28 julho 2010

A linha (que era nossa)

A minha posição a respeito da barragem que pretendem construir em Foz Tua é conhecida: sou incondicionalmente contra a destruição da linha do Tua e do vale único que ela percorre. Não me venham acenar com a bandeira do desenvolvimento ou com a bandeira das reservas de água. É apenas o interesse do grande capital mascarado de solidariedade para com o interior.
Não seria mais fácil e rentável dedicarmos alguma atenção ao que temos e que muitas vezes está ao abandono? Claro que quando as coisas estão abandonadas não dão lucro e foi isso que aconteceu à linha do Tua. Em Vila Flor todas as atenções vão para o Vale da Vilariça e o Vale do Tua está esquecido.
Há pouco tempo fiz um passeio na Linha do Tua, entre Abreiro e a Ribeirinha. Esta fotografia é uma das que tirei nessa tarde.

Para mais informações sobre a Linha do Tua podem consultar o blogue que criei e mantenho dedicado exclusivamente à Linha do Tua - A Linha é TUA.

27 julho 2010

Oliveiras

Um fim de tarde tranquilo na Quinta da Paz. A luz doce e rasteira acentua o manto de pequenas flores amarelas.

19 julho 2010

VIII TerraFlor - 18 de Julho

O quarto e último dia da TerraFlor foi também o mais "longo". As actividades iniciaram-se às sete horas na Zona de Caça Associativa do Nabo, com uma largada de perdizes.
Durante toda a manhã realizaram-se no recinto da feira, em anexo ao espaço ocupado pela TerraFlor, o XX Concurso de Cabra Serrana, o VI Concurso de Ovelha Churra da Terra Quente e o I Concurso de Cão de Gado Transmontano.
Estes concurso trazem a Vila Flor o verdadeiro mundo rural, com pastores e criadores vindos de todo o distrito e até alguns de além Douro. Não sei se foi impressão minha, mas, os criadores do concelho, não se fazem representar em grande número, embora aqueles que o fazem consigam ganhar diversos prémios nos vários concursos.
O I Concurso de Cão de gado Transmontano despertou a minha atenção e foi aquele onde passei mais tempo. Já no ano passado houve uma mostra destes animais para preparar o concurso que se realizou este ano. A norte do distrito estes concursos são frequentes, mas, nos concelhos mais a sul do distrito não. Vila Flor pode ocupar um espaço na promoção desta raça de cães de guarda.
Apesar de corpulentos, são muito dóceis e não houve a mais ligeira escaramuça! Até eu que não sou muito animado para me aproximar destes animais, circulei à vontade por entre eles, sem qualquer receio.
Para a primeira edição do concurso, a adesão foi muito boa, com cerca de 40 animais inscritos nas várias categorias. Foi muito interessante ouvir o Juiz Internacional do Clube Português de Canicultura, Dr. Jorge Rodrigues, a fundamentar as suas pontuações, realçando aspectos positivos e negativos de cada animal. Foi uma boa lição sobre esta raça.
Depois de realizados os concursos, teve lugar o tradicional almoço de criadores e pastores. Tenho que agradecer à organização, na pessoa do Eng. António Neves, que, mais uma vez, me convidou a participar no almoço.
O almoço foi também uma boa oportunidade para conhecer mais de perto os espaços destinados à restauração existentes na TerraFlor. Tenho defendido que deviam ser atribuídos a comerciantes locais, mas, pelos vistos não há candidatos! Mesmo assim, este ano mantiveram-se dois restaurantes locais, o Ti Carlos e o Piri-piri. Na sorte tocou-me almoçar no Ti Carlos, mas não resisti a ir ao espaço do Piri-piri pedir um pratinho de cordeiro para provar. Todos os restaurantes (três) serviram caldeirada de cabrito ou cordeiro. O vinho, garantiram-me, que era da terra, mesmo o do restaurante de Bragança. Assim é que deve ser.
Depois do almoço foram entregues os prémios: taças, diplomas de participação, mas, principalmente, cheques, que alguns criadores coleccionavam todos satisfeitos.
A feira abriu mais cedo, mas só voltei ao recinto depois de jantar. A entrada foi, de novo, gratuita.
A noite musical, designada Noite TerraFlor, tinha um formato já conhecido de anos anteriores. Até os intervenientes foram os mesmos, mas, isso não significa menos interesse. Antes pelo contrário, esteve no recinto um número considerável de pessoas, que foi diminuindo a poucas dezenas, com o aproximar da meia-noite.
A iniciar o espectáculo esteve a Escola de Música Zécthoven, modernamente designada Academia. São muitos os jovens e crianças que aí aprendem os primeiros acordes e ou aperfeiçoam a sua sensibilidade e destreza musical. São muitos, mas todos tiveram lugar no palco, com maior ou menor interversão. O ponto alto da sua actuação foi o medley dos Xutos, animado com a recordação do espectáculo da noite anterior.
Actuou, de seguida, o Rancho Folclórico de Freixiel. Além das suas já habituais danças de roda, das suas vozes sempre afinadas e excelente acompanhamento musical, brindaram-nos com duas danças novas, que muito foram apreciadas.
Seguiu-se no palco a Grupo de Cantares de Vila Flor. Apesar da designação "cantares" é na dança que têm os seus principais trunfos. São presença sempre habitual em todos os eventos que se realizam ao longo do ano, como nos Reis, ou na Amendoeira em Flor.
Este ano houve uma novidade. Alguns elementos deste grupo treinaram  crianças para dançarem as suas tradicionais danças! Foi uma alegria ver os mais pequeninos dançando animadamente no palco, como se já o fizessem há muito tempo.
Houve ainda espaço para poesia, com um jovem a recitar quadras de sua autoria.
Para terminar a festa actuou o Grupo de Musica Tradicional da Associação Cultural de Vila Flor. Já havia poucas pessoas no recinto, mas as poucas que havia, eram animadas e não demorou muito para que começassem a dançar com bastante energia.
Foi também com a actuação deste grupo que aconteceu o mais bonito momento musical do dia, na minha opinião, a interpretação do fado "A Lenda da Fonte".
O último acontecimento da feira foi o sorteio do Cabaz de Produtos Regionais, com valor aproximado de 300 euros.

18 julho 2010

VIII TerraFlor - 17 de Julho

O terceiro dia da TerraFlor estava previsto para ser o must da feira, e foi. Costuma-se dizer que à terceira é de vez, e assim aconteceu.Foi a enchente total.
Só fui ao recinto da feira depois do jantar.Não tinha convite nem livre trânsito, por isso tive que desembolsar 3 € para o bilhete. As aparências à entrada não eram nada animadoras! Eram vinte e uma e trinta e o recinto estava bastante despido.
Os Gigantones de Valtorno já desfilavam pelo recinto da feira. Este grupo é presença habitual, bem como praticamente em todos os eventos organizados pela Câmara Municipal.
Pouco depois, num pequeno palco, num espaço alternativo actuaram algumas escolas musicais do concelho. Primeiramente exibiu-se um grupo de alunos de Freixiel. Primeiro os mais novos e depois os mais adultos. Encantaram o público, principalmente o de Freixiel que costuma deslocar-se em bloco para apoiar os seus grupos, quer seja o rancho folclórico ou outro. Actuaram posteriormente alunos de Vale Frechoso/Benlhevai. Interessou-me o facto de apenas existirem aulas de música nestas freguesias, mas as opiniões que recolhi não foram nada pacíficas e não interessa reproduzi-las aqui.
Todos os jovens (e menos jovens) praticantes se esforçaram e mostraram ter um longo e promissor futuro à sua frente, assim queiram eles continuar a frequentar aulas de música, e as mesmas lhe sejam proporcionadas.
Já antes destas actuações havia um pequeno grupo de jovens que marcava o lugar em frente ao palco principal para desfrutar de um lugar de qualidade no concerto dos Xutos.
Falaram-me de um desfile de moda em determinado local da feira. Percorri todo o recinto e não encontrei nada. Garantiram-me que aconteceu, mas não fazia parte do programa da feira e foi tão rápido que não o consegui localizar!
Já bastante depois das onze da noite é que se ouviram os primeiros acordes dos grandes reis do dia 17, os Xutos e Pontapés. Também eu me tinha aproximado da linha da frente, junto do palco, para melhor conseguir fazer algumas fotografias. Já me doíam os pés e não era o único impaciente porque já se tinham ouvido assobios por duas ou três vezes.
O som dos Xutos invadiu o espaço e as mentes pondo toda a gente a saltar. Confesso que não sou grande apaixonado pela sua música. Nem sei bem porquê, uma vez que acompanhei de perto o nascimento e desenvolvimento do rock em português e conheço bem praticamente todas as suas músicas (e quem não conhece?!). As músicas de que gostamos são aquelas que nos despertam emoções, independentemente de ser música clássica tocada pela mais famosa orquestra sinfónica ou um ritmo de baile tocado pelo organista da aldeia que se sentou connosco nos bancos da escola. Inexplicavelmente há sons que nos tocam, outros não. Mas a música que se fez ouvir tocava fundo a alma de muita gente que gritava, gesticulava e dançava a cada nova interpretação, pedindo sempre mais. A banda em palco, madura, profissional como poucas, correspondia, brincava, fazia parecer que tudo era fácil e  colocou a assistência ao rubro.
Só quando, já depois da meia noite, abandonei o local onde me encontrava deslocando-me para um local mais afastado do recinto, me apercebi que este estava completamente cheio. Havia muitos adolescentes, era o grupo mais numeroso e entusiasta. O seu espírito rebelde deve rever-se nas letras que os Xutos cantam.
A aposta neste grupo foi uma ganha (dizem que foram pagos a preço de ouro). Havia quem afirmasse que nunca nas oito edições da TerraFlor tinha visto tamanha enchente, mas outros comparavam-na à que aconteceu com o concerto do Tony Carreira. A maior que eu tenho memória aconteceu com o Quim Barreiros!
O grupo terminou a sua actuação à uma da madrugada, depois de ter voltado uma primeira e uma segunda vez ao palco. Mesmo assim, ainda se gritava - Contentores!
No final do espectáculo alguns resistentes não arredaram pé até conseguiram um muito desejado autógrafo. Pensei nos visitantes do blogue e, também eu me juntei aos caçadores de autógrafos. A minha admiração ao Zé Pedro pela paciência que teve com todos nós.
Depois da debandada geral a música continuou, noutro palco, com um Dj. Ainda se ouviu durante algumas horas, mas, à hora que vos escrevo, quase cinco da manhã, o silêncio é total. Também ontem houve animação até às quatro da madrugada. Pode haver crise mas o álcool tem sempre uma grande venda e ainda hoje foi necessário chamar a ambulância para levar alguns mais descuidados ao hospital!
Por hoje chega. Espero amanhã (Domingo) acordar a tempo de acompanhar os concursos de Cabra Serrana, Ovelha Churra e Cão de Gado Transmontano.
Amanhã à noite há folclore, da terra ... flor.

17 julho 2010

VIII TerraFlor - 16 de Julho

O acontecimento mais marcante do segundo dia da TerraFlor foram as declarações proferidas pelo senhor ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, no Colóquio realizado no Centro Cultural de Vila Flor (em Vila Flor), às 10 da manhã, com o tema Potencial das Estruturas de Transporte no Desenvolvimento Regional. Não estive presente no colóquio, mas, ao fim da manhã fui surpreendido com uma chuva de notícias no espaço virtual que falavam de Vila Flor! Na resposta a uma questão colocada pelo público o senhor ministro deu a entender que "nós vamos ter que pagar" os milhões que estão a ser gastos na construção do IP2 e no IC5, com o pagamento de portagens (ver notícia no Sol). Já pela tarde veio o desmentido/esclarecimento, mas, com a experiência que temos dos políticos, não sei no que podemos acreditar.
Só fui ao recinto da feira, depois de jantar. Hoje a entrada era paga, mas, mesmo assim havia mais gente que ontem.
A receber os mais novos estava de novo o grupo de teatro Filandorra, com histórias para crianças contadas à moda antiga. Desta vez não fiquei a ouvir as histórias e aproveitei para visitar mais alguns stands da feira e falar com alguns artesãos e produtores do concelho.
Todas as barraquinhas estavam mais recheadas de que ontem, sinal de que estavam preparadas para mais público, o que se verificou. 
A animação musical da noite esteve a cargo do grupo One Vision com um tributo aos Queen. Sou grande apreciador desta banda inglesa, que acompanho já há muitos anos. Embora o grupo tenha perdido parte da sua alma com a morte prematura do seu vocalista carismático Freddy Mercury, continuo a gostar da sua música vendo no seu guitarrista uma sensibilidade invulgar para tocar guitarra e compor música. Isto para dizer que foi a música dos Queen que me levou ao recinto da feira. Levou-me a mim e a algumas centenas de pessoas que se juntaram em frente ao palco para ouvirem a banda. Não sei se chegariam a ser milhares uma vez que as pessoas não paravam muito. Mais uma vez a noite esteve muito fria.
Valeu a pena ir assistir ao concerto. O grupo tocou os maiores sucessos dos Queen com uma qualidade muito boa, quer na execução musical, quer na voz (com o devido respeito ao original, porque não deve haver muitas vozes como as do Freddy Mercury pelo mundo fora). Foi interessante verificar que, para além dos quarentões, como eu, e até gente com mais idade, também há bastantes jovens que apreciam a música dos Queen. Muitas figuras conhecidas da vila estavam lá, a abanar o capacete, sem problemas, com a música a faze-los recuar no tempo.
Verifica-se  que a TerraFlor cresceu do primeiro para o segundo dia, esperando-se que amanhã (Sábado) seja o dia grande, com os Xutos e Pontapés a servirem de chamariz.

16 julho 2010

Sobreiro

Sobreiro, entre Candoso e Valtorno.

VIII TerraFlor - 15 de Julho

Chegou ao fim o primeiro dia da VIII edição da feira TerraFlor. Não tive tempo para dar uma volta completa à feira.
Nos discursos habituais há algumas notas interessantes, cheias de entusiasmo e optimismo. Destaco algumas palavras do Senhor Presidente da Câmara que focou o facto de, este ano, haver um novo elemento para ser debatido na feira: as acessibilidades. O Facto do IC5 e do IP2 se cruzarem dentro do espaço do concelho pode ser um factor de desenvolvimento importante, e essa janela tem que ser aproveitada.
Estiveram presentes no acto de abertura da feira o Senhor Governador Civil, Jorge Gomes, o Eng. Ricardo Magalhães, Chefe do Projecto da Estrutura da Missão do Douro, alguns presidentes de câmara de concelhos vizinhos e presidentes de juntas de freguesia. Chamou-me a atenção a presença do ex presidente de câmara de Carrazeda de Ansiães, enquanto o actual não estava, vindo a comparecer mais tarde.
Durante a tarde visitei o pavilhão. Os feirantes habituais estão presentes e há alguns produtores novos. É aqui que são apresentados os reis do certame – o vinho e o azeite. Os produtores de vinho apostam em novas marcas, que apontam como de grande qualidade, mostra que o sector não está tão moribundo como se pensava. O azeite também está presente em força, bem como produtores de fruta de Santa Comba da Vilariça. O queijo também é um produto presente em quantidade e qualidade.
Depois de jantar tive muito pouco tempo e não visitei mais nenhum stand. Quando cheguei ao recinto da feira (a entrada foi gratuita) preparava-se para actuar o grupo Filandorra – Teatro do Nordeste. Sou grande apreciador do seu trabalho e tratei de conseguir lugar na “primeira” fila. Depois de alguns problemas com o vento e com o som, o espectáculo começou. A peça representada foi “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago. Adorei! Confesso que nunca li nada de José Saramago. Foi desamor à primeira vista. O seu ar resmungão afastou-me das suas brilhantes (dizem) obras. Gostei tanto daquela história infantil que estou tentado a dar alguma espreitadela noutro livro do autor.
Finda a peça, começaram os espectáculos musicais. A primeira actuação coube ao Grupo de Cantares de Carrazeda de Ansiães. É um grupo onde tenho muitos conhecidos e amigos mas que nunca tinha tido o prazer de escutar. Foi um gosto ouvi-los, dei comigo a trautear algumas canções. Muita alegria, boas vozes e bom acompanhamento musical. Parabéns.
Actuaram de seguida os grupos da associação Mirandanças (Associação Para o Desenvolvimento Integrado das Terras de Miranda), com pauliteiros e danças mistas. O colorido e musicalidade e a riqueza das coreografias encheram o palco. Sou um grande apaixonado pelo folclore do Planalto Mirandês, principalmente das danças mistas. Foi bom reencontrá-los em Vila Flor (ainda no mês passado os tinha visto).
Para o final, parece que já é fadário, ficou a Banda Filarmónica da Associação Cultural de Vila Flor. A noite já ia adiantada e fazia muito frio. Mais uma vez, eram mais os elementos da banda do que os assistentes. Mesmo assim, não notei nenhum desalento e foi com prazer que tocaram o seu reportório passando por músicas bastante pop como os Abba ou Santana.
Durante o espectáculo foi também homenageada a equipa juvenil de futsal que se sagrou campeã distrital nesta modalidade.
Não posso afirmar que o recinto esteve cheio, nem sequer composto, mas, em conversa com alguns expositores, parece que o negócio até nem correu mal!
Amanhã há mais novidades.

A Maior Flor do Mundo (vídeo no youtube)
Sítio da associação Mirandanças
Blogue do Grupo de Cantares de Carrazeda de Ansiães

15 julho 2010

A TerraFlor abriu portas

Pouco depois das dezassete horas, depois dos discursos habituais e da banda de Música animar os presentes, deu-se como aberta a VIII TerraFlor, feira de Produtos e Sabores do concelho de Vila Flor.
A primeira volta por parte do recinto deu para ver que grande parte dos produtos mais conhecidos do mercado estão presentes, bem como outros, já "clientes" habituais, vindos de concelhos vizinhos. Durante a tarde algumas barraquinhas nem chegaram a abrir, mas à noite tudo vai ser diferente. Encontramo-nos lá.

06 julho 2010

Canções - Capelinhas

Capelinhas, capelinhas
Lá no alto a abrir em flor
Sois um cantinho do céu (bis)
Um sinal do nosso amor.

Coro
Na luz brilhante da aurora linda
Cheias de encantos de graça infinda
As capelinhas são a alegria
Da nossa Vila luz formosa que nos guia (bis)

Ó capelinhas saudosas
Feitas de graça e de luz
Rosas brancas ao luar (bis)
Onde mora o Bom Jesus.

Bem haja o vento que chora
Lá no alto a soluçar
Orações sonhos de luz (bis)
Melodias de encantar.

Brancas, brancas, Capelinhas
Pela serra a abrir em flor
Sois a alegria da vida (bis)
Sois a luz do nosso amor.

Letra e Música do Reverendo Padre Cassiano Dimas Fais.
Cantada no teatro da JOC, em 1943.
Fotografia: conjunto das Capelinhas, em Vila Flor.

05 julho 2010

Freguesia Mistério 38

A Freguesia Mistério esteve em votação durante dois meses. O número de pessoas que arriscam um palpite é muito reduzido, não sei se falta de entusiasmo, se têm medo de errar. Trata-se, apenas, de uma brincadeira e não deve haver receios.
Participaram 15 pessoas e os votos ficaram distribuídos da seguinte forma:
Assares (1) 7%
Benlhevai (1) 7%
Mourão (2) 13%
Nabo (2) 13%
Roios (1) 7%
Samões (2) 13%
Santa Comba de Vilariça (1) 7%
Valtorno (1) 7%
Vale Frechoso (1) 7%
Vilas Boas (3) 20%
A resposta não era fácil, mas às vezes o meu objectivo é mais espicaçar a curiosidade das pessoas para, quando passarem, no futuro, por determinados locais, a estarem mais atentas porque há muita coisa à nossa volta que nós não vemos. A resposta certa era Mourão, que teve apenas dois votos. Esta fonte está praticamente debaixo da estrada que dá acesso à aldeia, numa zona chamada "As Fontes", junto a um caminho com pouca circulação. São muito poucos os que se apercebem da sua presença.
O novo desafio é, de novo, uma fonte. Desta vez um fontanário público muito visível, no centro da aldeia. Tem uma placa que indica o "Largo do Pelourinho" e, só insto já reduz as possibilidades a duas ou três aldeias do concelho. Atenção que não basta olhar ao presente, é muitas vezes vezes necessário olhar para a história das freguesias.
Participem votando. A votação é possível na margem direita do blogue, em Freguesia Mistério n.º38.

02 julho 2010

Roios - Pastor

Uma das pessoas que encontrei no passeio em Roios no dia 10 de Abril, foi um pastor de um rebanho de cabras, com quem conversei demoradamente. É sempre bom conversar com estes conhecedores profundos dos caminhos de cada freguesia. Com eles descubro muitas vezes caminhos alternativos para os meus passeios seguintes.

01 julho 2010

Um pequeno passeio de bicicleta

Alguns estranharão os meus longos passeios de bicicleta pelas aldeias do concelho, certo é que, desde há um ano para cá, não andei de bicicleta, ou melhor, andei apenas uma vez, dia 10 de Abril. O objectivo foi fazer um teste físico e, por isso, escolhi um percurso bastante fácil: ir a Roios e voltar, por estrada.
Quase mecanicamente meti uma pequena máquina fotográfica no bolso. Não fazia a mínima ideia de como ia correr o passeio, mas sempre daria para tirar algumas fotografias.
Em pleno início de Abril os olivais ganharam um tapete multicolor, com a base verde e decorado a amarelo e branco. Esse foi o espectáculo que encontrei mal deixei as primeiras casas da vila em direcção a Roios. Após algumas paragens deixei-me levar tranquilamente até à aldeia. Não senti dores e isso deu-me segurança para ir mais longe. Percorri as principais ruas da aldeia e conversei um pouco com algumas pessoas. Entusiasmado decidi subir o caminho que passa perto do marco geodésico do Maragato, e depois vai à estrada nacional, que segue para Vale Frechoso. A subida é acentuada, mas sentia-me bem. A meio da subida encontrei um agricultor de Roios, que voltava da lavoura. Mais alguns dedos de conversa e continuei. A vegetação estava exuberante e não resisti a deixar a bicicleta, por alguns instantes e seguir pelos lameiros onde corria um pequeno riacho.
Pouco depois acabou-se a bateria da máquina fotográfica. Foi o momento de me concentrar de novo no pedal. Segui pela estrada até ao Baracão, mas senti-me tão entusiasmado que segui até Samões e depois para a barragem Camilo Mendonça. São muitas as pessoas que procuram este lugar para queimarem algumas calorias ao fim da tarde. Eu também já fui até lá duas ou três vezes, mas caminhar em círculo, à volta da barragem, não faz muito meu género.
Satisfeito com o percurso feito, regressei a casa. Percorri 23 quilómetros quase sem querer, o que me abriu boas perspectivas de “voltar à estrada” em bicicleta. Também fiz algumas fotografias interessantes, apesar de cada vez mais estar habituado a transportar uma máquina fotográfica muito melhor do que a que levei no bolso.