19 julho 2010

VIII TerraFlor - 18 de Julho

O quarto e último dia da TerraFlor foi também o mais "longo". As actividades iniciaram-se às sete horas na Zona de Caça Associativa do Nabo, com uma largada de perdizes.
Durante toda a manhã realizaram-se no recinto da feira, em anexo ao espaço ocupado pela TerraFlor, o XX Concurso de Cabra Serrana, o VI Concurso de Ovelha Churra da Terra Quente e o I Concurso de Cão de Gado Transmontano.
Estes concurso trazem a Vila Flor o verdadeiro mundo rural, com pastores e criadores vindos de todo o distrito e até alguns de além Douro. Não sei se foi impressão minha, mas, os criadores do concelho, não se fazem representar em grande número, embora aqueles que o fazem consigam ganhar diversos prémios nos vários concursos.
O I Concurso de Cão de gado Transmontano despertou a minha atenção e foi aquele onde passei mais tempo. Já no ano passado houve uma mostra destes animais para preparar o concurso que se realizou este ano. A norte do distrito estes concursos são frequentes, mas, nos concelhos mais a sul do distrito não. Vila Flor pode ocupar um espaço na promoção desta raça de cães de guarda.
Apesar de corpulentos, são muito dóceis e não houve a mais ligeira escaramuça! Até eu que não sou muito animado para me aproximar destes animais, circulei à vontade por entre eles, sem qualquer receio.
Para a primeira edição do concurso, a adesão foi muito boa, com cerca de 40 animais inscritos nas várias categorias. Foi muito interessante ouvir o Juiz Internacional do Clube Português de Canicultura, Dr. Jorge Rodrigues, a fundamentar as suas pontuações, realçando aspectos positivos e negativos de cada animal. Foi uma boa lição sobre esta raça.
Depois de realizados os concursos, teve lugar o tradicional almoço de criadores e pastores. Tenho que agradecer à organização, na pessoa do Eng. António Neves, que, mais uma vez, me convidou a participar no almoço.
O almoço foi também uma boa oportunidade para conhecer mais de perto os espaços destinados à restauração existentes na TerraFlor. Tenho defendido que deviam ser atribuídos a comerciantes locais, mas, pelos vistos não há candidatos! Mesmo assim, este ano mantiveram-se dois restaurantes locais, o Ti Carlos e o Piri-piri. Na sorte tocou-me almoçar no Ti Carlos, mas não resisti a ir ao espaço do Piri-piri pedir um pratinho de cordeiro para provar. Todos os restaurantes (três) serviram caldeirada de cabrito ou cordeiro. O vinho, garantiram-me, que era da terra, mesmo o do restaurante de Bragança. Assim é que deve ser.
Depois do almoço foram entregues os prémios: taças, diplomas de participação, mas, principalmente, cheques, que alguns criadores coleccionavam todos satisfeitos.
A feira abriu mais cedo, mas só voltei ao recinto depois de jantar. A entrada foi, de novo, gratuita.
A noite musical, designada Noite TerraFlor, tinha um formato já conhecido de anos anteriores. Até os intervenientes foram os mesmos, mas, isso não significa menos interesse. Antes pelo contrário, esteve no recinto um número considerável de pessoas, que foi diminuindo a poucas dezenas, com o aproximar da meia-noite.
A iniciar o espectáculo esteve a Escola de Música Zécthoven, modernamente designada Academia. São muitos os jovens e crianças que aí aprendem os primeiros acordes e ou aperfeiçoam a sua sensibilidade e destreza musical. São muitos, mas todos tiveram lugar no palco, com maior ou menor interversão. O ponto alto da sua actuação foi o medley dos Xutos, animado com a recordação do espectáculo da noite anterior.
Actuou, de seguida, o Rancho Folclórico de Freixiel. Além das suas já habituais danças de roda, das suas vozes sempre afinadas e excelente acompanhamento musical, brindaram-nos com duas danças novas, que muito foram apreciadas.
Seguiu-se no palco a Grupo de Cantares de Vila Flor. Apesar da designação "cantares" é na dança que têm os seus principais trunfos. São presença sempre habitual em todos os eventos que se realizam ao longo do ano, como nos Reis, ou na Amendoeira em Flor.
Este ano houve uma novidade. Alguns elementos deste grupo treinaram  crianças para dançarem as suas tradicionais danças! Foi uma alegria ver os mais pequeninos dançando animadamente no palco, como se já o fizessem há muito tempo.
Houve ainda espaço para poesia, com um jovem a recitar quadras de sua autoria.
Para terminar a festa actuou o Grupo de Musica Tradicional da Associação Cultural de Vila Flor. Já havia poucas pessoas no recinto, mas as poucas que havia, eram animadas e não demorou muito para que começassem a dançar com bastante energia.
Foi também com a actuação deste grupo que aconteceu o mais bonito momento musical do dia, na minha opinião, a interpretação do fado "A Lenda da Fonte".
O último acontecimento da feira foi o sorteio do Cabaz de Produtos Regionais, com valor aproximado de 300 euros.

3 comentários:

Transmontana disse...

Olá, Aníbal!
Terminou o trabalho da descrição da Feira. Muito obrigada pela divulgação do que, por aí, se passou!
Li tudo com muita atenção e interesse, pois estava um trabalho muito bem feito e os vilaflorenses devem agradecer tudo o que faz para a divulgação da sua terra!
Um abraço de gratidão!
Anita

AG disse...

Olá D. Anita
Também me sinto sensibilizado pelo acompanhamento faz deste blogue. É reconfortante saber que as pessoas lêem os textos.
No último dia da feira várias pessoas me contactaram admiradas por eu estar a escrever às cinco da manhã. Eu é que fiquei admirado porque não fazia ideia que tantas pessoas lessem tudo com tanta atenção. Os seus comentários são sempre bem-vindos.
Cumprimentos meus e da família.
Aníbal

Anónimo disse...

olá prof.aníbal!
que óptima reportagem sobre a terra flor!!!aliás como o sr. sempre faz,sobre todas as coisas em que se empenha...
bem haja por nos proporcionar momentos tão bonitos com o seu trabalho...
tudo de bom.
cumprimentos para todos lá em casa.
fátima f. rosinha de freixiel