Segredos de obscuros cristais
que as traves dos anos preservaram.
Voracidade das ondas nos bolsos
para, às braçadas,
nos acercarmos da alma.
A aparição de um precário abrigo
no aroma ressuscitando as tílias
na praça junto à escola
de giz e ardósia e fingidas palavras
por tudo mostrarem ocultando tudo.
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
Fotografia: Escola Primária de Alagoa
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