28 fevereiro 2010

Programa das Amendoeiras em Flor 2010

Aproxima-se mais uma época de amendoeiras em flor e o cartaz já se encontra afixado em vários locais da vila. Agora é divulgado também para aqueles que estão mais distantes e pretendem visitar o concelho de Vila Flor nesta época tão bonita. As actividade iniciam-se  a 19 de Fevereiro e prolongam-se até 7 de Março, concentrando-se em três fins-de-semana.

26 fevereiro 2010

Limpar Vila Flor

Nos últimos 3 anos não me tenho cansado de mostrar as belezas de Vila Flor. Mas, nem tudo é tão bonito como muitas vezes as fotografias mostram. Já disse várias vezes que ainda há muito a fazer no que toca à preservação do ambiente, nomeadamente ao tratamento dos esgotos e à limpeza dos lixos, cada vez em maior quantidade, espalhados por muitos locais no concelho.
A iniciativa Limpar Portugal, de que aqui já dei conhecimento, pretende sensibilizar, mobilizar e contribuir para a preservação do meio ambiente, tendo como ponto forte a limpeza de lixeiras clandestinas, feita por voluntários. Também em Vila Flor foi dado o pontapé de saída para a mobilização de voluntários, com a criação de um Grupo no sítio oficial do Movimento.
Acontece que, até ao momento, a adesão tem sido fraca, levando-nos a pensar que, ou não há lixeiras no concelho, ou nós que aqui moramos pouco nos importamos com o assunto. Como sei que há bastantes lixeiras no concelho, as fotografias mostram-no e penso que os vilaflorenses se preocupam com o meio-ambiente deste concelho, ainda não baixei os braços. Continuo à espera que mais gente se mobilize para colaborar na limpeza do concelho no dia 20 de Março.

O primeiro passo é a inscrição no sítio web do movimento e depois aderir ao Grupo Vila Flor (http://limparportugal.ning.com/group/vilaflor) . Os que têm mais dificuldades na web, podem simplesmente mandar-me  um eMail, mostrando a sua disponibilidade para integrar este movimento de cidadãos preocupados com o seu concelho. O endereço de email é: cclvilaflor@gmail.com .
Fico à espera.

Nota: as lixeiras nas fotografias são: a primeira, entre Santa Comba da Vilariça e Valbom, junto à estrada; a segunda, num pinhal bem próximo de Valtorno.

19 fevereiro 2010

Vila Flor (simplesmente)

O stress do dia-a-dia quase não nos dá tempo para respirarmos! Os dias foram passando e quase não mostrei fotografias de alguns dias de neve que já vivemos em Vila Flor durante este Inverno. Hoje mostro uma parte da vila coberta de um manto branco, não muito espesso, mas o suficiente para lhe dar uma beleza rara, diferente da que lhe vemos na maior parte dos dias.

14 fevereiro 2010

Arrematação de S. Sebastião

A arrematação de S. Sebastião, em Freixiel,  é um dos acontecimentos mais interessantes que ocorrem durante o ano nesta freguesia. Este ano não foi excepção e teve lugar no dia 31 de Janeiro.
Durante a manhã realiza-se o peditório e a recolha dos géneros que são postos em arrematação durante a tarde. O surpreendente nesta arrematação é quantidade e variedade de produtos arrematados. Também a existência de pequenos pacotes em arrematação, em que não se sabe o conteúdo, vulgarmente conhecidos por "segredos" dão alguma graça ao evento. Já tenho "picado" alguns destes segredos em anos anteriores, nunca tive o azar de me calhar algo repugnante, mas coisas dessas eram frequentes no passado. Quando cheguei ao adro da igreja, os "segredos" já tinham sido todos arrematados! Seria um erro guardá-los para o final, por isso é com eles que se dá início ao leilão.

Este ano registei a existência de dois galheiros. Os galheiros são ramos, muitas vezes de zimbro, aos quais foram retiradas todas as folhas, deixando apenas os galhos, de 10 a 30 cm onde se penduram produtos. Estes galheiros eram tradicionais nos cantores de reis, que aí penduravam os produtos recolhidos, de casa em casa, quando cantavam os reis, nomeadamente fumeiro. Em Freixiel são usados nesta arrematação de S. Sebastião, sendo todo o galheiro arranjado pela mesma pessoa, que o oferece para a arrematação.
A lista de produtos que podem ser aqui comprados é enorme, com predominância dos produtos da terra: azeite, fumeiro, cebolas, batatas, vinho, figos, ovos, feijão-seco, fruta, figos secos, etc. Há sempre também alguns animais vivos, principalmente galos, pombas e coelhos. Os produtos mais oferecidos e leiloado são bolos, muitos caseiros outros mandados fazer expressamente nas pastelarias. Cada bolo é posto em leilão sempre juntamente com uma garrafa de vinho, espumoso, champanhe ou vinho fino. Cada vez menos frequentes são as línguas de porco, dada a legislação proibir o abate destes animais da forma tradicional. Mesmo assim, este ano ainda havia uma para arrematar.
A arrematação dura toda a tarde, havendo muita gente que vem prevenida de casa com uma cadeira ou um banquinho para ajudar a aguentar toda a tarde.

Não fiquei até ao final para saber o montante arrecadado, mas, a julgar pela quantidade de notas que já enchia a pequena caixa de costura, S. Sebastião deve ter ficado muito satisfeito com a generosidade das pessoas. Não sei se a receita se destinava a ajudar a custear as despesas do restauro da igreja, que anda em obras, mas tenho a certeza que será usada para uma boa causa.

13 fevereiro 2010

Festa de S. Sebastião

O dia de S. Sebastião é festejado em vários locais do concelho de Vila Flor, principalmente em Candoso que tem este martir como padroeiro. Em Vila Flor há uma pequena capela do séc. XVI dedicada a S. Sebastião e onde se costuma realizar uma pequena festa. Este ano a iniciativa coube a um grupo de senhoras que se organizou, fez um peditório e conseguiu os apoios necessários para não deixar morrer esta tradição.
Ao fim da tarde  do dia 20 de Janeiro realizou-se a Eucaristia seguida de uma pequena procissão com o andor de S. Sebastião. Segui-se um lanche e a festa continuou  pela noite dentro com animação musical.

Para fazer frente ao frio da noite acendeu-se uma enorme  fogueira, quase tão grande como a realizada na noite de Natal.

Freguesia Mistério 35

A Freguesia Mistério n.º34 esteve online mais tempo do que o habitual. Participaram nela 35 pessoas que apostaram maioritariamente no Nabo, como sendo a freguesia onde se localizaria a fonte mostrada na fotografia. Esta tendência para "apostar" no Nabo é uma constante, mas nem sempre correcta. Desta vez também não era. A fonte em questão pode ser encontrada em Candoso na Rua da Escola. Saindo da frente da igreja matriz em direcção à escola primária, encontramos uma interessante casa em granito, recuperada, no lado direito da rua e a fonte do lado esquerdo. Tem uma era gravada, mas, como a fonte é alta, não se consegue ler bem porque está coberta por líquenes.
A distribuição da votação foi a seguinte:
Assares (1) 3%
Candoso (7) 20%
Carvalho de Egas (1) 3%
Freixiel (1) 3%
Lodões (2) 6%
Mourão (1) 3%
Nabo (9) 26%
Roios (1) 3%
Sampaio (1) 3%
Trindade (1) 3%
Valtorno (2) 6%
Vale Frechoso (1) 3%
Vila Flor (2) 6%
Vilarinho das Azenhas (2) 6%
Vilas Boas (3) 9%
Face à dificuldade verificada em identificar a Freguesia Mistério, vou, nas próximas, colocar desafios mais fáceis.Para este mês de Fevereiro proponho que me digam em que freguesia podemos encontrar a capela da fotografia. Não são muitas as capelas no concelho com alpendre ou galilé como a que aparece na fotografia. Não há mesmo nenhuma igreja no concelho com esta característica. Um bonito exemplo da galilé existe na igreja matriz da Lavandeira, no concelho de Carrazeda de Ansiães.
Participem neste reavivar de memória e dêem a resposta na margem direita do blogue, na Freguesia Mistério n.º35.

Reis 2010 (6)


Mensagens publicadas sobre os Reis 2010
Para terminar a gala foram entregues os prémios dos concursos de Presépios e de Montas do concelho. Continuo a achar que estas iniciativas podiam ter mais divulgação. O concelho continua a ser desconhecido da maior parte dos vilaflorenses. Os presépios podiam ser uma boa "desculpa" para provocar algumas visitas a aldeias do concelho.
A XVI Gala Cantar os Reis proporcionou aos muitos que encheram o Centro Cultural uma tarde muito agradável. Foram 10 os grupos que, com alguma dificuldade, devido ao mau tempo, conseguiram marcar presença e encantar com o melhor que sabem fazer, representando a sua terra, recordando práticas e trajes, mantendo a tradição de cantar os Reis.
No final houve um lanche convívio para todos os intervenientes. Entre outras coisas foi servido um saboroso rancho que aconchegou e aqueceu o estômago, num dia especialmente frio. Houve também espaço para alguns passos de dança ao som dos instrumentos tradicionais do grupo da Associação Recreativa e Cultural de Vila Flor.
Foi pena que o mau tempo assustou alguns dos participantes, que regressaram às suas aldeias o mais depressa possível, com receio de que mais tarde não o conseguissem fazer.
Apesar de ter sido uma tarde muito agradável, também tenho alguma pena de a ter passado fechado no auditório. Foi o dia da maior nevada que já aconteceu este ano em Vila Flor e gostava muito de ter circulado pela vila e arredores captando imagens raras, cheias de brancura e de beleza.

Agradeço a todos os grupos por me facultaram as letras dos seus Reis e pela simpatia com que posam para as fotografias, mesmo quando um intruso lhes invade a privacidade no vestiário.

Reis 2010 (5)

Continuação de - Reis 2010 (4)

O Grupo Danças e Cantares de Vila Flor traz, por norma, mais do que canções e trajes típicos, recria ambientes tradicionais das casas de outros tempos. Este ano colocou em palco "uma família" numerosa, três filhos! Recriou também a conversa do casal, bem como a feitura tradicional do pão.

Nós somos pastores

Nesta noite fria
Que nos dá calor
Trazemos na alma
Alegria e cor.
É bom recordar
Com todo o amor
E dar as boas festas
A ti Vila Flor

Abram-nos as portas
Com muita alegria
Nasceu Deus Menino
Filho da virgem Maria

Refrão
Nós somos pastores
De cajado na mão
Cantamos os reis
Linda tradição
Mantemos saudades
Dos nossos avós
Damos boas festas
Para todos vós.

Fomos a Belém
Na noite de Natal
Ver o Deus Menino
Não há outro igual.
Na noite de Natal
Nasceu pobrezinho
Em palhas deitado
Um ser tão divino

Refrão

Sem ti meu menino
Não somos ninguém
Abençoa esta casa
Família também.
Os reis que cantamos
São por devoção
Mantemos acesa
Linda tradição

Refrão

Bom ano desejamos
Nesta noite fria
Janeiras cantamos
Com muita alegria.
Muito boas festas
É o que temos para dar
Pedimos a Deus
Para o ano voltar

Os pobres filhinhos que dormiam tranquilamente enquanto mãe cozia o pão no forno, foram surpreendidos pela chegada dos cantadores dos Reis. A mãe chamou-os para assistiram à segunda interpretação. Os loiros pães foram saindo do forno ao som de uma das mais populares canções que têm aparecido nestas galas dos Reis: Os Três Reis do Oriente.

Ó da casa nobre gente
Escutai e ouvireis
Das bandas do Oriente
São chegados os três reis
Guiados por uma estrela
Que lhe deu tanta alegria
Foram ver o deus menino
Dar parabéns a Maria

Refrão
Nesta noite linda e fria
Só com a luz do luar
São chegados os três reis
Boas Festas vimos dar.

Os três reis como eram santos
Uma estrela os guiou
No cimo duma cabana
Linda estrela pousou.
A cabana era pequena
Não cabiam todos os três
Adoraram Deus Menino
Cada um por sua vez.

Quem diremos nós que viva
No meio de um laranjal
Vivam todos que aqui estão
Vivam todos em geral
Se nos querem dar os reis
Venham no dar de beber
Para nos matar a sede
E o coração aquecer.

As janeiras já cantamos
Com amor e devoção
Como é belo recordar
Esta linda tradição.
Vamos dar a despedida
Como a cereja ao ramo
Pedimos a Deus para todos
Voltarmos daqui a um ano.

O oitavo grupo a actuar representou Valtorno e Alagoa. São uma das presenças mais fortes nestas galas dos Reis. Também desta vez se fizeram representar em força. Começaram a sua actuação com a representação da conversa entre três empregadas de uma casa rica, a governanta a Albertina e a Josefa. A sua conversa decorria num ambiente típico, composto por uma mesa posta com uma toalha em croché, bolo-rei, vinho fino e guloseimas. Havia também presépio, um arranjo floral, castiçais e copos para o vinho fino. Estes pormenores passam despercebidos ao público.
Os cantadores dos reis chegaram da apanha da azeitona e cantaram:

Refrão:
Nós todos juntos,
Assim como estamos,
O Deus Menino,
Aqui adoramos.

I
Vimos dar as Boas Festas
Boas Festas vimos dar
Com respeito ao Ano Novo
Temos muito que contar.

II
Senhores de Vila Flor
Atendei e ouvireis
De Valtorno e Alagoa.
O cantar de nossos Reis.

III
Quem diremos nós que viva
Uma rosa branca ao peito
Viva o Senhor Presidente
Que é um homem de respeito

IV
De quem é esta agenda
Que eu achei abandonada
E da Doutora Gracinda
Que lhe caiu na calçada.

V
De quem este projecto
Que encontrei lá no outeiro
Disse-me o vento que sopra
Qu'é do Senhor Engenheiro.

VI
Um raminho dois raminhos
Ao Deus Menino vou dar
Para Ele com seu jeitinho,
No Céu lhes dê um lugar.

VII
Somos reizeiros de longe,
Temos muito para andar
Se quiserem dar os Reis
Não se estejam a demorar.

VIII
Ano Novo, Ano Novo,
Ano Novo melhorado
Melhorado na saúde
Minguado no pecado.

IX
Nós vamo-nos retirar
A palavra assim o diz
Desejamos Boas Festas
E um ano muito feliz!

Uma das coisas que mais aprecio neste grupo é a alegria, mas também a presença, bastante evidente, das vozes masculinas. Também este ano estas características estiveram presentes, mas menos comparando com alguns anos anteriores. Fizeram-se também acompanhar de um tradicional galheiro.
Foi um encanto ouvi-los cantar assim:

Refrão:
As Boas Festas,
Nós vimos dar,
Com alegria
Ao vosso Lar.

I
Quem diremos nós que viva
No grãozinho do arroz
Viva a gente desta casa
Por muitos anos e bôs.

II
Ainda agora aqui cheguei,
Pus o pé nesta escada,
Logo meu coração disse:
Aqui mora gente honrada.

III
Esta casa é bonita
E os meninos muito mais,
Que Deus Menino lhes dê,
Tudo o que vós desejais.

IV
Viva o senhor que aqui mora
Os anos que Deus quiser;
Também viva essa rosa
Que Deus lhe deu por mulher.

V
Quem vos vem cantar os Reis
Nesta noite de Janeiro,
Certo é que quer provar
As chouriças do fumeiro.

VI
Quem vos vem cantar os reis
De noite pelo escuro
Certo é que quer saber
Se o vinho está maduro.

VII
Os anjos com alegria
Música estão a cantar
Porque se abriu esta porta
E as janeiras nos vão dar.

VIII
Quem diremos nós que viva
Disse Deus a Portugal,
Viva a gente que aqui mora,
Vivam todos em geral.

IX
Esta vai por despedida
Já estão as ruas geladas,
Viv'a Sra.Govemanta
E as duas lindas criadas.

O 10º e último grupo a actuar representava a Associação Recreativa e Cultural de Vila Flor. O suporte musica é, como sabemos, de uma alegria e qualidade notáveis. As vozes, apesar de serem poucas, estavam afinavas e formaram um bonito conjunto. Também ao nível dos adereços, este é um dos grupos que não costuma deixar os seus créditos por mãos alheias. Fizeram-se acompanhar de duas idosas que fiavam a lã com mestria, colocaram no palco uma "verdadeira" lareira e uma mesa posta com o que de mais tradicional se comia noutras épocas: pão, vinho, alheiras, presunto, rosquilhos e fruta.
Aos ombros um cobertor

São p'ra vós os nossos Reis
Em silêncio nos ouvindo
Alegria sentireis
Se a porta se for abrindo.

Refrão
Aqui reunidos
Como em vossa casa
Troncos são os amigos
Nossa voz é a brasa
Um bom Ano Novo
Com paz e amor
E festa do povo
Reis em Vila Flor.

De longe correndo perigos
Cansados de caminhar
Não há distancia p'ra amigos
P'rós reis vos virmos cantar

Levantem-se meus senhores
Sinal de satisfação
Reforçando os valores
Desta linda tradição.

Som de vozes a deriva
Aos ombros um cobertor
Tradição de reis esta viva
Por terras de Vila Flor.

Cantando os reis aqui vimos
Alimentamos valores
Cantando o que sentimos
Tradicionais cantadores.

Que o som da nossa voz
Vos faça sentir felizes
Cantar os Reis como nós
E tradição são raízes.

Canta o pai canta a mãe
Os reis que a avó ensinou
Nos cantamo-los também
E cultura que deixou.

Tanta alegria nos dão
Ao vermos a casa cheia
Sinal de satisfação
São frutos de quem semeia.

Não sabemos onde vamos
O som das vozes nos guia
De povo em povo cantamos
Os Reis com muita alegria

Sem fumo esta lareira
Os corações estão em brasa
Cantamos a noite inteira
Os Reis Magos nesta casa.

Vamos despedir-nos
Com muita saudade
Por todos sentimos
A mesma amizade.

Um bom Ano Novo
Com paz e amor
E festa do povo
Reis em Vila Flor.


A segunda interpretação "A árvore que não seca" é muito alegre e coloca todo o auditório a bater palmas. Foi uma boa escolha para terminar o espectáculo.
A árvore que não seca

Em grupo reis e pastores
Vinde a cantar e a correr
Vinde adorar o menino
Que acaba de nascer

Refrão
Somos pastores
Vimos da serra
Cantar os reis
Da nossa terra
P’ra toda a gente
Sem distinção
Povo que sente
A tradição.

Estes Reis que vos cantamos
Fomos nós que os fizemos
P'ra alegrar-vos aqui estamos
Amizade é o que queremos.

Levantai-vos e cantai
P’rá garganta nos poupar
Já vimos de povo em povo
De a tradição relembrar.

Alegria que sentimos
Desde a hora que cantamos
Porta a porta reunimos
Toda a noite não paramos.

Viva toda a juventude
De tradições seguidores
P’ra todos muita saúde
Prós reis serem cantadores.

Noite de reis, alegria
Amizade e união
É momento de magia
A mais bela tradição

Grupo de reis cantadores
Nas canções traz alegria
Um bem hajam meus senhores
Pela vossa simpatia.

Não vamos deixar secar
Nem o tronco nem o ramo
De coração desejar
Boas festas, novo ano.

Nota: o "pastor" na fotografia acima pertence ao grupo que representou Carvalho de Egas.

Continua - Reis 2010 (6).

Reis 2010 (4)

Continuação de - Reis 2010 (3)

 Sei que os Reis já vão um pouco desfasados no tempo, mas, por respeito aos diferentes grupos de quem ainda não falei, aqui vou deixar algumas palavras e fotografias.


O sexto grupo a actuar representou Freixiel. Quem tem acompanhado estas galas sabe que este grupo se apresenta sempre com um grande número de elementos, com adereços interessantes e representativos da aldeia e com uma qualidade musical e vocal digna de realce. Nesta gala, essa tradição, não foi quebrada.
Este grupo também cantou os reis pelas ruas da sua aldeia, angariando mais de 1000 euros para ajudar a pagar o restauro dos altares da sua igreja matriz.
A primeira interpretação foi Boas Festas.

Boas Festas, Boas Festas
Cantamos com alegria
Um bom ano para todos
Cheio de paz e harmonia.

Estamos à vossa porta
Cantando com alegria
O bom Deus vos abençoe
Para sempre e neste dia.

Santos Reis, Santos coroados
Vinde ver quem vos coroou
Foi a Virgem Mãe Sagrada
Quando por aqui passou.

O caminho era torto
Uma estrela vos guiou
Em cima de uma cabana
Essa estrela poisou.

A cabana era pequena
Não cabiam todos três
Adoraram Deus Menino
Cada um por sua vez.

As pessoas desta casa
Boas Festas vi mos dar
Desejamos um bom ano
E as Janeiras cantar.


Na segunda interpretação, uma bonita valsa, brilhou toda a harmonia vocal do grupo, demonstrando que o trabalho continuado, ao nível do Rancho Folclórico ou mesmo do coro da igreja, produz os seus frutos. Foi bonito de ouvir ...

As Janeiras
Viva lá o Sr. da casa,
À sua porta nos tem,
Vimos dar as Boas Festas
E à sua mulher também.

Também queremos saudar,
Os seus queridos filhinhos,
Não podemos esquecer
Os seus tão lindos netinhos.

Boa noite Sr. da casa,
Aqui tem a festa à porta.
Se não nos quiser dar nada,
Não nos dê fraca resposta.

Já lá vai o ano velho,
Estamos no ano novo.
Vimos dar as Boas Festas,
Respeitando todo o povo.

S'tá muito frio cá fora,
E uma grande geada.
Vinde-nos abrir a porta,
Que é boa rapaziada.

Actuou, de seguida o grupo Vieiro em Acção, representando Vieiro, anexa de Freixiel. Foi mais um grupo estreante que, apesar número reduzido de elementos, apenas 5, não teve complexos e marcou presença nesta gala.

Lá no céu há um castelo
Castelo Maravilhoso
Lá no segundo andar
Chorava a Virgem Maria.

Porque chora Minha Mãe?
Porque chora ó Mãe Minha?
Choro pelos pecadores
Que andam no mundo sozinhos.

Não é por interesse
Ó rapaziada
Queremos que nos estimem
A nossa risada.
Viemos aqui
Todos reunidos
Dar as Boas Festas
Aos nossos amigos.

 
A segunda actuação foi uma homenagem ao aos responsáveis pela direcção da autarquia, mas também a todos os vilaflorenses.

A laranja redondinha
É docinha como o mel
Ó que pessoa tão nobe
É o senhor doutor Pimentel.

Ó que dia tão bonito
E a tarde está linda
Viva o sr. Fernandes
E a senhora doutora Gracinda.

A gente de Vila Flor
Que é tão popular
São gente de boa terra
Nós viemos visitar.

O arco de D. Dinis
É um monumento a visitar
À gente de Vila Flor
Nós os Reis viemos cantar.

Ao sobreiro ramalhudo
No outono cai a bolota
Se nos querem dar os Reis
Venham-nos abrir a porta.

Vamos dar a despedida,
Por cima de uma maçã.
Passem muito bem a tarde,
Adeus e até amanhã.

Continua - Reis 2010 (5).

08 fevereiro 2010

Freixos

No Sábado passado retomei as minhas caminhadas pelo concelho. Foi um curto passeio ali para os lados de Samões, acompanhando o percurso de uma ribeira que, este ano, apresentam algumas pequenas cascatas interessantes.
A fotografia de hoje mostra o tronco de alguns freixos, num lameiro, logo por baixo da aldeia de Samões.