografias onde se documentava a elaboração dos mesmos.
Seguiam-se depois três bancas com produtos da terra: pão, bolos, vinho, azeite, queijo, azeitonas e outras iguarias que fazem os sabores típicos de Freixiel e da região.

Terminava a exposição um conjunto de trabalhos do artesão Bruno Pires. Escultura, desenho, pintura, utilizando as mais variadas técnicas e os mais originais materiais. Da bela madeira de oliveira aos caroços de azeitona ou de cereja, tudo pode ser utilizado para criar uma obra de arte, desde que haja habilidade para executar a obra e paz de espírito para a apreciar.
Por varias vezes as brincadeiras foram interrompidas por fortes trombas de água acompanhadas por violentos trovões, mas ninguém arredou pé.
Foi depois das seis da tarde que se juntou um maior número de pessoas. A actuação dos ranchos folclóricos atraem sempre muita gente. Os habitantes de Freixiel gostam de acarinhar o seu rancho e, este ano, houve até a novidade da actuação de outro rancho, o Rancho Folclórico da Mãe d’Água – Bragança. Foram estes que deram início ao baile, com ritmos bastante animados que os jovens executantes dançaram com muita alegria. Os temas, alguns viras muito alegres, versavam também o trabalho no campo como o linho, ou antigas profissões como a tecedeira.
Chegou depois a vez do Rancho Folclórico de Freixiel, com as suas rápidas coreografias de roda cheias de energia e alegria. Nem as constantes falhas no sistema sonoro cortaram o ritmo, e, uma após outra, tivemos oportunidade de ver e ouvir as canções que habitualmente abrilhanto a actuação do rancho.
O Rancho Folclórico da Mãe d’ Água fez questão de animar a festa por mais algum tempo com o seu grupo de cantares e o público não se fez rogado e começou imediatamente a dançar.
Prepararam-se as mesas e foi servido o lanche oferecido pela Junta de Freguesia a todos os presentes. Sardinha, fêveras, barriga de porco, churrasco, pão, vinho e outras bebidas fizeram esquecer as gotas da chuva que teimavam em querem acabar com a festa. Mas a vontade de dançar foi mais forte e a festa continuou com um animado arraial e com os assadores ainda em chamas, para reconfortar os mais resistentes que pretendiam levar a festa pela noite dentro.

28 junho 2009

Rancho Folclórico de Freixiel (4)


Actuação do Rancho Folclórico de Freixiel na III Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais, no dia 28 de Junho de 2009.

27 junho 2009

Rio Tua

Agora que o dias quentes vão chegar em força, quem pode, procura lugares mais frescos e mais calmos para retemperar as forças e a paz de interior tão necessária à saúde. No concelho de Vila Flor, um dos locais onde me sinto melhor é junto ao Rio Tua. São vários os locais com boas sombras para repousar ou comer uma bela merenda ouvindo a sinfonia dos pássaros e das águas.
Na Ribeirinha, com Barcel à vista podemos encontrar todos os ingredientes necessários para uma excelente tarde à beira-rio.

25 junho 2009

Louva-a-deus

O meu conhecimento de insectos nunca foi levado além do que qualquer pessoa sabe. No entanto, algumas espécies de louva-a-deus provocam a nossa curiosidade e às vezes até encanto.
O nome louva-a-deus deve advir da posição das patas dianteiras que às vezes parecem ser postas na posição de oração.
Estes insectos são benéficos uma vez que se alimentam de outros que podem causar estragos nas culturas, mas a principal curiosidade por que são conhecidos é a de a fêmea, com muita frequência, comer o macho enquanto acasalam. É impressionante a capacidade que têm para se camuflarem sendo até chamados bicho-pau. Há mais de 2000 espécies!
Este louva-a-deus foi fotografado próximo de Samões.

21 junho 2009

III Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais - Freixiel

No próximo Domingo, dia 28 de Junho, vai ter lugar em Freixiel III Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais. Face ao que pude verificar (e registar) nas duas realizações anteriores, será mais do que uma feira, mas uma festa. Vai haver bonitos bordados, ponto cruz, arraiolos, croché, e outros trabalhos feitos com muito carinho e mestria. Estou em crer que não vão faltar o vinho, o azeite, os figos secos, nozes, enchidos, económicos e outras iguarias que respiram aromas da terra.
Para alegar as pessoas não vai faltar música, dança, jogos tradicionais e sobretudo a simpatia das pessoas que gostam de mostrar a sua terra, em todas as vertentes) a quem os visita. Eu vou fazer os possíveis por não faltar.

Reportagens:
II Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais (22 de Junho de 2008)
I Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais (18 de Março de 2007)

20 junho 2009

Enquanto ainda é Primavera

Ontem subi às Capelinhas acompanhado com uma turma dos meus alunos para encerrarmos mais um ano lectivo em contacto com a natureza. Passei no local onde tirei a fotografia que publico hoje e o cenário já era bem diferente. Os dias passam, e, apesar de alguma chuva que caiu a verdura vai dando lugar a muita erva seca. Só aqui no Blogue, vai ser sempre Primavera :-)

19 junho 2009

Venderam o rio

Publiquei ontem algumas linhas no blogue A Linha é Tua que vou transcrever com todo o gosto para este Blogue. Ao contrário de muitos (anónimos e pessoas influentes), sempre mostrei claramente qual era a minha posição a respeito do Rio Tua e da Linha do Tua. Muita água ainda vai passar pelo que resta da Ponte do Diabo, muita vontade e muita pessoa mudar.

"Receitas extraordinárias voltaram a salvar o défice de 2008
O défice público de 2008 de 2,6% do PIB teve um contributo de 1,1% de receitas extraordinárias, o mais elevado desde que Santana Lopes foi primeiro-ministro em 2004. Sem estas "medidas temporárias", o défice orçamental português teria sido de 3,7% no ano passado, segundo se conclui do relatório anual do Banco de Portugal."

Notícia completa - Jornal de Negócios

Para aqueles que ainda tinham algumas dúvidas sobre os projectos que pretende trazer grande desenvolvimento à região, entre eles a tão badalada barragem do Tua, hoje podem esfregar os olhos e ler bem notícias como esta. O governo "fez" dinheiro com tudo o que podia para cumprir as metas do défice público. Nem que para isso tenha iludir as populações, destruir o património histórico e natural e ir contra as próprias regulamentações que tinha criado (veja-se o que se passa no Sabor, integrado na rede Natura 2000).
Os milhões eram necessários e por isso "venderam" o nosso rio, pretendem afogar a nossa linha e continuarão a lapidar o nosso património acenando aos autarcas com algumas verbas. Pudera, eles nunca olharam para o rio!

A fotografia mostra o Rio Tua, na Ribeirinha.

18 junho 2009

Uma gota de orvalho

Às vezes selecciono fotografias para que colocar no Blogue, mas, por qualquer razão elas vão ficando à espera de uma oportunidade, às vezes anos! Esta está em lista de espera há alguns meses, quando as videiras começaram a deitar os primeiros rebentos.
O Vinho é uma das principais riquezas de Vila Flor, logo a seguir ao azeite, mas à excepção dos agricultores que colocam à venda marcas próprias, a cooperativa navega por nevoeiros, tendo um futuro incerto.
A fotografia foi tirada algures entre o Cachão e o Vilarinho das Azenhas.

14 junho 2009

Procissões do dia do Corpo de Deus

Esta já não foi a primeira vez que percorri várias freguesias para fotografar as bonitas passadeiras de flores características das procissões do dia do Corpo de Deus. Não foi fácil porque algumas coincidiram no tempo, principalmente ao fim da tarde, mas, mesmo assim, fiz um bom conjunto de fotografias. Coloquei um conjunto de cada freguesia neste vídeo. Com fundo musical até é mais agradável ver passar as imagens. Está representada Vila Flor, Vilas Boas, Samões e Valtorno.


O facto de haver poucas flores selvagens não foi impeditivo para não fazerem as passadeiras. A maior parte delas foi feita com flores de jardim, mas o engelho levou a que fossem utilizados outros material como as favecas das giestas (à falta das maias). Havia de tudo: dedaleiras, fetos, sabugueiro, bucho, alfazema, cedros, heras, pinpilros, serim, etc.
Estas tradições estão mais enraizadas nas aldeias mas também a vila teve a sua procissão, acompanhada com a banda e participadas com algumas dezenas de crianças que há poucos dias fizeram a sua primeira comunhão.

13 junho 2009

Alminhas (8) - Alagoa

Hoje, dia de Santo António, pensei publicar uma das imagens deste Santo que existem em capelas e igrejas do concelho, mas, lembrei-me das Alminhas de Santo António. São umas alminhas existentes em Alagoa, com características únicas no concelho.
Alagoa, pequena aldeia, tem três alminhas, todas elas muito antigas. Mas estas, as de Santo António, seguiram um rumo totalmente diferente das restantes. Situadas na confluência da Rua dos Olmos e da Rua do Fundo do Povo estão integradas no núcleo urbano e sofreram adaptações que quase as transfiguraram completamente. Nota-se perfeitamente um nicho escavado na rocha, encimado por uma cruz em baixo relevo. Mas onde outrora existiu garantidamente uma pintura representando o purgatório, existe hoje um azulejo que representa Santo António com o Menino Jesus a acariciar-lhe a face. A iconografia permite-nos distinguir uns Santos de outros mas não obedece a critérios rigorosos e muito menos científicos. Identificamos Santo António por quatro características: o livro, o hábito de monge, a açucena e o Menino Jesus. Mas não será S. José? Se fosse S. José, teria certamente barba e não estaria vestido de monge. A açucena estaria presente, mas o livro não.
Santo António foi um frade Franciscano, português, canonizado e proclamado Doutor da igreja (talvez assim se justifique a presença do livro).
Por cima do bloco de granito que constitui as antigas alminhas, encontra-se cravada na parede, um placa em mármore que tem gravado a letras metálicas douradas os seguintes dizeres “ Santo António/ da ouceira mudado/ pela primeira vez /protector de quem/ o plantou/ e de quem nova/ morada lhe fez/ Manuel R. Gonçalves/ 24/04/1993”. No canto inferior esquerdo está a fotografia de um homem com bigode que se depreende ser o sr. Manuel Gonçalves. Não percebo o significado nem tão pouco sei se tem alguma relação com a Lenda da Osseira, que se conta em Alagoa.
Completa o conjunto uma caixa de esmolas, e um pequeno jardim com gradeamento de ferro forjado, pintado a branco e negro. Nas minhas diferentes viagens a Alagoa, sempre encontrei estas alminhas (Santo António) repletas de flores, quer em vasos junto ao retábulo quer no canteiro que as circunda.
Outra curiosidade é o facto de pelo dia de Santo António fazerem uma bonita cascata em sua honra.

11 junho 2009

Dia do Corpo de Deus

Hoje, dia Santo, dediquei-o a acompanhar as cerimónias do Corpo de Deus em algumas freguesias do concelho. Estive em Vila Flor, Samões, Vilas Boas e Valtorno, sempre acompanhado as procissões e fotografando as bonitas passadeiras feitas com verdura e flores de todas as cores. Logo que possa, pretendo mostrar algumas fotografias. A que publico hoje foi tirada no Rossio, em Vila Flor. Mostra as tradicionais colchas nas janelas (e um vaso de petúnias) para a passagem do Corpo de Deus.

10 junho 2009

Alminhas (7) - Mourão

Estas alminhas, na freguesia de Mourão, devem ser do conhecimento de muito poucas pessoas, à excepção dos residentes. Eu só as descobri depois de várias idas ao Mourão.
Acho que estas alminhas pertencem ao grupo das mais antigas do concelho, no género de um grupo existente em Alagoa e em Carvalho de Egas. Trata-se de um bloco de granito estrategicamente colocado na beira do caminho. Pode ser que este caminho fosse um acesso importante à aldeia, mas actualmente já não tem essa utilidade. Dá acesso a uma fonte e a alguns terrenos. A posição do bloco não deve ser a original, uma vez que o caminho foi calcetado e é possível que as alminhas tenham sido reposicionadas nessa altura.
O retábulo, pequeno, em baixo relevo no bloco granítico, apresenta duas camadas de tinta: uma mais antiga azul e uma mais recente amarela (que cobre o azul). Ambas as camadas de tinta estão bastante apagadas não se notando qualquer pormenor que permita adivinhar qualquer imagem ou desenho. Curiosamente é por baixo do retábulo, no canto inferior esquerdo que se notam alguns pigmentos de outras cores: verde, castanho e roxo. Houve, portanto alguma coisa escrita por baixo do retábulo. Também há duas manchas de cor, do lado direito do retábulo pouco depois de se iniciar o arco pleno (também chamado arco romano).

Outras alminhas

09 junho 2009

Flor do Mês - Maio 2009

É quase imperdoável ter deixado por referenciar esta espécie logo no primeiro ano da Flor do Mês. É, sem dúvida, uma das flores mais representativas e abundantes em praticamente toda a região transmontana. Em Vila Flor, partilha todos os matagais e matos com as estevas e a carqueija, as giestas de flores brancas e a urze. Depois há pequenas variações consoante as freguesias, mas creio que esta espécie que escolhi existem em todas elas. As estevas atingem um maior porte, não partilhando facilmente o espaço.
A Flor do Mês de de Maio de 2009 é conhecida por arçã, mas também é chamada arçanha, rosmaninho-maior ou rosmano. O nome rosmaninho pode parecer estranho a algumas pessoas, mas a arçã pertence ao género Lavandula, em português lavanda (ou alfazema, Flor do Mês de Julho de 2008) e parente próximo do alecrim (que pertence à mesma família mas a outro género).
Quanto ao nome científico não é fácil. É quase sem dúvida a espécie Lavandula stoechas, falta é saber se é da subespécie pedunculata, ou não. Só alguém bem experimentado pode distinguir umas das outras. Florescem entre Fevereiro e Julho, com flores dispostas em espiga. Do topo da cabeça florida, parte um penacho de brácteas violáceas estéreis que lhe dão um colorido invulgar e que pode adquirir várias tonalidades consoante a posição da luz. A beleza natural desta planta de clima mediterrânico tem motivado o seu melhoramento com espécie ornamental, existindo em várias cores desde o rosa ao branco.
Não conheço nenhuma utilização da arçã como planta medicinal, mas o seu potencial é explorado desde a idade média e noutros locais é usada para chá que é estimulante anti-pasmódico e tónico, fabricando-se das suas flores uma infusão (15 por 1000). Esta infusão é também aconselhada para a asma húmida e catarros crónicos. Também pode ser usada em uso externo, na água do banho no tratamento de problemas funcionais de circulação.
A maior utilização que conheço das flores das arçãs, vai acontecer esta semana, é na decoração das passadeiras no dia do Corpo de Deus. Vou tentar fotografar algumas.
Nota: As duas primeiras fotografias foram tiradas no dia 27, nas Capelinhas, em Vila Flor e a terceira foi tirada em Maio do ano passado junto a Samões.

06 junho 2009

Pássaros (1)

Se há coisa que me apaixona desde a mais tenra idade são aves e entre elas os pássaros. Desde garoto, nascido na aldeia e criado no campo, nutro pelo que é natural a mais devota paixão. Fotografar as aves sempre foi o meu sonho e não resisto ao chamamento de um verdelhão nas coníferas junto à câmara, de um pintassilgo nos castanheiros-da-índia ou de uma rola turca no jardim do 7.º Centenário, que começaram este ano a povoar. Simplesmente fotografar as esbeltas aves, principalmente os pássaros, exige de nós uma dose de paciência desmedida e também um equipamento ajustado. De todas as formas, sempre que posso, tento captar a vivacidade das aves que alegram o nosso dia a dia. Há um pisco-do-peito ruivo que todos os dias me "manda" para a cama, próximo das três da madrugada, mas desse não tenho um retrato.
Nas árvores junto à escola onde trabalho, nos jardins de Vila Flor, nas Capelinhas e onde estou presto muita atenção às aves. Elas são especiais para mim e fazem-me voltar aos tempos de infância quando conhecia cada silvado, toca de carvalho ou buraco dos castanheiro. A presença de um pássaro, tal como a queda de neve, causa em mim a libertação do meu instinto natural, fazendo-me sentir mais um ser vivo entre muitos.
Hoje mostro algumas fotografias e pássaros. Não que sejam fotografias de grande qualidade técnica, mas porque simbolizam toda a paixão que sinto por estes pequenos seres irrequietos, coloridos, alegres e capazes de sobreviverem nos locais mais inóspitos que se pode imaginar.

Fotografia 1 - Chapim-real (Parus major) - Fotografado junto às capelinhas
Fotografia 2 - Chapim-de-crista (Parus Cristatus) - Fotografado num pinhal do facho
Fotografia 3 - Milheiro, milharendo, milheiro, pintassilgo-dourado (Serinus serinus) - Nos cedros da EB2,3/S de Vila Flor
Fotografia 4 - Pintassilgo (Carduelis carduelis) - Nos cedros da EB2,3/S de Vila Flor

04 junho 2009

Quinta de Valtorinho

No sábado passado tive um convite para almoçar e passar algumas horas, juntamente com alguns amigos, num local que eu desconhecia a Quinta de Valtorinho (perto de Seixo de Manhoses). Já tinha passado próximo desta quinta por várias vezes, nas minhas deslocações a pé ou em BTT, entre o Gavião e o Arco, mas nunca no seu interior.
Para além da companhia agradável dos amigos, houve algumas surpresas que não estava à espera. A primeira é que o o dono da quinta, tem um hobby há muitos anos; colecciona rochas, raízes, troncos de árvores, etc., procurando neles imagens e fazendo arranjos que são autênticas obras de arte da natureza. A tudo isto juntam-se alfaias, electrodomésticos, moveis, tudo de outras épocas, fazendo-nos viajar no tempo.O almoço prolongou-se pela tarde dentro, porque iguarias não faltaram, das mais simples às mais elaboradas. Tudo regado um um tinto muito suave, colhido na própria quinta. Este almoço fez-me lembrar que tenho descurado a Gastronomia, neste blogue que se pretende de diferentes descobertas, mas, nesta área, nem todas as experiências têm sido muito positivas.
A meio da tarde houve tempo para uma visita ao Gavião. Estava como sempre esteve, ao abandono, cada vez mais devorado pelas silvas. Foi no gavião que conheci a planta (uma gramínea) conhecida por sumauma, que servia para encher as almofadas.
De regresso à quinta ainda fizemos um passeio pela vinha, olival e horta, tudo cuidado com esmero e com o mesmo gosto com que se empilham pedras formando presépios ou se entrelaçam raízes simulando dinossauros.
Para terminar o relato desta tarde bem passada lembro também que paisagem que se avista da quinta é magnífica, descendo o olhar encosta abaixo até ao Nabo percorrendo depois todo o Vale da Vilariça, perdendo-se depois nos densos carvalhos do Reboredo ou seguindo até ao Felgar, onde se desprende da terra.

03 junho 2009

Flora - Flor do Mês


Já no segundo ano a escolher a Flor do Mês, parece-me útil a elaboração de uma lista com as representantes nesta categoria, até ao momento. À medida que escrever nesta rubrica no futuro, acrescentarei também as novas representantes nesta lista, facilitando-me o trabalho e permitindo mais uma forma de explorar a flora do concelho.

2009
2008
O bonito exemplar da fotografia é uma espécie de chícharo (Lathyrus cicera), fotografada no mês de Maio de 2009, perto do rio Tua. É selvagem, mas pode ser cultivada como forrageira.

02 junho 2009

Freguesia Mistério 28

Quando eu pensava que já não havia mais nada para descobrir, apercebo-me de que os visitantes deste blogue ainda têm um longo caminho para percorrer na descoberta do concelho! Este enigma da Freguesia Mistério n.º 27 correu mesmo mal! Primeiro porque o número de votantes ficou muito aquém do habitual, depois porque... ninguém deu a resposta correcta!
As escolhas ficaram distribuídas da seguinte forma:
Candoso (3) 21%
Lodões (1) 7%
Nabo (1) 7%
Samões (1) 7%
Sampaio (1) 7%
Seixos de Manhoses (2) 14%
Vila Flor (0) 0%
Vilas Boas (5) 36%
Vilas Boas teve mais votos, corresponderam a 36%. A capela em questão é uma capela de Vila Flor, sendo a resposta correcta freguesia de Vila Flor! Fiquei tão curioso com este desconhecimento que eu próprio tive de consultar a data e local das fotografias para ver se não me tinha enganado. Procurei referência a esta pequena capela em todos os livros, resumos e sites que existem sobre Vila Flor e não é referenciada em parte alguma. Claro que se trata de uma construção muito humilde, possivelmente muito recente, mas pelo esmero com que é cuidada, sem duvida que tem muito significado para algumas pessoas. A Capela de S. José, situada na Rua de S. José, está numa das zonas mais antigas da vila. A Rua de S. José é uma pequena rua que vai dar a outra mais conhecida, a Rua da Portela, ou à Nossa Senhora do Rosário, que liga ao Rossio.
A humildade desta capela merece igualmente uma visita, se não for antes, que seja por altura do S. João.
No desafio da Freguesia Mistério n.º28 temos uma curiosa construção. À primeira vista podia ser confundido com um menir, mas não são frequentes nesta região. Trata-se de uma construção feita por xisto miúdo amassado com barro e caiado de branco. Tem mais de três metros de altura dado que está apoiado num rochedo. Deve tratar-se de um antigo Marco Geodésico, mas que foi abandonado, dado que nem sequer aparece referenciado nas actuais cartas militares. Descobri-o por acaso, há poucos dias. Está perto de uma via importante numa elevação de onde se vê quase metade do concelho. Em que Freguesia podemos encontrar este marco?