Vão-se as cores da Primavera, mas, uma Vila que é Flor, não perde a sua cor, o seu perfume. Um pouco por toda a vila a alfazema espalha o seu colorido e o seu perfume que embriaga as abelhas.
Jardim do Largo de Santa Luzia, Vila Flor.
30 junho 2008
26 junho 2008
23 junho 2008
II Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais - Freixiel
Cheguei a Freixiel por volta das três da tarde. O dia estava anormalmente quente (para aquilo que estamos habituados). No largo da feira já ardiam os assadores, estava montada a tasquinha e a cascata feita de buxo, com o S. João em lugar de destaque. Um grupo de homens mais afoitos, jogava à malha, mas, muitos abrigavam-se das chispas do sol debaixo do tecto das barracas, onde estavam expostos os produtos: esculturas em madeira representando santos, presépios ou máscaras e também pintura, tudo de um artista local; fumeiro, vinho, azeitonas, azeite e vários tipos de biscoitos; seguia-se uma secção com bordados, ponto cruz, arraiolos, etc. Esta representava a maior parte dos produtos expostos, mas não é de admirar, o grupo de bordados esteve na base da realização desta segunda edição da Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais de Freixiel. Estive presente na primeira edição da feira e também tive o prazer de visitar a exposição que esteve patente na galeria de exposições do Centro Cultural de Vila Flor, entre Maio e Junho de 2007.
Desta vez, a minha atenção centrou-se em pequenas bonecas. Com roupas feitas em croché, pareciam autênticas princesas! A habilidade com que as roupas foram feitas e a combinação de cores utilizadas, deram um bom tema para eu fotografar.
Pouco depois começaram os jogos tradicionais. O saltar à corda foi uma alegria. Os mais novos aderiram com energia mas com pouco jeito. Foram necessárias algumas demonstrações dos mais velhos, para estes aprimorarem a técnica. Pouco depois, dava gosto vê-los a saltar em grupo, todos em sintonia.!
A brincadeira continuou com as crianças a mergulharem a cara numa bacia com água, para depois procurarem um rebocado, com a boca, noutra bacia com farinha. Houve até quem experimentasse o mesmo jogo com vinho!
A corrida de sacos também esteve presente, mas as temperaturas não permitiam muito esforço.
Aproveitei um momento de acalmia para dar um passeio por algumas ruas da aldeia. O evento decorria no Largo da Ponte Nova, mas, ali ao lado, o Pelourinho merecia bem alguns minutos de atenção. Além do céu azul com nuvens brancas, janelas e varandas com petúnias de cores vivas, completavam o quadro. Só os fios eléctricos destoavam. Demorei-me no Largo do Pelourinho, procurando o melhor ângulo. Indiferente ao movimento e à música, um grupo de idosos ocupava o seu lugar de sempre, à sombra, em volta de eterna mesa de pedra. Soube por eles que esta era a “equipa suplente”, porque a “equipa principal” jogava no café.
Segui para o Largo das Fontes e continuei pela Rua Eng. António Trigo de Morais. O calor não permitia parar durante muito tempo. Andei ainda pela Rua Grande, Rua do Canto e Rua do Concelho. Entrei no Café Trasmontano para me refrescar um pouco. É quase um museu! Demorei-me imenso a admirar todos os artefactos dependurados nas paredes ou a elas encostados. Foi como uma viagem ao passado: rocas, arados, grades, crivos, peneiras, meleias, albardas, jarros, bilhas, regadores, cabaças, etc. Vale bem a pena fazer-lhe uma visita, quer pela rusticidade do local, quer pela quantidade e variedades de artigos expostos.
Voltei ao recinto da feira. Aos poucos começou a juntar-se mais gente. O momento mais importante estava quase a acontecer. O Rancho Folclórico de Freixiel aglutina as pessoas e toda a aldeia se juntou para os ver actuar. Cada vez maior, com (muito) jovens e com idosos, (a idade pouco conta) todos dançam e cantam com uma alegria sem igual.
Caiador que cheira a cal
Carpinteiro a madeira
Cada qual no seu ofício
Eu também sou lavadeira
Eu também sou lavadeira
Lavo no Rio Jordão
Lavo saias e entremeios
Também lado o coração.
Estas é que são as saias
Estas saias é que são
São dançadas e bailadas
Da raiz do coração.
A acompanhar estas quadras encadeiam-se as mãos, gira a roda e troca o par. Sempre a mesma alegria, sempre com toda a cara num completo sorriso. As gargantas não se cansavam:
Ó Matilde sacode a saia
Ai ó José alevanta o braço
Deita o joelho em terra ai rico amor
Põe-te a pé dá-me um abraço.
O tempo passou, estando cada vez já mais fresco, sem se dar por isso. Eram 19 e trinta quando o rancho deu por terminada a sua actuação. O sr. Presidenta da Junta de Freguesia pegou no microfone para valorizar o empenho e trabalho realizados em torno do evento, congratulando-se com a festa/feira. Convidou todos os presentes para um lanche, que se seguiu.
Enquanto se prepararam as mesas, alguns foram ensaiando alguns passos de dança, a frescura do final de tarde já convidava a uma noite de folia.
Foi grande o grupo que se juntou para confraternizar. Os assadores não pararam durante toda a tarde! Frango de churrasco e fêveras, acompanhadas com bom vinho, permitiram mais um momento de são convívio.
Eram quase nove da noite quando saí de Freixiel. A aparelhagem sonora que animou o dia, debitava as músicas que fazem saltar o pé em qualquer arraial. A festa continuou.
22 junho 2008
II Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais - Freixiel
A II Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais em Freixiel foi um sucesso. A animação foi muita: cor, jogos, música, comida, bebida e dança, tudo contribuiu para alegrar a feira que mostrava um pouco do que se faz nesta terra. Enquanto preparo uma descrição mais detalhada da tarde que passei em Freixiel, deixo já um mosaico com algumas fotografias dos produtos expostos.
20 junho 2008
II Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais - Freixiel
Vai ter lugar no dia 22 de Junho, a II Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais, em Freixiel. Depois do sucesso da 1ª edição, a 18 de Março de 2007, um grupo de pessoas arregaçou as mangas e lutam por manter a aldeia viva, revivendo as tradições e divulgando os seus produtos.
O evento vai ter lugar no Largo da Ponte Nova e tem organização do Grupo de Bordados. O Programa é o seguinte:
10:00 - Abertura oficial da feira
14:00 - Tarde recreativa: Jogos e brincadeiras tradicionais, encontro de gerações.
18:30 - Actuação do Rancho Folclórico de Freixiel
20:00 - Encerramento da feira.
Nota: As fotografias são da Feira de 2007.
19 junho 2008
De volta a Meireles
(17-06-2008) Por fim o calor chegou! Cansado dos dias cinzentos, peguei na bicicleta e parti À Descoberta de mais um pedaço do concelho. A escolha recaiu em Meireles. A única visita que fiz a Meireles, a 18 de Abril de 2007 não correu muito bem, terminando a viagem com uma roda que mais parecia um crivo. As fotografias até não ficaram más!
Para simplificar, decidi seguir pela estrada (N213) até à aldeia e depois procurar um caminho alternativo de volta a casa.
Na ida, perto da Quinta da Veiguinha, demorei-me um pouco a fotografar uma giesta que cresce na berma das estradas. Elegi a giesta como Flor do Mês de Maio, mas há uma espécie que só se encontra aqui, mesmo na beira da estrada. É um pequeno arbusto, atingindo menos de um metro de altura, muito esguia, com flores grandes e amarelas, semelhantes às da giesta-negral.
Chegado a Meireles, já me apetecia beber alguma água no café à beira da estrada. Há muitos anos atrás que aqui existe e era ponto de paragem quase obrigatória, para os que se deslocavam de Vila Flor ao Cachão, para viajarem no comboio.
A aldeia, apesar de pequena, está espalhada em várias direcções, desde o Bairro da Cruzinha, ao Bairro da Eira, à Rua do Cimo do Povo. Quando se deixa a estrada nacional e se desce em direcção ao centro, encontramos à direita um importante lagar de azeite, nesta altura encerrado. Um pouco mais abaixo está um nicho com nossa senhora e o menino. Está ladeado por dois bancos, mas com o calor que fazia, as pessoas procuraram lugares mais frescos para descansarem.
Talvez devido ao calor, encontrei mais pessoas na aldeia do que habitualmente! Havia vários grupos, em alegre conversa, algumas mulheres a fazerem na renda ou tapetes de Arraiolos. Meti conversa com eles, não se mostraram surpreendidos com o meu interesse pela aldeia. - A Internet tem tudo, dizia um, o meu filho já me mostrou as minhas oliveiras.
As ruas da aldeia, são estreitas e inclinadas. Nalguns pontos o espaço alarga-se criando pequenos largos: Há um junto ao cemitério, em volta do cruzeiro, outro junto à fonte, e um terceiro em redor da igreja.
A igreja é uma construção muito sóbria, quase uma capela. Apenas o pequeno campanário a destaca, até porque está num dos pontos mais baixos da aldeia. O interior também é modesto, mas está muito cuidado e recheado de imagens. A padroeira, Santa Marinha está colocada à esquerda do sacrário! Da talha dourada de outrora, pouco resta. Não sei se o sacrário foi recuperado, mas há um antigo altar na sacristia.
Depois da visita à igreja, continuei o passeio pelo verdadeiro templo, a natureza. . Em Meireles há até uma curiosidade que dá mais significado a esta ideia. Há uma rocha a que chamam a Fraga do Altar, com a forma de um altar. Encontra-se num ponto elevado, virada para o vale, com uma bela visão do mesmo.
Se a visão do vale que se prolonga até ao Cachão e sobe pelo Tua acima é digna de ser admirada, o mesmo se passa com os campos em volta. As hortas fervilham de verde. O caminho estava cheio de poças de água, sumida dos regos das batateiras pelas galerias abertas pelas toupeiras. Dos lameiros vem o cheiro a fenos. Das silvas, agora em flor, saem melancólicas sinfonias de rouxinóis e felosas.
Quando cheguei à Ribeira de Meireles demorei-me no colorido das suas margens, guardadas por pequenas flores de todas as formas e cores: o roxo dos cardos e das arçâs, o branco das camomilas, o rosa (aqui mais carregado!) das malvas, o amarelo dos pimpilros, tudo condimentado com o azul do céu e o alegre saltitar da água de rocha em rocha.
O meu desafio era grande: subir a encosta de encontro à estrada N214 perto de Vale Frechoso. Não conheço nenhum caminho com esse traçado. Tinha prometido a mim mesmo não voltar a embrenhar-me por essas paragens completamente selvagens.
Vislumbrei ao longe uma rodeira recente que subia encosta acima, com as estevas todas esmagadas! Estava com sorte. Um raide todo o terreno tinha por ali passado recentemente. Quando me encontrava a meio da subida, encharcado de suor, mas eufórico com a progressão, tocou o telemóvel. As perspectivas eram más, chamavam-me com urgência.
Tinha duas hipóteses: continuava a subida até passar os 600 metros de altitude, ou voltava para trás pelo caminho já percorrido. Optei pela segunda hipótese, com muita pena, mas era a mais segura.
Telefonei para que me fossem buscar a Meireles, onde procurei chegar o mais rapidamente possível.
Mais uma vez terminei o passeio a Meireles voltando para casa de carro! Valeu a pena. Ficou-me esta história, algumas centenas de fotografias e a vontade de lá voltar, provando a mim mesmo que a vontade é superior à superstição.
Quilómetros percorridos em BTT: 14
Total de quilómetros de bicicleta: 1834
18 junho 2008
Outras giestas de Vila Flor
No seguimento da Flor do Mês de Maio, deixo hoje um painel com um conjunto de fotografias de outras espécies de giestas que é possível encontrar no concelho. Algumas delas são bem curiosas e merecerão a minha atenção novamente, no futuro.
Este painel foi pensado para ser usado como Papel de Parede (wallpaper) e tem maiores dimensões do que as fotografias que normalmente coloco no Blog.
17 junho 2008
Flor do Mês - Maio 08
Chegou o momento de acrescentar mais alguma cor à rubrica Flor do Mês, desta vez sobre o mês de Maio.
Apesar a corrente Primavera estar a ser completamente atípica, com muita chuva, frio e nevoeiro (como ainda hoje se viu), não faltaram espécies vegetais floridas, de que fui dando conta no Blog. Agora, trata-se de escolher uma espécie, a miss florida do mês de Maio. A lista de candidatas é imensa: papoilas, hipericão, linho, dedaleiras, roseira-brava, sargaços, pampilhos, soagens, campanula lusitanica, madressilva, erva-cabaceira, estevas, roselha, lunária, morrião, verbascos, arçâs, etc. Estas são algumas das plantas que fotografei em flor durante o mês de Maio.
A minha escolha recai sobre a flores da giesta, conhecidas por maias (em estreita ligação com o mês de Maio).
Nas minhas deambulações pelo concelho (e concelhos limítrofes) tenho encontrado algumas diferentes espécies de giestas (do género Cytisus). É uma verdadeira Descoberta e como é bom aprender! A giesta branca (Cytisus multiflorus) já mereceu destaque como Flor do Mês de Abril. Talvez a espécie mais representativa seja a Giesta-negral (Cytisus striatus), que pode ser encontrada em toda a Península Ibérica e até em Marrocos. Nos primeiros dias de Abril, encontrei alguns exemplares floridos perto do Rio Tua. Estamos a meio de Junho e o espectáculo de giestas, com as suas flores amarelo canário intenso, ainda pode ser admirado nos pontos mais frios do concelho, como Candoso, Valtorno, Alagoa ou Mourão.
Há algumas manchas de outras espécies de giestas, nas encostas a Sul de Meireles e também na Vilariça, mas não chegam a ter o colorido da giesta-negral.
No dia 1 de Maio, ao acordar, verifiquei que tinha um ramo de giesta florida pendurado na porta de casa! Embora essa tradição tenha cambiantes e significados diferentes em vários pontos do país, aqui, coloca-se o ramo de giesta florida (com maias) para que a fome não venha bater à porta.
Não posso também esquecer a importância das maias, a par de outras espécies vegetais, na elaboração das passadeiras, pelas ruas, na festa do Corpo de Deus. As favecas que surgem depois da flores caírem (as giestas são leguminosas), também são apreciadas pelos rebanhos de cabras e ovelhas.
15 junho 2008
O segredo
A fé é pedir.
A fé é saber pedir.
Quem não precisa de pedir
Nesta vida de faltas de incertezas?
Pede-se o ar, a água,
O pão. Pede-se amor,
Esmola, compreensão.
Pede-se a vida, pede-se a morte.
O segredo é pedir
Com jeito, já, de agradecer
A concessão da graça pretendida.
A fé é pedir a agradecer...
Poema de Cabral Adão, publicado no jornal "Notícias de Mirandela".
Fotografia da porta da capela de S. Sebastião, em Vila Flor.
20 de Maio de 2008.
12 junho 2008
09 junho 2008
Olhar... e mais nada
Há momentos em que as palavras estão a mais. Basta olhar... mais nada.
Vilas Boas, 3 de Junho de 2008 (16:15)
05 junho 2008
Dia Mundial do Ambiente
Hoje, Dia Mundial do Ambiente , pensei seriamente em publicar algumas fotografias com as atrocidades contra o ambiente, que tenho encontrado um pouco por todo o concelho. Não diferindo nada dos concelhos limítrofes, a coisa que mais me têm chocado, é a quantidade de lixo despejado ao longo das bermas de todas as estradas e caminhos. À velocidade que a maioria dos carros circula, o lixo passa desapercebido. Mas, se passarmos de bicicleta ou a pé, é chocante a quantidade de electrodomésticos, entulho, serrim e outros materiais, despejados às toneladas nas bermas! A título de exemplo, aponto a estrada de Vila Flor a Lodões com duas grandes lixeiras: uma, logo depois das Portas do Sol e a segunda a meio caminho entre Roios e Lodões. Também entre Santa Comba e Valbom há enormes quantidades de lixo. Entre Vilarinho das Azenhas e o Cachão, também há um ponto de vazamento de lixo, que desce encosta abaixo até à Linha do Tua.
Falando nos caminhos, não há escolha. Desde os mais circulados, aos mais afastados e de difícil acesso, há lixo por todo o lado. É pena que o Facho esteja cheio de lixo; que os caminhos que dão acesso ao complexo da Barragem do Peneireiro, estejam cheios de lixo; nos caminhos em redor de Valtorno só há lixo, etc.
Outro dos problemas que detecto no concelho está nas linhas de água. Todas as linhas de água que atravessam as freguesias, à saída, vão completamente poluídas. Quase todas as aldeias têm fossas, mas as mesmas, descarregam directamente para os ribeiros e, o espectáculo é degradante. Muitas vezes há hortas ao longo desses cursos de água! Podia dar muitos exemplos, podia mostrar fotografias.
A terceira questão, prende-se com a utilização de adubos e pesticidas na agricultura. Há bastante utilização de herbicidas nos olivais. O problema está bem patente na falta de água potável nas fontes das freguesias. Se por um lado os habitantes detestam a água da rede pública, muitas das fontes que têm água dos poços e minas, está imprópria para consumo.
Já alguém ouviu falar em Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente? A GNR local só é visível em dias de filmagem de telenovela ou para ordenar o transito quando os pais vão buscar os seus filhos à escola.
A autarquia, que devia dar o exemplo, nem sempre o faz. Onde vão parar os arbustos, a relva cortada e outros detritos da zona do Parque de Campismo? E do Santuário de Nossa Senhora da Lapa?
A principal arma para a preservação do ambiente está no civismo de cada um. A sensibilização e a fiscalização podem ajudar, mas é necessária uma preocupação e uma prática ecológicas constantes.
A fotografia que escolhi é um festival de vida e cor. Os maus exemplos, infelizmente, são mais visíveis.
Falando nos caminhos, não há escolha. Desde os mais circulados, aos mais afastados e de difícil acesso, há lixo por todo o lado. É pena que o Facho esteja cheio de lixo; que os caminhos que dão acesso ao complexo da Barragem do Peneireiro, estejam cheios de lixo; nos caminhos em redor de Valtorno só há lixo, etc.
Outro dos problemas que detecto no concelho está nas linhas de água. Todas as linhas de água que atravessam as freguesias, à saída, vão completamente poluídas. Quase todas as aldeias têm fossas, mas as mesmas, descarregam directamente para os ribeiros e, o espectáculo é degradante. Muitas vezes há hortas ao longo desses cursos de água! Podia dar muitos exemplos, podia mostrar fotografias.
A terceira questão, prende-se com a utilização de adubos e pesticidas na agricultura. Há bastante utilização de herbicidas nos olivais. O problema está bem patente na falta de água potável nas fontes das freguesias. Se por um lado os habitantes detestam a água da rede pública, muitas das fontes que têm água dos poços e minas, está imprópria para consumo.
Já alguém ouviu falar em Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente? A GNR local só é visível em dias de filmagem de telenovela ou para ordenar o transito quando os pais vão buscar os seus filhos à escola.
A autarquia, que devia dar o exemplo, nem sempre o faz. Onde vão parar os arbustos, a relva cortada e outros detritos da zona do Parque de Campismo? E do Santuário de Nossa Senhora da Lapa?
A principal arma para a preservação do ambiente está no civismo de cada um. A sensibilização e a fiscalização podem ajudar, mas é necessária uma preocupação e uma prática ecológicas constantes.
A fotografia que escolhi é um festival de vida e cor. Os maus exemplos, infelizmente, são mais visíveis.
04 junho 2008
Verde a amarelo
Quando pensei que já me tinha despedido do vermelho vivo das papoilas, fui encontrar junto à rotunda do Barracão, perto de Samões um campo pintado de vermelho e amarelo. Este campo devia ter trigo, mas a natureza decidiu pintá-lo de cores mais selvagens, mais agressivas. Não consegui ficar a olhar de longe. Desci a rampa e mergulhei no colorido, entontecido como as abelhas que rodopiavam de flor em flor que brilhavam com os últimos fios dourados que aqueceram o dia.
03 junho 2008
Ribeirinha
Vista parcial da Ribeirinha, freguesia de Vilas Boas. Em primeiro plano, à esquerda está a estação da Ribeirinha, na Linha do Tua.
01 junho 2008
Crianças de hoje
Há muitas lágrimas! Há choro de crianças
Órfãs de Mãe e também de Pai...
Há fome e sede... só se ouvem ais!
Há muitas lágrimas, há choros de crianças.
Há miséria triste a rir por todos cantos,
Há tristeza e mágoa, há muita amargura.
Há crianças nuas a pedirem mantos,
Existem muitas almas a reclamar doçura.
Há crianças pobres, crianças miseráveis,
Tristes botõezinhos de esbelta beleza...
Cheiinhas de fome, não encontram mesa
Essas crianças loiras - quase insaciáveis.
Brancas flores do campo, prados de boninas,
Lindas rosas brancas de corola a abrir...
Há muitas crianças que podiam rir
Se houvesse amantes dessas criancinhas.
Poema escrito por J. Nascimento Fonseca, publicado no jornal Esperança em Maio de 1961.
O poema era "Dedicado a todas as crianças infelizes, especialmente às vítimas pelo terror em Angola".
A fotografia mostra alguns dos elementos mais jovens do Grupo Folclórico de Freixiel.
Freguesia Mistério 16
A Freguesia Mistério 15, do mês de Maio, chegou ao fim. Foram contabilizados 35 votos distribuídos da seguinte forma:
Assares (1) 3%
Benlhevai (1) 3%
Candoso (3) 9%
Freixiel (3) 9%
Lodões (3) 9%
Mourão (12) 34%
Nabo (4) 11%
Samões (3) 9%
Sampaio (1) 3%
Vila Flor (4) 11%
Apesar de desde muito cedo a tendência ter sido para a resposta certa, Mourão, verifica-se que apenas atingiu a percentagem de 34%. Mesmo assim, fiquei surpreendido com o número de respostas certas, visto Mourão ser bastante afastado das principais vias de comunicação do concelho.
O desafio que se segue é mais uma fonte. Está praticamente ao nível do solo e é possível que passe despercebida a quem ao lado dela circula.
Em que freguesia podemos encontrar esta fonte?
Participe votando.
Na margem direita do Blog
Assares (1) 3%
Benlhevai (1) 3%
Candoso (3) 9%
Freixiel (3) 9%
Lodões (3) 9%
Mourão (12) 34%
Nabo (4) 11%
Samões (3) 9%
Sampaio (1) 3%
Vila Flor (4) 11%
Apesar de desde muito cedo a tendência ter sido para a resposta certa, Mourão, verifica-se que apenas atingiu a percentagem de 34%. Mesmo assim, fiquei surpreendido com o número de respostas certas, visto Mourão ser bastante afastado das principais vias de comunicação do concelho.
O desafio que se segue é mais uma fonte. Está praticamente ao nível do solo e é possível que passe despercebida a quem ao lado dela circula.
Em que freguesia podemos encontrar esta fonte?
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