02 agosto 2008

Piquenique no Pelão

Chegaram as férias e as Descobertas em família. Fomos a Freixiel, passear um pouco e comer uma merenda ao ar livre. Aqui fica a reportagem, também ela feita em família.


Contagiados pelo entusiasmo de uma amiga de Freixiel, residente em Lisboa e neste momento a passar férias no nosso encantador Trás-os-Montes, no dia 23 de Julho, fomos - À Descoberta - de Freixiel.
Depois de um pequeno repouso, após o almoço, por volta das 17 horas partimos ao encontro da nossa amiga.
Ao chegarmos a Freixiel, já ela estava à janela da casa da sua mãe, ansiosa pela nossa chegada. Arrumámos nas mochilas um pequeno farnel, alguma água, e partimos.
Descemos a Rua Queimada e passámos à do Ribeirinho. Ainda espreitámos a capela de S. Sebastião e seguimos em direcção à forca.

O dia estava luminoso. O Sol aquecia, mas o ar que se fazia sentir, não deixava que este perturbasse a nossa caminhada. O caminho estava bem cuidado e limpo o que facilitou bastante a progressão.
Nos campos, o verde das videiras carregadas de cachos de uvas, sobrepunha-se ao tom amarelado das ervas, secas e quebradiças.
Ao longo do passeio, fomos ouvindo, com agrado, as histórias e lembranças que a nossa companheira ia contando. Com a alegria e o entusiasmo de uma criança, ia recordando cada canto, cada árvore, cada som, cada bocado de terra. Tudo tinha uma história e a saudade era bem visível.
No Pelão, já nada era como antes. Já não se ouvia o trabalhar dos motores de rega, as vozes dos vizinhos a cumprimentarem-se de longe, o som dos chocalhos das ovelhas. O espaço das hortas, era agora muito reduzido, comparado com o de outros tempos. Havia ainda uma que se assemelhava às de outrora. Tinha algumas batatas, feijões, o rego das alfaces e alguns pés de milho, que cresciam nas suas bordas.

As rochas sucediam-se contrapiadas com alguns sobreiros, que aparentavam já muitos anos de vida, e outras espécies vegetais.
Já muito perto do nosso destino, a Crica da Vaca, deparámos com uma rocha gigantesca. Os pequenos ainda pensaram em subir ao seu topo, mas sem a ajuda de material de escalada era impossível. A Crica da Vaca era perto. Um fio de água fresca e cristalina, bastante abundante, escorria por entre as rochas.
Soube bem, beber uns goles desta água!
Atravessámos o ribeiro e fomos sentar-nos numa rocha bem lisa, que serviu de sala e de mesa para o nosso piquenique. Estendemos a toalha, ainda por estrear. Das mochilas tirámos um delicioso pão centeio, uns bijus, para os mais pequenos, o fiambre e um saboroso queijo, já em fatias, para facilitar as coisas.

Os pêssegos estavam de comer e chorar por mais, já para não falar da meloa, que era doce como o mel. Comemos até não querer mais. Tudo estava muito bom, mas eram horas de voltar.
Tomámos o caminho de volta já com os raios de sol a esconderem-se por detrás das montanhas. Chegámos à aldeia por volta das 20 horas.
Foi muito agradável este fim-de-tarde em família, em contacto com toda a beleza que a Natureza exala.

7 comentários:

Anónimo disse...

Caminhando por caminhos até vislumbrar paisagens tão bonitas,desfrutando-as ao ritmo duma boa merenda,só pode ser um hino á natureza e á saúde.
Isso sim, é qualidade de vida.
Rui Guerra

Anónimo disse...

Ó Aníbal, isto faz-se? Deixou-me roidinha de inveja(no bom sentido), e cheia de saudades desses lugares que eu tão bem conheço e que já não visito há muitos anos porque não tenho quem me acompanhe, e, sozinha tenho medo... Mais sorte teve a Esmeralda que usufruiu de uma bela companhia para visitar lugares que lhe são queridos!!!E esse farnel??? Até os anjos iam gostar de estar a saborear convosco, coisas tão apetitosas!!!...
Que outros passeios e outros farnéis se repitam e,( quem sabe?)talvez, eu possa participar também, um dia...
Cumprimentos
Anita

Xo_oX disse...

Caros amigos, todo este Blogue é um convite à Descoberta. Um bom passeio, com um farnel, é excelente para conhecer, rever e apreciar.
Quando quiserem, repetimos o Pelão ou outro percurso ligeiro.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Aníbal, fico à espera de um passeio em que eu possa participar... Os anos já pesam um pouco, mas as pernas ainda aguentam alguma distância... Era bom que a Esmeralda nos acompanhasse, pois gostava de ver como está a menina das trancinhas!!!
Se não for este ano que seja noutra altura qualquer.
Na próxima semana, vou de férias e vou ter saudades do "À descoberta..."
Cumprimentos
Anita

Anónimo disse...

Olá
...só ontem dei uma vista de olhos... vou ter de escrever/responder mais... Férias foram férias... Deixem-me libertar do que por aqui está acumulado porque,p.c., só mesmo este do trabalho... o de casa avariou novamente... mas também não estou lá....
Beijo-vos com saudades
Esmeralda

Anónimo disse...

Fico satisfeito de ver retratada a Crica da Vaca, pois, como natural de Freixiel, embora ausente, quando de férias ali, vou, posso dizer, TODOS OS DIAS àquele local; não só pela Crica da Vaca, mas tambem pelo passeio, pela paisagem e pela comunhão de energia com a natureza.
JP

Anónimo disse...

Olá
...e quem é o JP???!!!Podemos saber???
Abraço
Esmeralda