O objectivo de hoje era Valtorno, só me apercebi do Mourão já no final do percurso. Tinha o tempo limitado com uma reunião marcada para as 17:30 mas apetecia-me partir numa direcção diferente dos percursos anteriores.Como se pode ver pelas fotografias, o dia estava bonito. Sol, o céu limpo e um ar fresco (a TV até lançou um alerta para a vaga de frio). Saí depois das 14:00, de calções, não senti frio. Segui pela N214 até Carvalho de Egas.
Não há dificuldades e apreciei a paisagem em direcção ao Rio Tua, aquela que também apreciei quando fui à Ribeirinha.Chegado a Carvalho de Egas desci para Valtorno. O objectivo era ficar por aí mesmo, mas quando vi que a estrada continuava senti um impulso. Olhei para o relógio e continuei. Estava agora à aventura uma vez que não sabia para onde seguia. Cortei à esquerda e subi por uma estrada ladeada de castanheiros de folhas amarelas, com uma bela vista sobre Valtorno (Foto 1).
O piso era bom e a subida não muito acentuada. Para dizer a verdade, não sabia onde ficava Mourão. Apenas recordo estar uma vez nesta aldeia mas era de noite e fiz o percurso desde Carrazeda. De repente, fascinou-me a visão que tinha para o Vale da Vilariça. O concelho de Vila Flor está a revelar-se extraordinário, com paisagens estonteantes, horizontes abertos e estradas panorâmicas.Lá ao fundo comecei a ver a Barragem Valtorno-Mourão (Foto 2). Não sabia que era por aqui! Pensei que o acesso se fazia pelo Seixo!
Em Valtorno corria um farto ribeiro que penso que se dirige para a barragem, mas esta está com um nível bastante baixo. É necessário ainda muita água para a encher.De repente avistei a aldeia, fiquei mais sossegado. Esta aldeia já pertenceu ao concelho de Vilarinho da Castanheira, depois ao de Carrazeda de Ansiães e actualmente pertence ao concelho de Vila Flor. O sol só já iluminava meia dúzia de casas, mas, mesmo assim, não desisti. Cheguei à aldeia (Foto 3). A igreja estava fechada e aproveitei para subir ao campanário (Foto 4). Esta igreja é dedicada a S. João Baptista e foi instituída sede de Paróquia em 1640. O que se avista não é surpreendente. Comecei a subir a aldeia, não é fácil. Tomei um café, num ambiente agradável, com uma lareira acesa.
Ainda por cima a preço de saldo, só me custou 40 cêntimos!Fui mesmo até ao início da aldeia. Se não tivesse limitação de tempo, era capaz de seguir até ao Mogo.
Fotografei o nicho de S. João Baptista (Foto 5) o Santuário de S. Círico e comecei o caminho de regresso.
A descer todos os santos ajudam. Passei por Valtorno sem grandes demoras e subi pela N324 até Carvalho de Egas.
Cortei à direita em direcção ao Santuário de Santa Cecília. Antes de chegar ao Santuário cortei à esquerda por uma caminho de terra por onde passei há mais de 20 anos com a minha Zundapp Famel XF 17. Não é a marca de um veículo todo terreno, trata-se da motorizada que me acompanhou nos anos mais loucos da minha vida.Depois de alguns percalços, cheio de adrenalina do verdadeiro TT, cheguei à Barragem junto à Piscina. C
ontinuei em direcção a Vila Flor mas antes de chegar à estrada que vem do Seixo, cortei à esquerda por um caminho que me levou até Vila Flor.Mesmo a tempo!
Quilómetros percorridos: 27
Total de quilómetros: 132
Total de fotografias: 3081

































