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No dia seis de Agosto convidei alguns familiares meus para virem À Descoberta da Vila Flor. O convite incluía uma caminhada por caminhos rurais, seguida de um lanche junto da Barragem do Peneireiro. Concluo dizendo que o lanche foi um sucesso, mas a caminhada não agradou a todos. Alguns preferiram ficar na tranquilidade do bar da piscina, mas, eu e mais 7 pessoas, acabámos por fazer uma caminhada que durou mais de uma hora e meia.
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Este pequeno passeio teve a virtude de me levar a pensar em fazer outros percursos, a pé, com uma distância e duração consideráveis. Eu digo muitas vezes que a bicicleta anda depressa demais, por isso só me resta mesmo caminhar.
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Hoje (28/09) tracei mentalmente um percurso para fazer a pé: sair de Vila Flor em direcção à barragem do Peneireiro; seguir até ao Seixo de Manhoses; depois até à aldeia abandonada do Gavião; seguir até ao Arco e regressar a Vila Flor.
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Quando saí, não fazia uma ideia exacta da distância a percorrer. Conheço bem os caminhos e não me faltavam alternativas para seguir o trajecto escolhido. O ideal seria fazer todo o percurso por caminhos rurais, mas isso iria alongá-lo.
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A minha vontade era tomar a direcção de Samões e seguir depois até ao Santuário de Santa Cecília, mas, decidi contornar a barragem, seguir cerca de um quilómetro em direcção ao Seixo, e depois meter à direita por uma caminho rural que tanto pode levar ao Seixo, como ao Santuário, como ao marco geodésico do Concieiro.
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O principal motivo de atracão nos campos são as videiras carregadas de uvas. Há uma grande quantidade delas, e todas com um excelente aspecto.
Quando dei por mim, já tinha ultrapassado o Seixo. Encontrei a estrada e desci à aldeia para fazer uma visita à Fonte Sangrinho.
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Nos poucos minutos que estive no Gavião a vista saciou-se do grandioso, percorrendo o vale e subindo à serra maior, de onde começaram a surgir algumas nuvens brancas.
No caminho que conduz ao Arco, foram os medronheiros que atraíram a minha atenção. As suas folhas verdes, parecem enceradas. Os frutos, raros e pequenos, não mostram ainda toda a sua cor.
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À chegada ao Arco foram as hortas que me receberam. Já despidas de muitos dos seus legumes, exibem couves viçosas decoradas com cércias e dálias. Neste canto de paraíso, só o cheiro não é dos mais agradáveis.
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No caminho para Vila Flor aproveitei as nuvens brancas para completar o quadro das vinhas repletas de frutos. Muitas amêndoas ainda esperam nas árvores o momento de serem colhidas. Deixei de me preocupar com o tempo, a vila já se via ao longe.
Completei o meu percurso (perto de 16 Km) em cerca de quatro horas. Tenho quase a certeza que vou repeti-lo, noutras alturas, com pequenas variações, a pé, ou de bicicleta. Um ponto de interesse neste passeio de Outono, foram os frutos, em breve serão os cogumelos, a chuva, quem sabe se a neve e depois virão as flores. Nunca sabemos o que nos reserva um olhar atento, num momento sem tempo, numa vontade sem intenção.