18 julho 2008

Fragas


Que fragas, aquelas! Duras.
Não se lavram.
Não andam, não se mexem.
Vivas, vêem e ouvem. Mas não falam!
Testemunhas perpétuas dos que passam.
Batidas pelo sol e pelo vento, não dão pão. Só quando moídas em pó-terra.
Abrigam aves e répteis; os homens , às vezes.
Vêm rios da vida e ouvem promessas.
- Fragas de Deus e do Diabo, GRITEM!

Poema de Nascimento Fonseca, publicado no jornal Enié a 23 de Julho de 1975.
Fotografia: Cabeço de Santa Cruz, Lodões, 12 de Abril de 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

Aníbal,
Que melhor prenda para oferecer à minha filha no dia dos seus anos???!!!
Muito obrigada por tudo: pelo poema e pela lembrança!!!...
Estou demasiado emocionada para poder dizer mais alguma coisa...
Cumprimentos
Anita

Anónimo disse...

Boa tarde SR.ANIBAL.Mais um lindo
poema do nosso inesqueçivel PROFESSOR FONSECA que tao bem conheci.Obigado tambem por ter publicado novamente a fotografia
da SANTA CRUZ do cabeço de LODOES.
Quanto ao seu misterio continuamos
sem saber porque razao ali foi colocada???Em todo o caso mais uma
vez muito obrigado.
Um abraço amigo.Guilherme.SOUSA.SENS FRANCA