25 agosto 2008
23 agosto 2008
Fomos enganados
No dia 22, pela tarde, recebi um telefonema de uma empresa que dizia estar a fazer um rasteio contra o risco de AVC. A consulta seria gratuita, caso me quisesse deslocar, hoje ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Flor.
Face aos meus exageros das férias, pareceu-me uma boa ideia. Sou adepto da boa mesa e assenta-me perfeitamente o nome por que são conhecidos os habitantes de Vila Flor.
A voz do outro lado do telefone era muito atenciosa, limitou-se a sugerir que levasse a minha esposa, uma vez que a consulta era gratuita. Perguntou a idade dos dois, a profissão e ligou de novo mais tarde, para indicar o número da consulta, 1105, com marcação para as 15 horas.
A dissimulada pressão para que fossemos juntos, soou-me a marosca, de que somos alvos frequentes, principalmente quem tem o seu nome e número na lista telefónica.
Pouco depois das quinze horas, dirigimo-nos ao quartel dos bombeiros de Vila Flor. Estacionámos o carro perto e surpreendeu-nos o amontoado de gente à porta. Bom, (pensei eu) ou a consulta é mesmo boa, ou algo não está bem. Para completar o quadro, o sr. Presidente da câmara, presente no local, conversava e gesticulava com animosidade junto de um grupo de bombeiros. Não precisei de me aproximar, para compreender o que se passava: fomos enganados.
No interior das instalações estava uma equipa pronta a fazer os “exames” necessários, mas principalmente a recomendar colchões que evitariam os problemas de saúde, incluindo AVC’s. Foi chegando gente de Freixiel, Folgares, Seixo de Manhoses, (alguns de táxi, idosos com canadianas…), gente vinda de todo o concelho. Os ânimos exaltaram-se. Muitas pessoas tinham levado o contacto para o exame a sério, primeiro porque com a saúde todo o cuidado é pouco, depois porque iria realizar-se no quartel dos bombeiros, uma instituição acima de qualquer suspeita.
Pelo que pude compreender, não sei se é a verdade, a empresa “benemérita” tinha alugado o espaço aos bombeiros. Esta oportunidade de negócio envolveu-os na teia, estou certo que de forma inocente. Cientes da má figura por que estavam a passar, os responsáveis pela corporação, pediram desculpa aos presentes, sentindo-se muito incomodados pelo sucedido.
Vendo a minha consulta voar, que, diga-se de passagem, também não consigo no Centro de Saúde de Vila Flor, apesar de lá ter comparecido, este mês, dois dias seguidos, às cinco da manhã, só me restava esperar, para ouvir, em primeira mão, os poucos que subiram e se sujeitaram aos “exames”.
Aqui fica o registo, tal qual foi feito, à excepção dos nomes dos examinados, por mim rasurados. Não deixa de ser curioso a falta do canto superior esquerdo, onde deveria estar a identificação da empresa responsável. Também o local destinado à assinatura do técnico está em branco. A ficha está estruturada para casais, com uma coluna para o senhor e outra para a senhora.
Dado o rumo que as coisas tomaram, o nervosismo acabou por chegar ao improvisado “consultório” onde as perguntas se limitaram a indagar que tipo de colchão as pessoas usavam.
Esta situação, que acabou por causar transtorno na vida das pessoas, em nada ajuda a imagem da instituição onde ocorreu, vem mostrar mais uma vez como há quem se aproveite, até das questões da saúde, para tentar vender os seus produtos. Melhor seria que alguma instituição, desta vez séria, se propusesse a fazer os exames prometidos, porque pessoas preocupadas com saúde não faltaram.
Esta é uma boa “anedota” para os serões dos dias de festa.
Face aos meus exageros das férias, pareceu-me uma boa ideia. Sou adepto da boa mesa e assenta-me perfeitamente o nome por que são conhecidos os habitantes de Vila Flor.
A voz do outro lado do telefone era muito atenciosa, limitou-se a sugerir que levasse a minha esposa, uma vez que a consulta era gratuita. Perguntou a idade dos dois, a profissão e ligou de novo mais tarde, para indicar o número da consulta, 1105, com marcação para as 15 horas.
A dissimulada pressão para que fossemos juntos, soou-me a marosca, de que somos alvos frequentes, principalmente quem tem o seu nome e número na lista telefónica.
Pouco depois das quinze horas, dirigimo-nos ao quartel dos bombeiros de Vila Flor. Estacionámos o carro perto e surpreendeu-nos o amontoado de gente à porta. Bom, (pensei eu) ou a consulta é mesmo boa, ou algo não está bem. Para completar o quadro, o sr. Presidente da câmara, presente no local, conversava e gesticulava com animosidade junto de um grupo de bombeiros. Não precisei de me aproximar, para compreender o que se passava: fomos enganados.
No interior das instalações estava uma equipa pronta a fazer os “exames” necessários, mas principalmente a recomendar colchões que evitariam os problemas de saúde, incluindo AVC’s. Foi chegando gente de Freixiel, Folgares, Seixo de Manhoses, (alguns de táxi, idosos com canadianas…), gente vinda de todo o concelho. Os ânimos exaltaram-se. Muitas pessoas tinham levado o contacto para o exame a sério, primeiro porque com a saúde todo o cuidado é pouco, depois porque iria realizar-se no quartel dos bombeiros, uma instituição acima de qualquer suspeita.
Pelo que pude compreender, não sei se é a verdade, a empresa “benemérita” tinha alugado o espaço aos bombeiros. Esta oportunidade de negócio envolveu-os na teia, estou certo que de forma inocente. Cientes da má figura por que estavam a passar, os responsáveis pela corporação, pediram desculpa aos presentes, sentindo-se muito incomodados pelo sucedido.
Vendo a minha consulta voar, que, diga-se de passagem, também não consigo no Centro de Saúde de Vila Flor, apesar de lá ter comparecido, este mês, dois dias seguidos, às cinco da manhã, só me restava esperar, para ouvir, em primeira mão, os poucos que subiram e se sujeitaram aos “exames”.
Aqui fica o registo, tal qual foi feito, à excepção dos nomes dos examinados, por mim rasurados. Não deixa de ser curioso a falta do canto superior esquerdo, onde deveria estar a identificação da empresa responsável. Também o local destinado à assinatura do técnico está em branco. A ficha está estruturada para casais, com uma coluna para o senhor e outra para a senhora.
Dado o rumo que as coisas tomaram, o nervosismo acabou por chegar ao improvisado “consultório” onde as perguntas se limitaram a indagar que tipo de colchão as pessoas usavam.
Esta situação, que acabou por causar transtorno na vida das pessoas, em nada ajuda a imagem da instituição onde ocorreu, vem mostrar mais uma vez como há quem se aproveite, até das questões da saúde, para tentar vender os seus produtos. Melhor seria que alguma instituição, desta vez séria, se propusesse a fazer os exames prometidos, porque pessoas preocupadas com saúde não faltaram.
Esta é uma boa “anedota” para os serões dos dias de festa.
20 agosto 2008
Uma janela para Vila Flor
"Cheguei à pouco de um passeio - à descoberta - de outras terras. Levei comigo uma janela que dava para Vila Flor. De cada vez que dela me abeirei, descobri pormenores que nunca vislumbrei, enquanto percorri todos os recantos do concelho: subi ao "Frade", desci às profundezas do ribeiro que corre sob Vila Flor, comi pão mergulhado no azeite virgem do lagar, conheci praças gloriosas, escolas que já não existem, avenidas novas e velhos brinquedos. Comi medronhos que entontecem e bebi um "néctar raro, possivelmente o mesmo com que Baco embriagava as sacerdotisas que participavam nos seus orgiásticos rituais". Do alto da janela, o meu olhar alcançava mais longe, quando ainda não havia automóveis em Vila Flor, nem água, nem igreja, nem electricidade... Mas havia neve, perfume das flores e sumo dos frutos. Havia amizade, solidariedade, fé e vontade.
Vou revelar-vos o segredo. A janela não tinha vidros, mas sim páginas que se abriam, repletas de pormenores, pinceladas subtis, em tons suaves, com cores de tempo diluídas em sentimento e lágrimas. Nem o mar, nem o sol me conseguiram desviar a atenção dos quadros pintados, ora com neve, ora com as mais perfumadas cores de Primavera, com os tons pastel dos restolhos ou com a cor rosada dos frutos do Outono".
A pessoa que assim "pinta", chama-se João de Sá e a janela "Mãe-d'agua".
Vou revelar-vos o segredo. A janela não tinha vidros, mas sim páginas que se abriam, repletas de pormenores, pinceladas subtis, em tons suaves, com cores de tempo diluídas em sentimento e lágrimas. Nem o mar, nem o sol me conseguiram desviar a atenção dos quadros pintados, ora com neve, ora com as mais perfumadas cores de Primavera, com os tons pastel dos restolhos ou com a cor rosada dos frutos do Outono".
A pessoa que assim "pinta", chama-se João de Sá e a janela "Mãe-d'agua".
12 agosto 2008
Festa de Nossa Senhora da Assunção
Dia 15 de Agosto realiza-se no Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Vilas Boas, a grandiosa festa da Assunção de Nossa Senhora. Não conheço o programa das festas, mas, de acordo com a Agenda Cultural de Vila Flor, a procissão terá lugar às 17:30, à qual se seguirá possivelmente, a Eucaristia, já no santuário (como documenta a fotografia tirada em 2007). Às 24 horas do dia 15 haverá um espectáculo pirotécnico, que marcará o encerramento das festividades.
Além das cerimónias do dia 15, há outras que que interessa conhecer e talvez participar: no primeiro domingo de Agosto realizou-se uma procissão com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, do Santuário, para Vilas Boas; durante nove dias realiza-se uma novena; no dia 13, ocorre o encerramento da novena, percorrendo dois lugares da aparição (Fonte do Ribeiral e lugar do Cruzeirinho), locais praticamente desconhecidos da maior parte dos romeiros actuais.
Reportagem das festas 2007.
Além das cerimónias do dia 15, há outras que que interessa conhecer e talvez participar: no primeiro domingo de Agosto realizou-se uma procissão com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, do Santuário, para Vilas Boas; durante nove dias realiza-se uma novena; no dia 13, ocorre o encerramento da novena, percorrendo dois lugares da aparição (Fonte do Ribeiral e lugar do Cruzeirinho), locais praticamente desconhecidos da maior parte dos romeiros actuais.
Reportagem das festas 2007.
09 agosto 2008
Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus)
07-08-2008 Cansado de alguns dias de férias virtuais, peguei na máquina fotográfica e a bicicleta e fui à caça. Desta vez “cacei” coelhos, em fotografia! Não é que as imagens sejam muito espectaculares, mas fazem “inveja” a muitos amantes do gatilho.
Não foi necessário ir muito longe. A pouco mais de três quilómetros de Vila Flor, dei de caras com algumas dezenas de exemplares de coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus).
Esta espécie é a mais representativa das espécies cinegéticas do nordeste trasmontano e do país. Apesar de ser muito prolífero, enfrenta algumas dificuldades. Por um lado, são as doenças, que causam grande mortandade, por outro é a caça excessiva que não permite o repovoamento natural. Também o aumento evidente de predadores como a raposa, tem contribuído para a sua diminuição. Medem entre 35 e 50 cm e pesam entre 1,2 e 2,5 kg.
Apesar da tranquilidade das imagens, estão sempre muito atentos, fogem a enorme velocidade, aos ziguezagues! Uma curiosidade é que, o primeiro a avistar-me, batia com as patas no chão, fazendo sinais sonoros para os restantes.
Ao pôr-do-sol, passavam por mim a grande velocidade, com o seu pelo a brilhar como a erva seca, não me dando a mínima hipótese de fotografar. Não vou revelar o local das fotografias, para não perturbarem a tranquilidade destes seres tão fofos (e saborosos).
Quilómetros percorridos em BTT: 7
Total de quilómetros de bicicleta: 1855
Não foi necessário ir muito longe. A pouco mais de três quilómetros de Vila Flor, dei de caras com algumas dezenas de exemplares de coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus).
Esta espécie é a mais representativa das espécies cinegéticas do nordeste trasmontano e do país. Apesar de ser muito prolífero, enfrenta algumas dificuldades. Por um lado, são as doenças, que causam grande mortandade, por outro é a caça excessiva que não permite o repovoamento natural. Também o aumento evidente de predadores como a raposa, tem contribuído para a sua diminuição. Medem entre 35 e 50 cm e pesam entre 1,2 e 2,5 kg.
Apesar da tranquilidade das imagens, estão sempre muito atentos, fogem a enorme velocidade, aos ziguezagues! Uma curiosidade é que, o primeiro a avistar-me, batia com as patas no chão, fazendo sinais sonoros para os restantes.
Ao pôr-do-sol, passavam por mim a grande velocidade, com o seu pelo a brilhar como a erva seca, não me dando a mínima hipótese de fotografar. Não vou revelar o local das fotografias, para não perturbarem a tranquilidade destes seres tão fofos (e saborosos).
Quilómetros percorridos em BTT: 7
Total de quilómetros de bicicleta: 1855
06 agosto 2008
A Cabral Adão
Noite
A mãe-noite estendeu as suas asas
Por sobre a serra verde, a dormitar.
Alvejam nas vertentes mini-casas
Banhadas de mistério e de luar.
Grilos e ralos erguem seu cantar,
As estrelas faiscam como brasas.
Águas da serra vão a deslizar
De salto em salto, até às leiras rasas.
De mim, também se ergueu uma canção
Sem música, sem letra, sem rumor,
Um toque singular do coração
Que preencheu o espaço em meu redor,
Que as estrelas correu, de mão em mão,
E recolheu a mim, suspensa em dor!
Soneto de Cabral Adão, publicado no jornal "Notícias de Mirandela".
As melhores, no Flickr
Flickr é um sítio na Internet destinado à partilha de fotografias (agora também de vídeos), criando comunidades de interesses e gostos, e permitindo que as fotografias possam ser apreciadas e criticadas pelos restantes membros da comunidade.
O que é que isso tem a ver com Vila Flor? Fui colocando nesse sítio, algumas fotografias que utilizei no blog, chegando, desta forma, a um grupo mais alargado e mais "especializado" em fotografia.
As quase 200 fotografias que coloquei, nem todas sobre Vila Flor, já foi visto por mais de 19 mil pessoas, tendo algumas fotografias mais de 60 comentários.
Resolvi juntar num quadro, tipo Papel de Parede (Wallpaper), as seis fotografias que mais se distinguiram no Flickr.
Também criei o Grupo Vila Flor, que junta já 11 Membros e 184 fotografias.
Voltando ao painel, e para os mais distraidos, vou dizer onde foram tiradas as fotografias começando pelo canto superior esquerdo: alto do Monte do Facho; Candoso; estrada de Macedo, com vista para o Cabeço e o Faro. Em baixo: Fraga do ovo, Candoso; vista da Vilariça do santuário de N. S. da Lapa; jardim do santuário N. S. da Lapa.
As paisagens de Vila Flor, têm grande sucesso!
O que é que isso tem a ver com Vila Flor? Fui colocando nesse sítio, algumas fotografias que utilizei no blog, chegando, desta forma, a um grupo mais alargado e mais "especializado" em fotografia.
As quase 200 fotografias que coloquei, nem todas sobre Vila Flor, já foi visto por mais de 19 mil pessoas, tendo algumas fotografias mais de 60 comentários.
Resolvi juntar num quadro, tipo Papel de Parede (Wallpaper), as seis fotografias que mais se distinguiram no Flickr.
Também criei o Grupo Vila Flor, que junta já 11 Membros e 184 fotografias.
Voltando ao painel, e para os mais distraidos, vou dizer onde foram tiradas as fotografias começando pelo canto superior esquerdo: alto do Monte do Facho; Candoso; estrada de Macedo, com vista para o Cabeço e o Faro. Em baixo: Fraga do ovo, Candoso; vista da Vilariça do santuário de N. S. da Lapa; jardim do santuário N. S. da Lapa.
As paisagens de Vila Flor, têm grande sucesso!
02 agosto 2008
Piquenique no Pelão
Chegaram as férias e as Descobertas em família. Fomos a Freixiel, passear um pouco e comer uma merenda ao ar livre. Aqui fica a reportagem, também ela feita em família.
Contagiados pelo entusiasmo de uma amiga de Freixiel, residente em Lisboa e neste momento a passar férias no nosso encantador Trás-os-Montes, no dia 23 de Julho, fomos - À Descoberta - de Freixiel.
Depois de um pequeno repouso, após o almoço, por volta das 17 horas partimos ao encontro da nossa amiga.
Ao chegarmos a Freixiel, já ela estava à janela da casa da sua mãe, ansiosa pela nossa chegada. Arrumámos nas mochilas um pequeno farnel, alguma água, e partimos.
Descemos a Rua Queimada e passámos à do Ribeirinho. Ainda espreitámos a capela de S. Sebastião e seguimos em direcção à forca.
O dia estava luminoso. O Sol aquecia, mas o ar que se fazia sentir, não deixava que este perturbasse a nossa caminhada. O caminho estava bem cuidado e limpo o que facilitou bastante a progressão.
Nos campos, o verde das videiras carregadas de cachos de uvas, sobrepunha-se ao tom amarelado das ervas, secas e quebradiças.
Ao longo do passeio, fomos ouvindo, com agrado, as histórias e lembranças que a nossa companheira ia contando. Com a alegria e o entusiasmo de uma criança, ia recordando cada canto, cada árvore, cada som, cada bocado de terra. Tudo tinha uma história e a saudade era bem visível.
No Pelão, já nada era como antes. Já não se ouvia o trabalhar dos motores de rega, as vozes dos vizinhos a cumprimentarem-se de longe, o som dos chocalhos das ovelhas. O espaço das hortas, era agora muito reduzido, comparado com o de outros tempos. Havia ainda uma que se assemelhava às de outrora. Tinha algumas batatas, feijões, o rego das alfaces e alguns pés de milho, que cresciam nas suas bordas.
As rochas sucediam-se contrapiadas com alguns sobreiros, que aparentavam já muitos anos de vida, e outras espécies vegetais.
Já muito perto do nosso destino, a Crica da Vaca, deparámos com uma rocha gigantesca. Os pequenos ainda pensaram em subir ao seu topo, mas sem a ajuda de material de escalada era impossível. A Crica da Vaca era perto. Um fio de água fresca e cristalina, bastante abundante, escorria por entre as rochas.
Soube bem, beber uns goles desta água!
Atravessámos o ribeiro e fomos sentar-nos numa rocha bem lisa, que serviu de sala e de mesa para o nosso piquenique. Estendemos a toalha, ainda por estrear. Das mochilas tirámos um delicioso pão centeio, uns bijus, para os mais pequenos, o fiambre e um saboroso queijo, já em fatias, para facilitar as coisas.
Os pêssegos estavam de comer e chorar por mais, já para não falar da meloa, que era doce como o mel. Comemos até não querer mais. Tudo estava muito bom, mas eram horas de voltar.
Tomámos o caminho de volta já com os raios de sol a esconderem-se por detrás das montanhas. Chegámos à aldeia por volta das 20 horas.
Foi muito agradável este fim-de-tarde em família, em contacto com toda a beleza que a Natureza exala.
Contagiados pelo entusiasmo de uma amiga de Freixiel, residente em Lisboa e neste momento a passar férias no nosso encantador Trás-os-Montes, no dia 23 de Julho, fomos - À Descoberta - de Freixiel.
Depois de um pequeno repouso, após o almoço, por volta das 17 horas partimos ao encontro da nossa amiga.
Ao chegarmos a Freixiel, já ela estava à janela da casa da sua mãe, ansiosa pela nossa chegada. Arrumámos nas mochilas um pequeno farnel, alguma água, e partimos.
Descemos a Rua Queimada e passámos à do Ribeirinho. Ainda espreitámos a capela de S. Sebastião e seguimos em direcção à forca.
O dia estava luminoso. O Sol aquecia, mas o ar que se fazia sentir, não deixava que este perturbasse a nossa caminhada. O caminho estava bem cuidado e limpo o que facilitou bastante a progressão.
Nos campos, o verde das videiras carregadas de cachos de uvas, sobrepunha-se ao tom amarelado das ervas, secas e quebradiças.
Ao longo do passeio, fomos ouvindo, com agrado, as histórias e lembranças que a nossa companheira ia contando. Com a alegria e o entusiasmo de uma criança, ia recordando cada canto, cada árvore, cada som, cada bocado de terra. Tudo tinha uma história e a saudade era bem visível.
No Pelão, já nada era como antes. Já não se ouvia o trabalhar dos motores de rega, as vozes dos vizinhos a cumprimentarem-se de longe, o som dos chocalhos das ovelhas. O espaço das hortas, era agora muito reduzido, comparado com o de outros tempos. Havia ainda uma que se assemelhava às de outrora. Tinha algumas batatas, feijões, o rego das alfaces e alguns pés de milho, que cresciam nas suas bordas.
As rochas sucediam-se contrapiadas com alguns sobreiros, que aparentavam já muitos anos de vida, e outras espécies vegetais.
Já muito perto do nosso destino, a Crica da Vaca, deparámos com uma rocha gigantesca. Os pequenos ainda pensaram em subir ao seu topo, mas sem a ajuda de material de escalada era impossível. A Crica da Vaca era perto. Um fio de água fresca e cristalina, bastante abundante, escorria por entre as rochas.
Soube bem, beber uns goles desta água!
Atravessámos o ribeiro e fomos sentar-nos numa rocha bem lisa, que serviu de sala e de mesa para o nosso piquenique. Estendemos a toalha, ainda por estrear. Das mochilas tirámos um delicioso pão centeio, uns bijus, para os mais pequenos, o fiambre e um saboroso queijo, já em fatias, para facilitar as coisas.
Os pêssegos estavam de comer e chorar por mais, já para não falar da meloa, que era doce como o mel. Comemos até não querer mais. Tudo estava muito bom, mas eram horas de voltar.
Tomámos o caminho de volta já com os raios de sol a esconderem-se por detrás das montanhas. Chegámos à aldeia por volta das 20 horas.
Foi muito agradável este fim-de-tarde em família, em contacto com toda a beleza que a Natureza exala.
01 agosto 2008
Freguesia Mistério 18
A Freguesia Mistério n.º17 teve 30 votos válidos. Desde muito cedo que a tendência seguiu o destino certo, as alminhas são mesmo em Freixiel, na estrada que conduz a Folgares, por isso também conhecida por estrada dos Folgares. Ao longo dessa estrada há outras alminhas, mas mais distantes da aldeia, no início de uma rua que foi recentemente arranjada.
Os votos ficaram distribuidos da seguinte forma:
Carvalho de Egas (1) 3%
Freixiel (10) 33%
Lodões (2) 7%
Mourão (1) 3%
Nabo (3) 10%
Roios (1) 3%
Sampaio (2) 7%
Vila Flor (6) 20%
Vilas Boas (4) 13%
A Freguesia Mistério n.º18 tem a ver com o Santuário de Nossa Senhora da Assunção. Entramos no mês de Agosto, mês em que se realiza a grande festa do cabeço, a maior do concelho e uma das maiores da região. A pergunta não é, o que representa o painel de azulejos, mas sim - em que freguesia podemos encontrar o painel de azulejos que está na fotografia?
A votação decorre até ao fim de Agosto, apenas sendo possível votar uma vez. Participe votando.
Os votos ficaram distribuidos da seguinte forma:
Carvalho de Egas (1) 3%
Freixiel (10) 33%
Lodões (2) 7%
Mourão (1) 3%
Nabo (3) 10%
Roios (1) 3%
Sampaio (2) 7%
Vila Flor (6) 20%
Vilas Boas (4) 13%
A Freguesia Mistério n.º18 tem a ver com o Santuário de Nossa Senhora da Assunção. Entramos no mês de Agosto, mês em que se realiza a grande festa do cabeço, a maior do concelho e uma das maiores da região. A pergunta não é, o que representa o painel de azulejos, mas sim - em que freguesia podemos encontrar o painel de azulejos que está na fotografia?
A votação decorre até ao fim de Agosto, apenas sendo possível votar uma vez. Participe votando.
Flor do Mês - Julho 08
A Flor do Mês de Julho não foi muito difícil de escolher. As espécies selvagens, em floração, já são poucas e a maior parte delas passa desapercebida. Curiosamente apercebo-me que as cores das flores também têm uma época. Os vermelhos selvagens são os primeiros a aparecer; seguem-se depois os amarelos vistosos; agora, há por aí algumas flores timidamente pintadas de azul e roxo.
A minha escolha recaiu sobre a alfazema (Lavandula angustifolia). Não conheço nenhuma espécie selvagem aqui na região, é mais típica da bacia do mediterrâneo, mas recordo-me de já ter visto muita no sul de França. A espécie mais próxima que existe em Vila Flor, talvez seja a rosmaninho, conhecida localmente por arçã, (arçanha em Mogadouro). Repare-se no seu nome científico Lavandula stoechas!
Escolhi a alfazema porque, é de longe, a planta mais abundante nos jardins públicos de Vila Flor. Há uma grande mancha de plantas nos socalcos adjacentes ao recinto da feira, quem vai da Rua da Amendoeira à Rua de S. Sebastião; há um bonito conjunto no jardim do Largo de Santa Luzia; a maior quantidade está na Avenida Vasco da Gama, desde a Cooperativa até à rotunda do Barracão, quase em Samões, usada como ornamentação no separador das faixas de rodagem.
Esta planta, considerada erva aromática, é na verdade um arbusto, uma vez que o seu caule lenhoso vai engrossando de ano para ano. As suas flores são normalmente de cor azul-lilás e muito aromáticas. As abelhas procuram-nas com sofreguidão. Na Provence o mel de Lavande é bastante mais caro do que o mel vulgar. As flores, mesmo depois de secas, mantêm o seu perfume. São ideais para meter em saquinhos e depois colocá-los nos armários da roupa, difundindo um aroma inconfundível. A flor é também usada na culinária, como aromática, e em chá.
Esta planta também tem um significada especial, para mim. Durante a década de 80, trabalhei vários verões, na extracção de óleo de alfazema, em destilarias próprias, na região de Alpes de Haute Provence, onde a alfazema assume uma importância impensável, quer como produção agrícola, onde ocupa o primeiro lugar, quer como atracção turística. O óleo recolhido, com um aroma muito intenso, era depois comercializado para produtos de cosmética e medicamentos. Os idosos esfregavam-no nos joelhos, reconhecendo-lhe propriedades benéficas para os ossos e para a pele. Também usavam algumas gotas do óleo na água do banho.
Os campos de alfazema nas encostas dos Alpes, são das paisagens mais belas que eu já vi na vida.
A minha escolha recaiu sobre a alfazema (Lavandula angustifolia). Não conheço nenhuma espécie selvagem aqui na região, é mais típica da bacia do mediterrâneo, mas recordo-me de já ter visto muita no sul de França. A espécie mais próxima que existe em Vila Flor, talvez seja a rosmaninho, conhecida localmente por arçã, (arçanha em Mogadouro). Repare-se no seu nome científico Lavandula stoechas!
Escolhi a alfazema porque, é de longe, a planta mais abundante nos jardins públicos de Vila Flor. Há uma grande mancha de plantas nos socalcos adjacentes ao recinto da feira, quem vai da Rua da Amendoeira à Rua de S. Sebastião; há um bonito conjunto no jardim do Largo de Santa Luzia; a maior quantidade está na Avenida Vasco da Gama, desde a Cooperativa até à rotunda do Barracão, quase em Samões, usada como ornamentação no separador das faixas de rodagem.
Esta planta, considerada erva aromática, é na verdade um arbusto, uma vez que o seu caule lenhoso vai engrossando de ano para ano. As suas flores são normalmente de cor azul-lilás e muito aromáticas. As abelhas procuram-nas com sofreguidão. Na Provence o mel de Lavande é bastante mais caro do que o mel vulgar. As flores, mesmo depois de secas, mantêm o seu perfume. São ideais para meter em saquinhos e depois colocá-los nos armários da roupa, difundindo um aroma inconfundível. A flor é também usada na culinária, como aromática, e em chá.
Esta planta também tem um significada especial, para mim. Durante a década de 80, trabalhei vários verões, na extracção de óleo de alfazema, em destilarias próprias, na região de Alpes de Haute Provence, onde a alfazema assume uma importância impensável, quer como produção agrícola, onde ocupa o primeiro lugar, quer como atracção turística. O óleo recolhido, com um aroma muito intenso, era depois comercializado para produtos de cosmética e medicamentos. Os idosos esfregavam-no nos joelhos, reconhecendo-lhe propriedades benéficas para os ossos e para a pele. Também usavam algumas gotas do óleo na água do banho.
Os campos de alfazema nas encostas dos Alpes, são das paisagens mais belas que eu já vi na vida.
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