16 julho 2010

VIII TerraFlor - 15 de Julho

Chegou ao fim o primeiro dia da VIII edição da feira TerraFlor. Não tive tempo para dar uma volta completa à feira.
Nos discursos habituais há algumas notas interessantes, cheias de entusiasmo e optimismo. Destaco algumas palavras do Senhor Presidente da Câmara que focou o facto de, este ano, haver um novo elemento para ser debatido na feira: as acessibilidades. O Facto do IC5 e do IP2 se cruzarem dentro do espaço do concelho pode ser um factor de desenvolvimento importante, e essa janela tem que ser aproveitada.
Estiveram presentes no acto de abertura da feira o Senhor Governador Civil, Jorge Gomes, o Eng. Ricardo Magalhães, Chefe do Projecto da Estrutura da Missão do Douro, alguns presidentes de câmara de concelhos vizinhos e presidentes de juntas de freguesia. Chamou-me a atenção a presença do ex presidente de câmara de Carrazeda de Ansiães, enquanto o actual não estava, vindo a comparecer mais tarde.
Durante a tarde visitei o pavilhão. Os feirantes habituais estão presentes e há alguns produtores novos. É aqui que são apresentados os reis do certame – o vinho e o azeite. Os produtores de vinho apostam em novas marcas, que apontam como de grande qualidade, mostra que o sector não está tão moribundo como se pensava. O azeite também está presente em força, bem como produtores de fruta de Santa Comba da Vilariça. O queijo também é um produto presente em quantidade e qualidade.
Depois de jantar tive muito pouco tempo e não visitei mais nenhum stand. Quando cheguei ao recinto da feira (a entrada foi gratuita) preparava-se para actuar o grupo Filandorra – Teatro do Nordeste. Sou grande apreciador do seu trabalho e tratei de conseguir lugar na “primeira” fila. Depois de alguns problemas com o vento e com o som, o espectáculo começou. A peça representada foi “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago. Adorei! Confesso que nunca li nada de José Saramago. Foi desamor à primeira vista. O seu ar resmungão afastou-me das suas brilhantes (dizem) obras. Gostei tanto daquela história infantil que estou tentado a dar alguma espreitadela noutro livro do autor.
Finda a peça, começaram os espectáculos musicais. A primeira actuação coube ao Grupo de Cantares de Carrazeda de Ansiães. É um grupo onde tenho muitos conhecidos e amigos mas que nunca tinha tido o prazer de escutar. Foi um gosto ouvi-los, dei comigo a trautear algumas canções. Muita alegria, boas vozes e bom acompanhamento musical. Parabéns.
Actuaram de seguida os grupos da associação Mirandanças (Associação Para o Desenvolvimento Integrado das Terras de Miranda), com pauliteiros e danças mistas. O colorido e musicalidade e a riqueza das coreografias encheram o palco. Sou um grande apaixonado pelo folclore do Planalto Mirandês, principalmente das danças mistas. Foi bom reencontrá-los em Vila Flor (ainda no mês passado os tinha visto).
Para o final, parece que já é fadário, ficou a Banda Filarmónica da Associação Cultural de Vila Flor. A noite já ia adiantada e fazia muito frio. Mais uma vez, eram mais os elementos da banda do que os assistentes. Mesmo assim, não notei nenhum desalento e foi com prazer que tocaram o seu reportório passando por músicas bastante pop como os Abba ou Santana.
Durante o espectáculo foi também homenageada a equipa juvenil de futsal que se sagrou campeã distrital nesta modalidade.
Não posso afirmar que o recinto esteve cheio, nem sequer composto, mas, em conversa com alguns expositores, parece que o negócio até nem correu mal!
Amanhã há mais novidades.

A Maior Flor do Mundo (vídeo no youtube)
Sítio da associação Mirandanças
Blogue do Grupo de Cantares de Carrazeda de Ansiães

2 comentários:

Transmontana disse...

Olá, Aníbal!
Obrigada pela descrição da Feira, no dia de abertura!
Assim, estou mais perto do que se passa por essa linda terra transmontana!!!
Continue a fazê-lo até ao encerramento, que a gente gosta!!!
Cumprimentos
Anita

Transmontana disse...

Olá, Aníbal!
Aqui estou, outra vez. Vi o filme no youtube,e, confesso que adorei, porque, tal como o Aníbal, não simpatizava com a figura do autor. Só li por inteiro um livro de sua autoria "O ano da morte de Ricardo Reis"de que gostei muito. Fiz várias tentativas para ler outras obras que até possuo, mas nunca consegui acabar nenhuma.
Cumprimentos e um bom fim de semana!!!
Anita