29 novembro 2009
Cogumelos (3)
No Sábado saí em direcção a Benlhevai à procura de um fungo muito especial no tronco dos velhos castanheiros. Não encontrei o dito fungo, conhecido pelos nomes de Vaquinhas ou Línguas de Vaca, mas tirei algumas belas fotografias aos castanheiros e apanhei uma boa quantidade de Sanchas ou Pinheiras. Já integraram o meu almoço de hoje, mas guardei algumas em fotografia para poder mostrar.
28 novembro 2009
Flor do Mês - Outubro de 2009
Estamos praticamente no final de Novembro e eu ainda não seleccionei a flor para representar o mês de Outubro. A minha escolha recaiu mais uma vez numa pequena flor, pouco vistosa mas que quase toda a gente conhece o nome: açafrão.
O açafrão é uma planta bolbosa, da família das Iridáceas, da qual se extrai o uma especiaria tão apreciada como cara. Para a obtenção de um quilo de açafrão são necessárias mais de 100 mil flores das quais apenas se aproveita os estigmas e estiletes.
Esta flor, de cores e aromas tão delicados, tinha que habitar este concelho que é Flor. É endémica em toda a Península Ibérica. A espécie que pode ser encontrada em flor, um pouco por todo o concelho, durante os meses de Outono é a Crocus sativus que eu tenho visto na beira dos caminhos, na bordadura de alguns lameiros ou bosques.
As fotografias foram obtidas em Roios a 17 de Outubro de 2009.
O açafrão é uma planta bolbosa, da família das Iridáceas, da qual se extrai o uma especiaria tão apreciada como cara. Para a obtenção de um quilo de açafrão são necessárias mais de 100 mil flores das quais apenas se aproveita os estigmas e estiletes.
Esta flor, de cores e aromas tão delicados, tinha que habitar este concelho que é Flor. É endémica em toda a Península Ibérica. A espécie que pode ser encontrada em flor, um pouco por todo o concelho, durante os meses de Outono é a Crocus sativus que eu tenho visto na beira dos caminhos, na bordadura de alguns lameiros ou bosques.
As fotografias foram obtidas em Roios a 17 de Outubro de 2009.
26 novembro 2009
Alminhas, Padrões de Portugal Cristão
Encontrei no museu Berta Cabral, em Vila Flor, um pequeno livro de 1955, escrito por P.e Francisco de Babo, “Alminhas” Padrões de Portugal Cristão, (3.ª edição). Interessei-me imediatamente, pois há muito tempo que não lia nada sobre o tema Alminhas que, em tempos, comecei a publicar no Blogue. O livro não correspondeu às minhas expectativas. É basicamente um incentivo à construção e recuperação das alminhas mas permite saber qual o espírito da época a respeito deste peculiar devoção do purgatório. Este culto das alminhas faz pleno sentido em conjugação com outros rituais como o Dia dos Fieis Defuntos, as missas do de saimento e sétimo dia. Também existiu em grande parte das paróquias a confraria das Almas, ainda subsistindo algumas pelo país.
A respeito das Alminhas, diz:
Em 1955 o Ministro das Obras Públicas determina que a Junta Autónoma das Estradas promovesse a conservação dos nichos existentes junto às estradas nacionais em conjunto com a reparação destas. A conservação das restantes competia às Autarquias Locais e Juntas Fabriqueiras, podendo o estado comparticipar através do Fundo de Desemprego.
1.ª Fotografia - Alminhas junto à estrado do Seixo de Manhoses.
2.ª Fotografia - Alminhas em Lodões.
3.º Fotografia - Alminhas na base de um cruzeiro em Vilas Boas.
A respeito das Alminhas, diz:
“Eram estas, em tempos que foram, nota benta e espiritual da paisagem e polvilhavam o solo de Portugal de lés a lés, postadas humildemente à beira dos caminhos das aldeias, vilas e povoados, gritando de contínuo aquelas labaredas vermelhas rusticamente pintadas, no contraste do verde, do escuro ou do branco ambiente.As alminhas lembravam aos vivos o purgatório, mas destinavam-se também à recolha de esmolas, com as quais se celebravam missas pelas almas. Os mealheiros da altura ou eram metálicos de madeira ou de barro, sendo necessário parti-los para retirar as dádivas.
E as almas simples dos que passavam, com fé viva e alma amiserada a crepitar no peito, rezavam baixo um pai-nosso e uma ave-maria, parando a contemplar a Senhora meiga do Carmo ou do Alívio, e as chamas ardentes e rubras onde as almas se esbraseavam em sofrimento e dor. Tiravam do bolso ou da algibeira, quase desprovida, pequeninas moedas da sua penúria, óbulo da viúva precioso e rico dos olhos de Deus e lançavam-no pela greta da caixinha de ferro ou da soleira furada de granito, adrede ali dispostas.
E, ao cabo, de tantos grãozinhos se faria o pão gostoso para a fome, quero dizer, as pequeninas oferendas haviam de juntar-se e converter-se, os pequeninos sacrifícios, na riqueza imensa do Santo Sacrifício do Altar, grandioso sufrágio das pobres Detidas e individadas. Serão o seu resgate do cárcere do Fogo”.
“Que belos que são e como pincelam a paisagem esses nichos esparsos por aldeias, vilas e cidades, de Norte a Sul do país, à beira de caminhos, estradas, ruas e praças!Percebe-se ao longo de todo o livro um forte apelo à construção de nichos, cruzeiros e disseminação de mealheiros. Um grande movimento nacional para que em cada aldeia, em cada bairro, o solo seja sacralizado com a presença de “Alminhas”. O movimento tem tal poder que começam a ser enviados painéis para a construção de alminhas noutros pontos do antigo império.
Quantos deles esperam alma pia e carinhosa para uma restauração em forma, avivando-lhes a pintura ou substituindo-a por um painel azulejado, limpando-lhes o rebordo de pedra ou reaformoseando-lhes a arquitectura! Quanta vez será necessário dar maior solidez à caixa das esmolas embutida na base imunizando-a da cupidez sacrílega de vulgares ratoneiros! Mas a frequente inspecção e recolha das esmolas ali acumuladas será sempre de recomendar às pessoas encarregadas de velar por tão santa tarefa e a maneira mais eficaz de evitar furtos do sagrado pecúlio.”
Em 1955 o Ministro das Obras Públicas determina que a Junta Autónoma das Estradas promovesse a conservação dos nichos existentes junto às estradas nacionais em conjunto com a reparação destas. A conservação das restantes competia às Autarquias Locais e Juntas Fabriqueiras, podendo o estado comparticipar através do Fundo de Desemprego.
1.ª Fotografia - Alminhas junto à estrado do Seixo de Manhoses.
2.ª Fotografia - Alminhas em Lodões.
3.º Fotografia - Alminhas na base de um cruzeiro em Vilas Boas.
17 novembro 2009
16 novembro 2009
Cogumelos (2)
No dia 14 de Novembro saí pela segunda vez à procura de cogumelos. Dirigi-me para uma zona de pinhal perto da barragem do Peneireiro, onde tinha encontrado alguns rocos na minha primeira saída. Durante uma hora quase não encontrei nada. Já se encontram poucos rocos e, os poucos que se vêem, já estão bastante adiantados e não vale a pena colhe-los. Ainda bem que sobram alguns. Não podemos esquecer que o que se apanha dos cogumelos é apenas uma pequena parte do organismo, ou seja, os corpos frutíferos que têm por função propagar os esporos. É importante não destruir os cogumelos que não apanhamos.
Passada mais de uma hora parti em direcção ao Seixo de Manhoses apenas com dois exemplares de cogumelo.
Fiz uma paragem num pinhal. Deixei a máquina fotográfica no carro e dei uma volta de reconhecimento. O meu entusiasmo aumentou quando vi, bastante escondida, a primeira sancha. Voltei ao carro rapidamente, pensando para mim: - Pode não dar para o almoço, mas vai dar uma bela fotografia.
Encontrei de seguida uma grande quantidade de sanchas, quase todas bastante grandes e alguns rocos. A certa altura cruzei-me com um casal de idosos que já traziam um cesto cheio, inclusive com alguns moncosos! Além de me facilitarem algumas fotografias, até me ofereceram os três moncosos mais bonitos! Acabei por ainda encontrar mais alguns.
Entusiasmei-me e só voltei para casa após a uma da tarde, depois de me telefonarem para lembrar o almoço. Procurar cogumelos é das actividades mais relaxantes e interessantes que conheço. Infelizmente, desse meu passatempo de criança (passatempo útil uma vez que os cogumelos tinham um papel importante na nossa alimentação nesta época do ano) pouco resta. Por isso, foi com grande entusiasmo que saboreei toda a manhã nesta actividade.
Voltei para casa com a quantidade suficiente para fazer um bom guisado. Os poucos rocos que trouxe acabaram por ir para o lixo. As sanchas estavam excelentes, tal como os moncosos.
Também touxe um roco, à parte, que me ofereceu dúvidas quanto à espécie. Como não encontrei ninguém com quem confirmar se era mesmo comestível ou não, acabou por ir também para o lixo.
Se tiver oportunidade, vou repetir a experiência. Talvez assim consiga fazer um pequeno levantamento fotográfico sobre cogumelos do concelho.
Variedade de que falo no texto:
Rocos (roques, fusos, frades) - Macrolepiota procera
Sanchas (setas) - Lactarius deliciosus
Moncosos - Boletus edulis
Passada mais de uma hora parti em direcção ao Seixo de Manhoses apenas com dois exemplares de cogumelo.
Fiz uma paragem num pinhal. Deixei a máquina fotográfica no carro e dei uma volta de reconhecimento. O meu entusiasmo aumentou quando vi, bastante escondida, a primeira sancha. Voltei ao carro rapidamente, pensando para mim: - Pode não dar para o almoço, mas vai dar uma bela fotografia.
Encontrei de seguida uma grande quantidade de sanchas, quase todas bastante grandes e alguns rocos. A certa altura cruzei-me com um casal de idosos que já traziam um cesto cheio, inclusive com alguns moncosos! Além de me facilitarem algumas fotografias, até me ofereceram os três moncosos mais bonitos! Acabei por ainda encontrar mais alguns.
Entusiasmei-me e só voltei para casa após a uma da tarde, depois de me telefonarem para lembrar o almoço. Procurar cogumelos é das actividades mais relaxantes e interessantes que conheço. Infelizmente, desse meu passatempo de criança (passatempo útil uma vez que os cogumelos tinham um papel importante na nossa alimentação nesta época do ano) pouco resta. Por isso, foi com grande entusiasmo que saboreei toda a manhã nesta actividade.
Voltei para casa com a quantidade suficiente para fazer um bom guisado. Os poucos rocos que trouxe acabaram por ir para o lixo. As sanchas estavam excelentes, tal como os moncosos.
Também touxe um roco, à parte, que me ofereceu dúvidas quanto à espécie. Como não encontrei ninguém com quem confirmar se era mesmo comestível ou não, acabou por ir também para o lixo.
Se tiver oportunidade, vou repetir a experiência. Talvez assim consiga fazer um pequeno levantamento fotográfico sobre cogumelos do concelho.
Variedade de que falo no texto:
Rocos (roques, fusos, frades) - Macrolepiota procera
Sanchas (setas) - Lactarius deliciosus
Moncosos - Boletus edulis
11 novembro 2009
Amoras
As amoras são já uma recordação dos passeios de Verão. Esta fotografia foi tirada junto de um dos moinhos de água do ribeiro de Valtorno.
09 novembro 2009
Freguesia Mistério 33
Durante o mês de Outubro esteve em votação a Freguesia Mistério n.º 33. Participaram 15 pessoas, que distribuíram os votos da seguinte forma:
Candoso (2) 13%
Freixiel (1) 7%
Lodões (2) 13%
Nabo (7) 47%
Valtorno (1) 7%
Vilarinho das Azenhas (1) 7%
Vilas Boas (1) 7%
Mais uma vez a votação no Nabo se destacou, mas não era essa a freguesia em questão. O painel de azulejo que a fotografia documenta pode ser encontrado em Valtorno. Está no primeiro andar de uma casa abandonada e completamente em ruínas. Apresenta a curiosidade de ter um sulco escavado em volta do painel, o que demonstra claramente que alguém tentou arrancar os azulejos, não sei se os proprietários se outras pessoas. Como se nota no canto inferior direito, não foi possível descolar os azulejos, e, por isso, ainda lá continuam.
O enigma que já está disponível desde o dia 1 de Novembro representa um nicho. Sempre é mais visível do que um painel de azulejos numa casa em ruínas! O nicho é muito bonito, mas o vidro da porta está demasiado justo. Além de ser difícil tirar fotografias à imagem da Sagrada Família que está no interior, por vezes fica completamente embaciado com a humidade não se conseguindo ver nada.
Este nicho em granito está numa freguesia onde o granito não abunda.
Em que freguesia podemos encontrar este nicho?
Participe indicando o seu palpite na margem direita do Blogue - Freguesia Mistério n.º33.
Candoso (2) 13%
Freixiel (1) 7%
Lodões (2) 13%
Nabo (7) 47%
Valtorno (1) 7%
Vilarinho das Azenhas (1) 7%
Vilas Boas (1) 7%
Mais uma vez a votação no Nabo se destacou, mas não era essa a freguesia em questão. O painel de azulejo que a fotografia documenta pode ser encontrado em Valtorno. Está no primeiro andar de uma casa abandonada e completamente em ruínas. Apresenta a curiosidade de ter um sulco escavado em volta do painel, o que demonstra claramente que alguém tentou arrancar os azulejos, não sei se os proprietários se outras pessoas. Como se nota no canto inferior direito, não foi possível descolar os azulejos, e, por isso, ainda lá continuam.
O enigma que já está disponível desde o dia 1 de Novembro representa um nicho. Sempre é mais visível do que um painel de azulejos numa casa em ruínas! O nicho é muito bonito, mas o vidro da porta está demasiado justo. Além de ser difícil tirar fotografias à imagem da Sagrada Família que está no interior, por vezes fica completamente embaciado com a humidade não se conseguindo ver nada.
Este nicho em granito está numa freguesia onde o granito não abunda.
Em que freguesia podemos encontrar este nicho?
Participe indicando o seu palpite na margem direita do Blogue - Freguesia Mistério n.º33.
06 novembro 2009
05 novembro 2009
Diospiros
No concelho de Vila Flor há alguma produção de diospiros, nomeadamente na vila onde há um pomar bastante extenso, com uma produção considerável, principalmente enquanto as geadas não têm efeitos.
A planta foi introduzida na Europa no séc. XVIII, vinda da China e do Japão. Também é conhecido por cáqui, caque ou dióspiro.
As árvores da família do diospiro são conhecidas por terem uma madeira muito dura como é o caso do ébano.
Encontrei algumas plantações de dispospiros nos arredores de Roios. As plantas ainda são jovens mas já estão carregadinhas de frutos. Foi aí que fiz algumas fotografias destes doces frutos.
A planta foi introduzida na Europa no séc. XVIII, vinda da China e do Japão. Também é conhecido por cáqui, caque ou dióspiro.
As árvores da família do diospiro são conhecidas por terem uma madeira muito dura como é o caso do ébano.
Encontrei algumas plantações de dispospiros nos arredores de Roios. As plantas ainda são jovens mas já estão carregadinhas de frutos. Foi aí que fiz algumas fotografias destes doces frutos.
03 novembro 2009
O Som das Musas
Todos os concertos vão ter lugar no Centro Cultural de Vila Flor.
02 novembro 2009
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