30 setembro 2009
Pôr-do-sol em Candoso
Há alguns dias atrás vivi em Candoso mais um pôr-do-sol extraordinário. Foram muitas as fotografias, mas ainda não arranjei tempo para escrever duas linhas sobre esse passeio que decorreu entre Candoso e Freixiel. Aqui fica a primeira fotografia.
29 setembro 2009
Vindima
Brotam, nos dedos frios, mornos bagos
- Âmbar coalhado em frémitos de aurora.
Morrem as mãos aonde nasce a hora...
A brisa queima, simulando afagos...
Remoinho de faúlhas: são esporos
Num vaguear de futuros maios.
Seus corpos requebrados em desmaios,
Sobre violinos de calados choros...
O eterno transforma-se em olhar.
Já nenhum horizonte os pacifica.
A meta é longe e nada significa.
Ser, para eles, é resistir, é estar.
E imola-se na luz do Sol-nascente
A paz azul dum espaço inexistente.
Soneto de João de Sá, do livro "Flores para Vila Flor", 1996.
- Âmbar coalhado em frémitos de aurora.
Morrem as mãos aonde nasce a hora...
A brisa queima, simulando afagos...
Remoinho de faúlhas: são esporos
Num vaguear de futuros maios.
Seus corpos requebrados em desmaios,
Sobre violinos de calados choros...
O eterno transforma-se em olhar.
Já nenhum horizonte os pacifica.
A meta é longe e nada significa.
Ser, para eles, é resistir, é estar.
E imola-se na luz do Sol-nascente
A paz azul dum espaço inexistente.
Soneto de João de Sá, do livro "Flores para Vila Flor", 1996.
26 setembro 2009
Flor do Mês - Setembro de 2009
Em nenhum mês tive tanta dificuldade em arranjar a Flor do Mês como neste Setembro. As condições atmosféricas têm sido desfavoráveis ao desenvolvimento do reino das plantas. Em Vila Flor ainda não caíram umas gotas de água e a paisagem está desolada, sedenta, à espera que a chuva venha devolver a vida há muito tempo adormecida. O solução foi recorrer às fotografias em arquivo, pesquisando o mês de Setembro.
Há uma plante de que já falei várias vezes, abundante em praticamente todo o concelho, que floresce entre Agosto e Outubro, é a cebola-albarrã, cebola-do-mar ou cila (Urginea maritima L.) É muito abundante nos terrenos incultos e encostas rochosas de Vilas Boas, Vilarinho, Ribeirinha, Freixiel, mas também já a fotografei em Benlhevai e Vila Flor.
Pertence a uma família "recente" que se separou das liliaceas, que tem como membro muito conhecido o jacinto.
Tal como o nome deixa supor, o caule é um enorme bolbo muitas vezes maior do que as cebolas. Ao longo da linha do Tua tenho encontrado enormes cebolas "plantadas" sobre as rochas, completamente forra da terra, sustentando-se à custa de umas poucas raízes de a prendem e a alimentam. Estas cebolas estão em grupos numerosos.
As cebolas tem utilização medicinal, sendo conhecidas há milhares de anos, mas a sua utilização deve ser cuidadosa dado que possuem grande toxicidade.
Na cebola-albarrã foram apuradas várias propriedades medicinais, nomeadamente nos seguintes domínios: Usos internos: circulação sanguínea, diurética, bactericida, digestiva, tónica cardíaca, asma, bronquite; Usos externos: picadas de insectos, verrugas, loções capilares e frieiras. O seu bolbo é utilizado pela industria farmacêutica para criação de diversos medicamento mas a utilização na medicina caseira pode causar grandes problemas e mesmo a morte.
Há uma plante de que já falei várias vezes, abundante em praticamente todo o concelho, que floresce entre Agosto e Outubro, é a cebola-albarrã, cebola-do-mar ou cila (Urginea maritima L.) É muito abundante nos terrenos incultos e encostas rochosas de Vilas Boas, Vilarinho, Ribeirinha, Freixiel, mas também já a fotografei em Benlhevai e Vila Flor.
Pertence a uma família "recente" que se separou das liliaceas, que tem como membro muito conhecido o jacinto.
Tal como o nome deixa supor, o caule é um enorme bolbo muitas vezes maior do que as cebolas. Ao longo da linha do Tua tenho encontrado enormes cebolas "plantadas" sobre as rochas, completamente forra da terra, sustentando-se à custa de umas poucas raízes de a prendem e a alimentam. Estas cebolas estão em grupos numerosos.
As cebolas tem utilização medicinal, sendo conhecidas há milhares de anos, mas a sua utilização deve ser cuidadosa dado que possuem grande toxicidade.
Na cebola-albarrã foram apuradas várias propriedades medicinais, nomeadamente nos seguintes domínios: Usos internos: circulação sanguínea, diurética, bactericida, digestiva, tónica cardíaca, asma, bronquite; Usos externos: picadas de insectos, verrugas, loções capilares e frieiras. O seu bolbo é utilizado pela industria farmacêutica para criação de diversos medicamento mas a utilização na medicina caseira pode causar grandes problemas e mesmo a morte.
25 setembro 2009
Passeios de Verão (2)
No dia 5 de Setembro fiz um percurso pedestre muito interessante pela barragem Valtorno - Mourão. Já várias vezes tinha estado perto e também já tinha descido à barragem, mas de automóvel. Desta vez fui a pé.
Deixei o carro junto à igreja de Nossa Senhora do Castanheiro, pelas 16 horas e segui a pé pelo caminho dos moinhos. Já percorri este caminho numa prova em BTT, mas não pude fazer todas as paragens que queria. É um caminho muito agradável, que acompanha o ribeiro. Este ribeiro tem o seu início junto a Carvalho de Egas, passa perto da fonte Paijoana e segue encosta abaixo num percurso agitado, cheio de pequenas cascatas até amansar numa represa recentemente construída a que deram o nome de Valtorno – Mourão. Neste percurso existiram, e ainda existem, muitos moinhos. De alguns resta um amontoado de pedras, mas outros estão praticamente operacionais. Só falta a água! No ribeiro não corria água alguma. De onde em onde havia pequenos charcos procurados pelos juvenis de pintassilgo para saciarem a sua sede. O dia estava muito quente, mas a primeira parte do percurso é sempre descendente.
Por várias vezes deixei o caminho e segui até junto dos moinhos. Havia silvas e urtigas que me impediram de entrar no leito do ribeiro e fazer uma exploração mais aprofundada. Quero voltar quando o ribeiro tiver água, deve ser um local muito bonito (se o ribeiro não trouxer os esgotos de Valtorno).
Deixado o termo de Valtorno, já distante do ribeiro, encontra-se um dos pontos mais curiosos do concelho. Chamou-me a atenção quando explorava o mapa, no início das Descobertas. Trata-se de um ponto de onde partem caminhos em 10 (dez) direcções! Se as bruxas procuram os cruzamentos com 4 caminhos, o que se passará aqui? O lugar não me parece ser lugar de encontro de maus espíritos uma vez que aí se encontra um grande cruzeiro em granito. Ainda se podem ver restos de pintura em vários tons que possivelmente representariam Cristo na cruz. O cruzeiro estaria caiado de branco ou até de azulão, como se usava nas casas, antigamente. Estes caminhos deviam ser muito movimentados. Aqui se cruzariam as pessoas em trânsito entre Valtorno, Mourão, Seixo de Manhoses mas talvez também do Castedo, ou mesmo do Vilarinho. Seixo de Manhoses fica muito perto.
Desci em direcção à barragem por um caminho totalmente novo para mim. Havia muitos espinheiros com frutos vermelhos e carvalhos com grandes bolotas. Já se distinguiam na barragem alguns pescadores.
Apeteceu-me contornar toda a albufeira, mas no meu plano estava seguir até Mourão e não tinha que dosear o tempo e as forças.
Conversei com os pescadores (de ambos os sexos!). A tarde não estava a ser muito entusiasmante. Curiosamente um deles pescava um peixe em cada minuto que aí estive! Não quis explicar a razão do sucesso, mas ficou provado que para tudo é preciso saber.
Comecei a subida em direcção ao Mourão. A minha intenção era subir até ao cemitério e depois continuar para a aldeia. Entre oliveiras carregadas de azeitona e figueiras cheias de figos maduros, devo ter tomado a opção errada e dei comigo a seguir para sul, desviando-me da direcção pretendida. O caminho era bom e deixei-me levar até terrenos desconhecidos, a sul da freguesia. Só depois subi em direcção à aldeia, que o sol já beijava ameaçando despedir-se.
Cheguei junto das casas, sem passar pelo cemitério, quando a sombra já cobria o enorme cruzeiro de granito que ali se encontra. Os bancos escavados no granito sugerem que este lugar deve ser óptimo para apanhar sol.
Fiz um passeio pela aldeia. Olharam-me com ar desconfiado, talvez seja por causa do bastão que agora levo comigo. É útil para afastar os cães mas também as silvas e as urtigas, quando me desvio dos caminhos.
Pretendia ainda subir ao marco geodésico do Pendão, onde já estive noutros passeios, mas a noite aproximava-se com rapidez. Optei por ir até Valtorno pela estrada. Desci pela rua das Fontes por cauda das alminhas e continuei em frente para apanhar a estrada. Vi pela primeira vez uma fonte de mergulho, fechada e ainda em utilização. Afinal existe mais do que uma fonte, na rua das Fontes. Apanhei a estrada e não me desviei mais dela até chegar a Valtorno. À mediada que a luz ia diminuindo, fui admirando a paisagem distante, para além do vale da Vilariça, mas também as videiras carregadas de uvas e as amêndoas à espera de serem colhidas.
Cheguei ao carro às 20 menos um quarto, já noite escura.
Não foi um passeio muito longo (8 Km), sempre por caminhos, com um traçado bastante interessante. Talvez o repita noutra estação do ano.
Este passeio serviu também para assinar os 3 anos do Blogue, uma vez que fazia exactamente 3 anos desde o primeiro post.
Mapa do percurso
Deixei o carro junto à igreja de Nossa Senhora do Castanheiro, pelas 16 horas e segui a pé pelo caminho dos moinhos. Já percorri este caminho numa prova em BTT, mas não pude fazer todas as paragens que queria. É um caminho muito agradável, que acompanha o ribeiro. Este ribeiro tem o seu início junto a Carvalho de Egas, passa perto da fonte Paijoana e segue encosta abaixo num percurso agitado, cheio de pequenas cascatas até amansar numa represa recentemente construída a que deram o nome de Valtorno – Mourão. Neste percurso existiram, e ainda existem, muitos moinhos. De alguns resta um amontoado de pedras, mas outros estão praticamente operacionais. Só falta a água! No ribeiro não corria água alguma. De onde em onde havia pequenos charcos procurados pelos juvenis de pintassilgo para saciarem a sua sede. O dia estava muito quente, mas a primeira parte do percurso é sempre descendente.
Por várias vezes deixei o caminho e segui até junto dos moinhos. Havia silvas e urtigas que me impediram de entrar no leito do ribeiro e fazer uma exploração mais aprofundada. Quero voltar quando o ribeiro tiver água, deve ser um local muito bonito (se o ribeiro não trouxer os esgotos de Valtorno).
Deixado o termo de Valtorno, já distante do ribeiro, encontra-se um dos pontos mais curiosos do concelho. Chamou-me a atenção quando explorava o mapa, no início das Descobertas. Trata-se de um ponto de onde partem caminhos em 10 (dez) direcções! Se as bruxas procuram os cruzamentos com 4 caminhos, o que se passará aqui? O lugar não me parece ser lugar de encontro de maus espíritos uma vez que aí se encontra um grande cruzeiro em granito. Ainda se podem ver restos de pintura em vários tons que possivelmente representariam Cristo na cruz. O cruzeiro estaria caiado de branco ou até de azulão, como se usava nas casas, antigamente. Estes caminhos deviam ser muito movimentados. Aqui se cruzariam as pessoas em trânsito entre Valtorno, Mourão, Seixo de Manhoses mas talvez também do Castedo, ou mesmo do Vilarinho. Seixo de Manhoses fica muito perto.
Desci em direcção à barragem por um caminho totalmente novo para mim. Havia muitos espinheiros com frutos vermelhos e carvalhos com grandes bolotas. Já se distinguiam na barragem alguns pescadores.
Apeteceu-me contornar toda a albufeira, mas no meu plano estava seguir até Mourão e não tinha que dosear o tempo e as forças.
Conversei com os pescadores (de ambos os sexos!). A tarde não estava a ser muito entusiasmante. Curiosamente um deles pescava um peixe em cada minuto que aí estive! Não quis explicar a razão do sucesso, mas ficou provado que para tudo é preciso saber.
Comecei a subida em direcção ao Mourão. A minha intenção era subir até ao cemitério e depois continuar para a aldeia. Entre oliveiras carregadas de azeitona e figueiras cheias de figos maduros, devo ter tomado a opção errada e dei comigo a seguir para sul, desviando-me da direcção pretendida. O caminho era bom e deixei-me levar até terrenos desconhecidos, a sul da freguesia. Só depois subi em direcção à aldeia, que o sol já beijava ameaçando despedir-se.
Cheguei junto das casas, sem passar pelo cemitério, quando a sombra já cobria o enorme cruzeiro de granito que ali se encontra. Os bancos escavados no granito sugerem que este lugar deve ser óptimo para apanhar sol.
Fiz um passeio pela aldeia. Olharam-me com ar desconfiado, talvez seja por causa do bastão que agora levo comigo. É útil para afastar os cães mas também as silvas e as urtigas, quando me desvio dos caminhos.
Pretendia ainda subir ao marco geodésico do Pendão, onde já estive noutros passeios, mas a noite aproximava-se com rapidez. Optei por ir até Valtorno pela estrada. Desci pela rua das Fontes por cauda das alminhas e continuei em frente para apanhar a estrada. Vi pela primeira vez uma fonte de mergulho, fechada e ainda em utilização. Afinal existe mais do que uma fonte, na rua das Fontes. Apanhei a estrada e não me desviei mais dela até chegar a Valtorno. À mediada que a luz ia diminuindo, fui admirando a paisagem distante, para além do vale da Vilariça, mas também as videiras carregadas de uvas e as amêndoas à espera de serem colhidas.
Cheguei ao carro às 20 menos um quarto, já noite escura.
Não foi um passeio muito longo (8 Km), sempre por caminhos, com um traçado bastante interessante. Talvez o repita noutra estação do ano.
Este passeio serviu também para assinar os 3 anos do Blogue, uma vez que fazia exactamente 3 anos desde o primeiro post.
Mapa do percurso
24 setembro 2009
Afecto à terra
Alma,
Desta minha terra
Idolatrada e bela
De afectuosidade inigualável
Quão anseio tê-la,
Vila Flor, meu respirar
Do aconchego do meu lar,
Meu recanto predilecto
Desejo-te,
Pura… singela
Vou preserva-te imune
De qualquer falso perfume
Que te faça amargurada,
Vítrea,
No trato, no contacto
No respeito, na… generosidade,
Sempre branca, sem maldade,
Guia,
Dos meus episódios
Dos meus olhares recônditos.
Atenta,
Sem ódios,
De braços abertos,
A todos os filhos.
Poema de Fernando Silva
21 setembro 2009
Agarrando a luz
No Sábado fiz uma caminhada por um dos locais mais selvagens do concelho. Como já é habitual, as horas foram passando e a noite supreendeu-me quase a meio do caminho. Os dias são cada vez mais curtos! Entre a pressa de chegar e a vontade de ficar a admirar a "hora fantástica", optei pela segunda e valeu a pena.
20 setembro 2009
Foste… rosa, hoje… Jardim
Povoa de Além Sabor
O teu nome de Nobreza,
Ao passar o Rei Lavrador
Encantas-te…Sua Alteza,
Que de passagem para Castela,
D. Dinis o Lavrador
Onde visitou sua amada Bela...
Isabel, o seu …amor,
Apadrinhou-te Vila das Flores
As muralhas mandou erguer,
As rosas os seus amores
Vila Flor… tinhas que ser,
E para provar sua gratidão
Este Rei que era de versos e prosas
Dedica à Rainha Santa, filha de Aragão
Na linda fonte romana, manda colocar
O milagre das Rosas.
Para esta terra que eu amo
Poema de Fernando Silva
17 setembro 2009
Até onde pode ir a fotografia?
Já devem ter reparado que as fotografias que ilustram o blogue não têm comparação com aquelas que aqui coloquei à 3 anos atrás. O equipamento que usava há três anos atrás não é o mesmo que uso hoje, há diferença de algumas centenas de euros. Mas não está no equipamento a principal diferença... está na aprendizagem. Nestes três anos não descobri somente os recantos mais bonitos do concelho, redescobri o prazer de fotografar e editar as fotografias de forma a transmitir, o que está para lá da objectiva, mas também o que está dentro do fotógrafo.
As fotografias de Vila Flor correm mundo e rivalizam com as fotografias dos locais mais belos, na América, na Europa central, na floresta amazónica, em todos os locais onde há apaixonados por esta arte.
Há pessoas que acham que editar uma fotografia é adulterar a realidade. Só quem não conhece a máquina fotográfica é que pode pensar assim. A fotografia nunca foi e nunca será uma fotocópia do mundo que nos rodeia. Quando eu selecciono o diafragma e a velocidade, já estou a obrigar a máquina fotográfica a registar como eu quero. Quando entregávamos o rolo numa casa de fotografia, ela era tão responsável pelo resultado final como nós que fizemos o negativo. Nos primeiros tempos da fotografia elas eram retocadas à mão. Nas primeiras fotografias com cor, as cores eram artificiais, literalmente pintadas pelas mãos hábeis de fotógrafos, sobre fotografias a preto e branco. Quando vemos um anúncio publicitário ou vemos uma fotografia numa revista, não nos passa pela cabeça as horas, por vezes dias, que foram necessários para chegarem ao produto final.
Hoje é tudo mais rápido e mais pessoal. Eu programo a máquina fotográfica antes de sair de casa, e, mesmo que use a mesma máquina que outra pessoa, no mesmo local, a fotografia nunca será igual.
Neste Verão comecei a fazer uso de outros recursos. Trata-se de um percurso de Descoberta, onde tenho aprendido muito. Trata-se de recriar imagens alterando-lhe a cor, acrescentando texturas, luz, sombra, procurando efeitos que podem ser fantásticos aos olhos de uns, medíocres aos olhos de outros. Hoje já não tiro só fotografias! Também faço registos com a intenção de os editar, por vezes durante horas a fio. O resultado, mais ou menos espectacular, é fruto não de um instante, mas de longo processo criativo, como quando se escreve um poema, ou se pinta uma tela.
Espero que gostem...
Nota: a primeira fotografia foi tirada no Arco, perto do cemitério em direcção ao Vale da Vilariça; a segunda foi tirada perto de Vila Flor, subindo pela Rua do Carriço; a terceira foi tirada no alto do Facho, perto do marco geodésico.
As fotografias de Vila Flor correm mundo e rivalizam com as fotografias dos locais mais belos, na América, na Europa central, na floresta amazónica, em todos os locais onde há apaixonados por esta arte.
Há pessoas que acham que editar uma fotografia é adulterar a realidade. Só quem não conhece a máquina fotográfica é que pode pensar assim. A fotografia nunca foi e nunca será uma fotocópia do mundo que nos rodeia. Quando eu selecciono o diafragma e a velocidade, já estou a obrigar a máquina fotográfica a registar como eu quero. Quando entregávamos o rolo numa casa de fotografia, ela era tão responsável pelo resultado final como nós que fizemos o negativo. Nos primeiros tempos da fotografia elas eram retocadas à mão. Nas primeiras fotografias com cor, as cores eram artificiais, literalmente pintadas pelas mãos hábeis de fotógrafos, sobre fotografias a preto e branco. Quando vemos um anúncio publicitário ou vemos uma fotografia numa revista, não nos passa pela cabeça as horas, por vezes dias, que foram necessários para chegarem ao produto final.
Hoje é tudo mais rápido e mais pessoal. Eu programo a máquina fotográfica antes de sair de casa, e, mesmo que use a mesma máquina que outra pessoa, no mesmo local, a fotografia nunca será igual.
Neste Verão comecei a fazer uso de outros recursos. Trata-se de um percurso de Descoberta, onde tenho aprendido muito. Trata-se de recriar imagens alterando-lhe a cor, acrescentando texturas, luz, sombra, procurando efeitos que podem ser fantásticos aos olhos de uns, medíocres aos olhos de outros. Hoje já não tiro só fotografias! Também faço registos com a intenção de os editar, por vezes durante horas a fio. O resultado, mais ou menos espectacular, é fruto não de um instante, mas de longo processo criativo, como quando se escreve um poema, ou se pinta uma tela.
Espero que gostem...
Nota: a primeira fotografia foi tirada no Arco, perto do cemitério em direcção ao Vale da Vilariça; a segunda foi tirada perto de Vila Flor, subindo pela Rua do Carriço; a terceira foi tirada no alto do Facho, perto do marco geodésico.
16 setembro 2009
15 setembro 2009
Passeios de Verão (1)
Este Verão também foi caracterizado por algumas caminhadas pelo concelho de Vila Flor. Não muito longas, porque o calor foi muito. Uma dessas caminhadas aconteceu no dia 29 de Julho e levou-me ao Santuário de S. Cecília.
Pretendia encontrar exemplares representativos para a Flor do Mês, mas fiz quase todo o percurso sem encontrar flores dignas de serem referenciadas. As rochas, pelo contrário, são dignas de atenção em toda a área que percorri nas freguesias de Vila Flor, Samões, Carvalho de Egas e Seixo de Manhoses.
O caminho é bem conhecido meu e não têm dele faltado fotografias aqui no blogue. Prestei especial atenção às 3 alminhas que é possível encontrar, tendo como objectivo, um dia destes, falar delas em pormenor.
Junto ao marco geodésico em Carvalho de Egas está a construir-se um enorme estaleiro. Penso que se destinará a uma britadeira, dado que a pedreira é ali perto. Foram arrancadas algumas amendoeiras de um pomar daqueles que devem ter sido plantados à custa de CEE.
Procurei encontrar as fragas a que chamam “mal casados”. É como procurar uma agulha num palheiro, visto que nunca vi sequer uma fotografia dessas tão “conhecidas” figuras. Há muitas rochas aos pares, mas não é possível ver se estão de “más relações”.
Cheguei à Santa Cecília pelas 7 da tarde, já com poucas possibilidades de conseguir ir mais longe. Regressei por uma caminho diferente que desce em direcção ao Seixo mas que depois se desvia para a Barragem do Peneireiro.
Soube que há um caminho bastante antigo desde o Santuário até ao Seixo. É um estreito carreiro, pelo que dizem. Vou tentar explorá-lo numa próxima oportunidade.
No caminho de regresso, já com o tempo mais fresco, ainda consegui ver alguns coelhos selvagens, coisa rara nos dias de hoje.
Todo o percurso é agradável, sem grandes subidas e feito por caminhos facilmente percorríveis a pé, em bicicleta ou num veículo todo o terreno, só é muito triste encontrar-se lixo, e muito, em vários locais. Aqui está uma boa preocupação para as Juntas de Freguesia e Associações que existem nas diferentes aldeias.
Percurso para descarregar para GPS
Pretendia encontrar exemplares representativos para a Flor do Mês, mas fiz quase todo o percurso sem encontrar flores dignas de serem referenciadas. As rochas, pelo contrário, são dignas de atenção em toda a área que percorri nas freguesias de Vila Flor, Samões, Carvalho de Egas e Seixo de Manhoses.
O caminho é bem conhecido meu e não têm dele faltado fotografias aqui no blogue. Prestei especial atenção às 3 alminhas que é possível encontrar, tendo como objectivo, um dia destes, falar delas em pormenor.
Junto ao marco geodésico em Carvalho de Egas está a construir-se um enorme estaleiro. Penso que se destinará a uma britadeira, dado que a pedreira é ali perto. Foram arrancadas algumas amendoeiras de um pomar daqueles que devem ter sido plantados à custa de CEE.
Procurei encontrar as fragas a que chamam “mal casados”. É como procurar uma agulha num palheiro, visto que nunca vi sequer uma fotografia dessas tão “conhecidas” figuras. Há muitas rochas aos pares, mas não é possível ver se estão de “más relações”.
Cheguei à Santa Cecília pelas 7 da tarde, já com poucas possibilidades de conseguir ir mais longe. Regressei por uma caminho diferente que desce em direcção ao Seixo mas que depois se desvia para a Barragem do Peneireiro.
Soube que há um caminho bastante antigo desde o Santuário até ao Seixo. É um estreito carreiro, pelo que dizem. Vou tentar explorá-lo numa próxima oportunidade.
No caminho de regresso, já com o tempo mais fresco, ainda consegui ver alguns coelhos selvagens, coisa rara nos dias de hoje.
Todo o percurso é agradável, sem grandes subidas e feito por caminhos facilmente percorríveis a pé, em bicicleta ou num veículo todo o terreno, só é muito triste encontrar-se lixo, e muito, em vários locais. Aqui está uma boa preocupação para as Juntas de Freguesia e Associações que existem nas diferentes aldeias.
Percurso para descarregar para GPS
13 setembro 2009
Em procissão até ao alto do cabeço
No ano passado estive em Vilarinho das Azenhas no dia da festa de Nossa Senhora das Remédios, mas, este ano, foi diferente. Esta festa esteve sem se realizar durante alguns anos.
Cheguei ao Vilarinho pouco depois das 3 da tarde. Sem entrar na aldeia, aproveitei para subir em automóvel, ao cabeço onde se situa a capela. Dava a impressão de terem andado a espalhar água ao longo do caminho, mas já estava completamente seco. Sentia-se um calor abrasador, mesmo junto da capela onde devia circular algum ar! Não havia ninguém. Já se encontravam aqui alguns automóveis, percebi que se destinavam a levar as pessoas de volta à aldeia, no final da procissão.
Já conhecia o interior da capela, onde tinha estado há um ano atrás. Destacam-se os belos altares recuperados, depois de terem estado durante algum tempo ao abandono. Foi excelente terem-nos colocado nesta capelinha. A imagem de Nossa Senhora dos Remédios estava no seu lugar de sempre, dado que há outra imagem na igreja matriz, sendo esta a usada na procissão.
Fiquei um pouco desiludido de não ter encontrado ninguém no local. A minha imaginação fértil tinha criado cenários que talvez já não sejam muito frequentes nos dias de hoje. Apesar de as distâncias estarem cada vez “mais curtas” também o nosso tempo é cada vez mais escasso e poucos dispõem do suficiente para passarem algum no alto do cabeço, à sombra de um sobreiro, trocando algumas palavras ou mesmo matando a sede numa tradicional tasquinha.
Desci à aldeia. Não fui visitar o rio nem a linha. Esses são os locais no Vilarinho a que mais vezes me desloco. Subi pela Rua da Capela mas o movimento era muito pouco. Fotografei o nicho com a sagrada família à frente da Junta de Freguesia, e continuei rua acima.
Encontrei pouco depois, numa parede, um painel com algumas fotografias de Vilarinho das Azenhas. As fotografias são de minha autoria e fui também eu que fiz a sua selecção e arranjo. Parece-me que a aldeia está bem representada e recebi um feedback muito positivo de algumas pessoas que me reconheceram.
Quando passei no bar da comissão de festas abasteci-me de água. Estava decidido a a acompanhar a procissão e não queria partir desprevenido.
Junto da igreja já havia alguma movimentação. Os andores foram colocados no exterior e começou a Eucaristia. Estavam decorados com flores naturais, em várias tonalidades, num total de 6, incluindo Nossa Senhora dos Remédios e a padroeira da aldeia, Santa Justa. É muito perfeita a imagem da padroeira, deve ser muito recente. Mais rústica pareceu-me a imagem de Santa Bárbara, praticamente obrigatória em todas as procissões transmontanas. Estranhei não ver o Sagrado Coração de Jesus, mas há uma pequena imagem na igreja.
Terminada a Eucaristia, organizou-se a procissão: três cavaleiros à frente; os bombos dos Grupo de Gigantones de Valtorno; seguiam-se as bandeiras e estandartes e os andores. Atrás do andor de Nossa Senhora dos Remédios seguia o Sr. Padre Delfim, a Banda de Música de Vila Flor e, por fim, a população em procissão. Junto de cada andor seguia um grupo de pessoas, possivelmente familiares, mas que revelaram de grande importância no apoio no longo e difícil percurso.
O desenho das ruas da aldeia, que se estendem do Cimo do Povo, ao Bairro da Estação, não favorece um percurso contínuo. Embora tenha sido notória a preocupação em percorrer o maior número possível de ruas, a procissão teve algumas dificuldades. Desceu até à Capela do Espírito Santo, que contornou, subindo de seguida até ao Cruzeiro do Cimo do Povo, descendo de novo para seguir pela Rua das Alminhas em direcção ao Cabeço.
Gostei de encontrar a pequena capela do Espírito Santo aberta, nunca a tinha visitado.
O percurso pela Rua das Alminhas foi feito com muita calma, antecipando as dificuldades que se seguiram. Foi com grande sacrifício que a procissão seguiu pela Rua da Fonte e depois pelo caminho acima até ao ponto mais elevado, junto à capela. Havia a elevada temperatura, o pó do caminho, o peso dos andores, a distância e o declive. Alguns idosos tiveram muita dificuldade, felizmente foi distribuída muita água, pela comissão de festas, ao longo do percurso.
À medida que a procissão progrediu e se aproximou da capela, o sol foi descendo no horizonte. O cenário já é por si grandioso, mas com todo o aparato da procissão, música, fogo, andores, bandeiras, poeira, viveram-se momentos mágicos, de muita intensidade emocional. Foi no auge dessa emoção e sofrimento que os adores chegaram à capela. O silêncio ganhou mais espaço e todos nos sentimos mais próximos do sagrado.
Cheguei-me à porta da capela olhando Nossa Senhora dos Remédios em contraluz. Aos poucos foi despida das rosas brancas e dos antúrios. No cabeço são as fragas, os sobreiros e carrascos que decoram o seu altar de todo o ano.
Depois de algumas marchas tocadas pela Banda, carros e carrinhas carregadas de pessoas começaram a descer a encosta, deixando um rasto de poeira dourada como o sol que a iluminava. Fiquei até ao fim, “saboreando” cada momento. Pretendia descer a pé até à aldeia, onde tinha deixado o carro, mas acabei por aproveitar a boleia de um dos últimos carros que deixou o cabeço, já quando o sol se escondia no horizonte.
Não fiquei para o arraial. O meu amigo Reixelo já tinha o palco montado. Sei que com os seus colegas e a sua concertina proporcionou um arraial muito agradável, obrigatório nas nossas festas de Verão.
Ver vídeo da procissão aqui.
Cheguei ao Vilarinho pouco depois das 3 da tarde. Sem entrar na aldeia, aproveitei para subir em automóvel, ao cabeço onde se situa a capela. Dava a impressão de terem andado a espalhar água ao longo do caminho, mas já estava completamente seco. Sentia-se um calor abrasador, mesmo junto da capela onde devia circular algum ar! Não havia ninguém. Já se encontravam aqui alguns automóveis, percebi que se destinavam a levar as pessoas de volta à aldeia, no final da procissão.
Já conhecia o interior da capela, onde tinha estado há um ano atrás. Destacam-se os belos altares recuperados, depois de terem estado durante algum tempo ao abandono. Foi excelente terem-nos colocado nesta capelinha. A imagem de Nossa Senhora dos Remédios estava no seu lugar de sempre, dado que há outra imagem na igreja matriz, sendo esta a usada na procissão.
Fiquei um pouco desiludido de não ter encontrado ninguém no local. A minha imaginação fértil tinha criado cenários que talvez já não sejam muito frequentes nos dias de hoje. Apesar de as distâncias estarem cada vez “mais curtas” também o nosso tempo é cada vez mais escasso e poucos dispõem do suficiente para passarem algum no alto do cabeço, à sombra de um sobreiro, trocando algumas palavras ou mesmo matando a sede numa tradicional tasquinha.
Desci à aldeia. Não fui visitar o rio nem a linha. Esses são os locais no Vilarinho a que mais vezes me desloco. Subi pela Rua da Capela mas o movimento era muito pouco. Fotografei o nicho com a sagrada família à frente da Junta de Freguesia, e continuei rua acima.
Encontrei pouco depois, numa parede, um painel com algumas fotografias de Vilarinho das Azenhas. As fotografias são de minha autoria e fui também eu que fiz a sua selecção e arranjo. Parece-me que a aldeia está bem representada e recebi um feedback muito positivo de algumas pessoas que me reconheceram.
Quando passei no bar da comissão de festas abasteci-me de água. Estava decidido a a acompanhar a procissão e não queria partir desprevenido.
Junto da igreja já havia alguma movimentação. Os andores foram colocados no exterior e começou a Eucaristia. Estavam decorados com flores naturais, em várias tonalidades, num total de 6, incluindo Nossa Senhora dos Remédios e a padroeira da aldeia, Santa Justa. É muito perfeita a imagem da padroeira, deve ser muito recente. Mais rústica pareceu-me a imagem de Santa Bárbara, praticamente obrigatória em todas as procissões transmontanas. Estranhei não ver o Sagrado Coração de Jesus, mas há uma pequena imagem na igreja.
Terminada a Eucaristia, organizou-se a procissão: três cavaleiros à frente; os bombos dos Grupo de Gigantones de Valtorno; seguiam-se as bandeiras e estandartes e os andores. Atrás do andor de Nossa Senhora dos Remédios seguia o Sr. Padre Delfim, a Banda de Música de Vila Flor e, por fim, a população em procissão. Junto de cada andor seguia um grupo de pessoas, possivelmente familiares, mas que revelaram de grande importância no apoio no longo e difícil percurso.
O desenho das ruas da aldeia, que se estendem do Cimo do Povo, ao Bairro da Estação, não favorece um percurso contínuo. Embora tenha sido notória a preocupação em percorrer o maior número possível de ruas, a procissão teve algumas dificuldades. Desceu até à Capela do Espírito Santo, que contornou, subindo de seguida até ao Cruzeiro do Cimo do Povo, descendo de novo para seguir pela Rua das Alminhas em direcção ao Cabeço.
Gostei de encontrar a pequena capela do Espírito Santo aberta, nunca a tinha visitado.
O percurso pela Rua das Alminhas foi feito com muita calma, antecipando as dificuldades que se seguiram. Foi com grande sacrifício que a procissão seguiu pela Rua da Fonte e depois pelo caminho acima até ao ponto mais elevado, junto à capela. Havia a elevada temperatura, o pó do caminho, o peso dos andores, a distância e o declive. Alguns idosos tiveram muita dificuldade, felizmente foi distribuída muita água, pela comissão de festas, ao longo do percurso.
À medida que a procissão progrediu e se aproximou da capela, o sol foi descendo no horizonte. O cenário já é por si grandioso, mas com todo o aparato da procissão, música, fogo, andores, bandeiras, poeira, viveram-se momentos mágicos, de muita intensidade emocional. Foi no auge dessa emoção e sofrimento que os adores chegaram à capela. O silêncio ganhou mais espaço e todos nos sentimos mais próximos do sagrado.
Cheguei-me à porta da capela olhando Nossa Senhora dos Remédios em contraluz. Aos poucos foi despida das rosas brancas e dos antúrios. No cabeço são as fragas, os sobreiros e carrascos que decoram o seu altar de todo o ano.
Depois de algumas marchas tocadas pela Banda, carros e carrinhas carregadas de pessoas começaram a descer a encosta, deixando um rasto de poeira dourada como o sol que a iluminava. Fiquei até ao fim, “saboreando” cada momento. Pretendia descer a pé até à aldeia, onde tinha deixado o carro, mas acabei por aproveitar a boleia de um dos últimos carros que deixou o cabeço, já quando o sol se escondia no horizonte.
Não fiquei para o arraial. O meu amigo Reixelo já tinha o palco montado. Sei que com os seus colegas e a sua concertina proporcionou um arraial muito agradável, obrigatório nas nossas festas de Verão.
Ver vídeo da procissão aqui.
12 setembro 2009
11 setembro 2009
Nem um!
Nem um...
Nem um amigo.
Nem, ao menos, só um
eu encontro na rudeza
destes montes.
Sozinho...
Apenas eu.
Sem mais ninguém.
E o frio gela.
A força desvanece.
Já não uso luz de vela.
Mas o que é eléctrico
não acontece.
Nem um...
Nem um!
Poema de José Trigo, do livro Sociedade... Humanidade... e o Homem.
Fotografia: Cabeço de Nossa Senhora dos Remédios, Vilarinho das Azenhas.
Nem um amigo.
Nem, ao menos, só um
eu encontro na rudeza
destes montes.
Sozinho...
Apenas eu.
Sem mais ninguém.
E o frio gela.
A força desvanece.
Já não uso luz de vela.
Mas o que é eléctrico
não acontece.
Nem um...
Nem um!
Poema de José Trigo, do livro Sociedade... Humanidade... e o Homem.
Fotografia: Cabeço de Nossa Senhora dos Remédios, Vilarinho das Azenhas.
10 setembro 2009
Exposição de pintura
09 setembro 2009
Nossa Senhora do Castanheiro
Festejou-se no dia 8 de Setembro, em Valtorno, Nossa Senhora do Castanheiro. Foi mais uma oportunidade para visitar a bonita igreja desta freguesia, que eu não desperdicei. A noite estava fresca, convidando para a dança, que um grupo musical animava com música bem adequada. Mas os pares eram poucos. Os emigrantes já partiram, as uvas estão maduras e os castanheiros que ladeiam a estrada para o Mourão começam a ter folhas de várias cores. É a despedida do Verão.
08 setembro 2009
Nossa Senhora dos Remédios - Vídeo
Hoje deixo uma fotografia da Banda de Música de Vila Flor e um pequeno vídeo com algumas fotografias de Vilarinho das Azenhas e da memorável procissão até ao cabeço da capela de Nossa Senhora dos Remédios. Vale a pena ver...
07 setembro 2009
06 setembro 2009
À Descoberta de Vilarinho das Azenhas
3 anos À Descoberta
O dia 5 de Setembro teve direito a bolo em família. Não só pelo aniversário deste blogue, mas também porque há 3 anos atrás adoptámos Vila Flor como a nossa terra. Não nos limitámos a ser funcionários, que aqui têm o seu ganha pão. Fizemos os possíveis por nos integrarmos, sem quereremos mais do que sentirmo-nos bem, em paz com todos, mas, sobretudo, entre nós e no nosso íntimo. Apesar de eu ser o que mais me exponho, não significa que os restantes membros da família, Eulália, Marco e António não tenham passado estes 3 anos À Descoberta de Vila Flor e não tenham feito amigos, tantos ou mais do que eu.
Devo muito a "estes companheiros" de Descoberta. Desejo-lhes um excelente 2009-2010.
Devo muito a "estes companheiros" de Descoberta. Desejo-lhes um excelente 2009-2010.
05 setembro 2009
Vilarinho das Azenhas - Festa N. S. dos Remédios
Cartaz das festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios, em Vilarinho das Azenhas, nos dias 4,5,6 e 7 de Setembro.
Parabéns! Três anos À Descoberta...
O blogue À Descoberta de Vila Flor completa hoje mais um ano de existência, o terceiro. Desde o primeiro dia que o objectivo principal foi conhecer o concelho, funcionando esta partilha como uma montra, mas também como um auto-estímulo, mantendo o entusiasmo de querer saber e conhecer cada vez mais. Acho que nestes três anos cheguei onde nunca pensei chegar, essa é a maior satisfação.
Este terceiro ano não teve tantas viagens, tantos quilómetros em BTT, mas, para compensar, teve mais contacto com as pessoas, mais atenção às fotografias e mais leituras. Em termos estatísticos, não houve muitas diferenças em relação aos 2 anos anteriores: o número de postagens foi sensivelmente o mesmo; a origem dos visitantes foi a mesma e o número subiu ligeiramente.
No mês passado foram atingidos 100000 visitantes. Não são os números o principal factor que me move, caso contrário bastava ter dedicado mais atenção às filmagens da novela "A Outra" e o número de visitantes teria disparado.Houve uma tentativa da minha parte de redireccionar o meu interesse para aquilo que realmente me dá prazer em detrimento daquilo que algumas pessoas pretendiam. O blogue foi e continua a ser algo muito pessoal e não pode ser exigido que seja um canal noticioso de tudo o que se passa no concelho. Também não pode ser frio e imparcial, porque eu não sou assim e ele reflecte uma forma de ver as coisas, o que eu gosto e o que não gosto.
Alguns dos momentos mais marcantes do ano foram: o meu encontro com João de Sá; o período das amendoeiras em flor; a feira TerraFlor; as festas de Verão. Ao longo do ano morreu a Fotografia + e nasceu a secção Alminhas, que ainda tem muito para dar. Este ano também foi marcado pela minha contribuição para a Agenda Cultural da Câmara Municipal de Vila Flor, com as fotografias da Flor do Mês, publicadas desde Janeiro, e que continuarão na próxima agenda.
Não há planos para o futuro. Desejo que o ano escolar que agora se inicia me faça esquecer o ano mais negro da minha vida profissional. Espero também recuperar da queda da bicicleta que tive em Abril, o suficiente para poder voltar a visitar as diferentes aldeias em BTT. Tenho a certeza que não conseguirei guardar só para mim tudo o que de interessante ainda vou Descobrir neste concelho.
Um cumprimento a todos os que visitam este blogue, em especial àqueles que o acompanham desde o início. As suas palavras são importantes.
Fotografias:
1 - Alto do Facho, Vila Flor
2 - Filmagens da telenovela "A Outra" em Vila Flor, para a TVI
3 - Engarelas, em Folgares
4 - EZ Special, na VII Terraflor
5 - Gráficos estatísticos
6 - Amendoeiras em flor, Vilas Boas.
Números:
305 366 Páginas vistas
106 131 Visitantes
1 973 Km em BTT
579 Postagens
Incontáveis fotografias
Este terceiro ano não teve tantas viagens, tantos quilómetros em BTT, mas, para compensar, teve mais contacto com as pessoas, mais atenção às fotografias e mais leituras. Em termos estatísticos, não houve muitas diferenças em relação aos 2 anos anteriores: o número de postagens foi sensivelmente o mesmo; a origem dos visitantes foi a mesma e o número subiu ligeiramente.
No mês passado foram atingidos 100000 visitantes. Não são os números o principal factor que me move, caso contrário bastava ter dedicado mais atenção às filmagens da novela "A Outra" e o número de visitantes teria disparado.Houve uma tentativa da minha parte de redireccionar o meu interesse para aquilo que realmente me dá prazer em detrimento daquilo que algumas pessoas pretendiam. O blogue foi e continua a ser algo muito pessoal e não pode ser exigido que seja um canal noticioso de tudo o que se passa no concelho. Também não pode ser frio e imparcial, porque eu não sou assim e ele reflecte uma forma de ver as coisas, o que eu gosto e o que não gosto.
Alguns dos momentos mais marcantes do ano foram: o meu encontro com João de Sá; o período das amendoeiras em flor; a feira TerraFlor; as festas de Verão. Ao longo do ano morreu a Fotografia + e nasceu a secção Alminhas, que ainda tem muito para dar. Este ano também foi marcado pela minha contribuição para a Agenda Cultural da Câmara Municipal de Vila Flor, com as fotografias da Flor do Mês, publicadas desde Janeiro, e que continuarão na próxima agenda.
Não há planos para o futuro. Desejo que o ano escolar que agora se inicia me faça esquecer o ano mais negro da minha vida profissional. Espero também recuperar da queda da bicicleta que tive em Abril, o suficiente para poder voltar a visitar as diferentes aldeias em BTT. Tenho a certeza que não conseguirei guardar só para mim tudo o que de interessante ainda vou Descobrir neste concelho.
Um cumprimento a todos os que visitam este blogue, em especial àqueles que o acompanham desde o início. As suas palavras são importantes.
Fotografias:
1 - Alto do Facho, Vila Flor
2 - Filmagens da telenovela "A Outra" em Vila Flor, para a TVI
3 - Engarelas, em Folgares
4 - EZ Special, na VII Terraflor
5 - Gráficos estatísticos
6 - Amendoeiras em flor, Vilas Boas.
Números:
305 366 Páginas vistas
106 131 Visitantes
1 973 Km em BTT
579 Postagens
Incontáveis fotografias
02 setembro 2009
Freguesia Mistério 31
Durante o mês de Agosto esteve disponível para votação a Freguesia Mistério n.º30. Como muita gente esteve de férias, até do computador, a adesão não foi das maiores, tendo participado 14 pessoas. Os votos ficaram assim distribuídos:
Carvalho de Egas (1) 7%
Freixiel (1) 7%
Lodões (1) 7%
Nabo (3) 21%
Samões (1) 7%
Sampaio (1) 7%
Seixos de Manhoses (1) 7%
Trindade (1) 7%
Vila Flor (2) 14%
Vilarinho das Azenhas (1) 7%
Vilas Boas (1) 7%
A resposta certa era Nabo. A fotografia representa uma fonte do bastante antiga, que não foi muito fácil de encontrar. Situa-se praticamente fora do núcleo urbano, mas foi importante para o abastecimento de água à aldeia. Era o lugar ideal para esperar as meninas que iam à fonte buscar água, e trocar com elas algumas palavras, ou algo mais, longe dos olhares das mães desconfiadas. Na altura em que a visitei estava completamente seca, mas espero voltar quando tiver água.
Para encontrar a fonte, partindo do centro da aldeia junto à igreja de S. Gens, desce-se a rua do Cimo do Povo até passar o ribeiro que vem lá dos lados do Gavião. Logo depois, vira-se à direita, por uma caminho, até passar a última casa. A fonte é poucos metros mais à frente.
O desafio da Freguesia Mistério n.º31 é também muito fácil. Trata-se de uma uma imagem de Nossa Senhora à qual é feita uma grande festa na aldeia, numa capela bastante bonita, num local muito aprazível. Em que freguesia se realiza essa festa? Têm todo o mês de Setembro para desvendar este "mistério".
Como sempre, a votação é na margem direita do Blogue. Só é possível votar uma vez.
Carvalho de Egas (1) 7%
Freixiel (1) 7%
Lodões (1) 7%
Nabo (3) 21%
Samões (1) 7%
Sampaio (1) 7%
Seixos de Manhoses (1) 7%
Trindade (1) 7%
Vila Flor (2) 14%
Vilarinho das Azenhas (1) 7%
Vilas Boas (1) 7%
A resposta certa era Nabo. A fotografia representa uma fonte do bastante antiga, que não foi muito fácil de encontrar. Situa-se praticamente fora do núcleo urbano, mas foi importante para o abastecimento de água à aldeia. Era o lugar ideal para esperar as meninas que iam à fonte buscar água, e trocar com elas algumas palavras, ou algo mais, longe dos olhares das mães desconfiadas. Na altura em que a visitei estava completamente seca, mas espero voltar quando tiver água.
Para encontrar a fonte, partindo do centro da aldeia junto à igreja de S. Gens, desce-se a rua do Cimo do Povo até passar o ribeiro que vem lá dos lados do Gavião. Logo depois, vira-se à direita, por uma caminho, até passar a última casa. A fonte é poucos metros mais à frente.
O desafio da Freguesia Mistério n.º31 é também muito fácil. Trata-se de uma uma imagem de Nossa Senhora à qual é feita uma grande festa na aldeia, numa capela bastante bonita, num local muito aprazível. Em que freguesia se realiza essa festa? Têm todo o mês de Setembro para desvendar este "mistério".
Como sempre, a votação é na margem direita do Blogue. Só é possível votar uma vez.
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