
24 outubro 2008
22 outubro 2008
54 quilómetros de Primavera
Hoje, que a Linha do Tua foi de novo notícia, decidi partilhar um vídeo que criei há pouco tempo e a que chamei "54 Quilómetros de Primavera".
Mais informações sobre a Linha do Tua no blog: A Linha é Tua (http://alinhaetua.blogspot.com/)
Mais informações sobre a Linha do Tua no blog: A Linha é Tua (http://alinhaetua.blogspot.com/)
19 outubro 2008
passeio por Valtorno

Aproveitei a companhia, para lhe dar a conhecer alguns pontos de interesse da aldeia: a fonte Paijoana, a Capela da Senhora da Luz, o Cruzeiro (na Marquesinha?), a Capela de Nossa Senhora do Rosário, a portada da “casa da Bicheira”, a fonte de Nossa Senhora do Rosário e, por fim, os moinhos, no ribeiro.

A primeira paragem foi na fonte da Paijoana, cuja lenda coloquei no Blogue, recentemente. O caminho que lhe dá acesso, para quem vem do Santuário de Santa Cecília, é bastante interessante para percorrer em bicicleta. A fonte está limpa, bem cuidada. Apeteceu-me uma incursão no Cabeço Murado, onde estive em Junho de 2007 e onde me apetece voltar com tempo. Ainda não foi desta. A circulação no local é bastante difícil pois há muito mato.
Dirigimo-nos para a aldeia a fim de fazermos uma curta passagem por alguns locais. Junto ao Centro de Dia, entrámos na antiga Capela da S.ª da Luz. É doloroso para mim ver o abandono a que está votado este local, mas nada se pode fazer.

Seguimos pela Rua da Máquina até ao Cruzeiro e descemos depois até à capela de Nossa Senhora do Rosário. Ainda conseguimos espreitar a curiosa portada que se pensa ter pertencido a uma capela (S. Brás?). Se a dita capela de S. Brás se situava fora da povoação, como veio ali parar aquele arco tão ricamente trabalhado? As casas envolventes são muito antigas, como o demonstram algumas portas e janelas.

Muitos locais interessantes havia ainda para visitar, mas fomos directos para o Ribeiro dos Moinhos. Parece mentira, mas, em tantas visitas que já fiz a Valtorno, nunca fui aos moinhos!
Ali perto deve ser a Fonte dos Doentes, mas não consegui encontrar nenhum sinal dela.
Os moinhos (os que ainda existem) estão muito perto da aldeia. Os habitantes de Valtorno sempre tiveram aptidão para a profissão de moleiros, tendo havido cerca de 18 moinhos. Quando o caudal dos ribeiros não permitiam o seu funcionamento, desenvolviam a sua actividade em várias azenhas, no Rio Tua. É de salientar que depois de haver tantos moinhos, houve mais tarde uma moagem (Máquina!) que talvez tenha contribuído para o nome da rua de que falei mais acima (Rua da Máquina).

Seria mais ou menos por esta altura que começavam a laborar os moinhos do Ribeiros dos Moinhos. Verifiquei que, à parte de alguns charcos mal cheirosos, o ribeiro praticamente não tem água. Espero que as obras em curso, logo depois da aldeia, permitam que o ribeiro apenas leve água pura, porque, é esta água que se vai beber em Vila Flor.
Os moinhos ainda existentes estão fechados. Limitei-me a um passeio em redor, admirando o “cubo” e as paredes ainda preservadas. Consta-me que algumas destas casas vão ser recuperadas, talvez para casa de férias.

Foi também aí que fui surpreendido com o primeiro cogumelo do Outono um frade, ou roco (Lepiota Procera). Cresceu todo retorcido entre rebentos de acácias! Embora prestasse atenção aos locais que me pareciam propícios à existência de cogumelos, não vi mais nenhum, em todo o percurso.
Já passava do meio dia e tínhamos que regressar para o almoço. O caminho que seguimos de regresso a Vila Flor, com passagem entre a Santa Cecília e o Seixo e depois pela Barragem Camilo Mendonça, permitiu-nos apreciar bonitas paisagens, em direcção à Vilariça. Também me deliciei com as cores do Outono que ostentam as vinhas e as sebes de sumagre, muito perto da vila.
Todo o percurso é espectacular para ser feito de bicicleta, por isso decidi partilhá-lo aqui.
Quilómetros percorridos em BTT: 22
Total de quilómetros de bicicleta: 1877
14 outubro 2008
13 outubro 2008
na Alquitarra, em Vilas Boas


O senhor Daniel Fraga foi muito atencioso e explicou-me todo o funcionamento da Alquitarra. O aquecimento é feito com casca de amêndoa, um combustível local mas nem assim barato. Muitos dos processos estão automatizados, à excepção do carregamento dos potes que é feito manualmente.

11 outubro 2008
Peça de Teatro - Lenda da Fonte Paijoana

Como todas as terras antigas, também Valtomo tem muitas lendas. A da fonte da Paijoana diz que naquela fonte existe uma moura encantada. Segundo consta, a moura será tecedeira que labora num tear de marfim, tramando uma teia de ouro. A tradição refere, a exemplo do que " se passa em muitos outros sítios, que, com a ajuda do LIVRO DE S. CIPRIANO, a moura pode ser desencantada na madrugada de uma noite de S. João, recolhendo a pessoa que a desencantar, a valiosa peça de ouro. Segundo se diz, já uma vez uma mulher, tendo ido à fonte, em vez de água, reparou que o cântaro vinha cheio de velos (?) de ouro. Então, doida de contente com o sucedido, terá exclamado: "Santo Nome de Jesus!". Pelos vistos, não seria o encantamento senão obra do diabo, porque, mal o nome do Senhor foi referido, de imediato desapareceu o ouro.Fonte: "Respigos de Valtorno, Notas de Monografia", de Maria Eugénia da Costa Nunes Cardoso Pintado, 1998.

08 outubro 2008
No lagar

Nesta época de vindimas, não me tem chegado o tempo para ir ajudar ninguém. Felizmente os amigos e vizinhos, mais prestáveis do que eu, fazem com que não me tenham faltado as uvas em casa. Muitas e docinhas.

Depois da vindima, grande parte das uvas são entregues para a produção de vinhos nas adegas cooperativas, de Vila Flor e outras nos concelhos circundantes. Muitos pequenos agricultores continuam a tratar as uvas de forma tradicional, em pequenos lagares. Em Vilas Boas pude ver vários lagares desses, com uvas recém esmagadas. Apesar de esmagadas à máquina, acabam por ser trabalhadas, com pessoas a entrarem no lagar acelerando o processo.

07 outubro 2008
Vindimas

Este rancho vai cantar
Este rancho vai cantar
Vai para vinha vindimar
Os belos cachos dourados
Vila Flor ó linda terra
De vinhos tão afamados
O nosso vinho de mesa
É um vinho sem rival
É bem certo com certeza
Ó cachopa no Douro
Não há igual

As fotografias foram tiradas no Sábado passado, em Vilas Boas.
05 outubro 2008
Flor do Mês - Setembro 08

Não foi fácil estudar a sua identificação botânica. Depois de muito procurar, penso tratar-se de Merendera filifolia, conhecida por quita-merendas, merendeira ou noselha. Numa busca na base dados on-line da UTAD, Flora Digital de Portugal, não encontro o mesmo nome científico, mas sim Merendera montana. A Colchicum montanum também é a mesma espécie.
São plantas pertencentes à ordem das Liliaceas, família das Colchicaceae, que conseguem ter energias para florirem nesta altura do ano, graças à acumulação de reservas num pequeno bolbo subterrâneo. A floração acontece de Agosto a Outubro, em zonas sem mato, perto dos lameiros, à beira dos bosques ou nas clareiras.
Na altura da floração não tem folhas, que irão aparecer posteriormente e manter-se-ão até ao início do Verão. As suas folhas não são comidas pelos animais!
O nome científico Colchicum montanum evidencia as suas propriedades medicinais. A colchicina é um fármaco antimitótico que intervém na divisão celular. Este fármaco é meu conhecido, visto que já o usei várias vezes para controle do ácido úrico no sangue.
Outra curiosidade, prende-se com o seu nome vulgar - quita-merendas - pelo qual é conhecida em toda a península ibérica, de onde é endémica. Este nome, está relacionada com a época de floração. Como o dia solar se torna mais curto, é suprimida a merenda!
Muitas vezes confunde-se esta espécie como açafrão selvagem (Crocus nudiflorus) que ainda à dias fotografei quando ia a pé em direcção ao Peneireiro.
03 outubro 2008
Freguesia Mistério 20


Candoso (2) 5%
Carvalho de Egas (2) 5%
Freixiel (2) 5%
Lodões (2) 5%
Nabo (2) 5%
Samões (1) 2%
Santa Comba de Vilariça (13) 30%
Seixos de Manhoses (1) 2%
Valtorno (1) 2%
Vila Flor (9) 21%
Vilas Boas (7)
A casa que apresenta este painel de azulejos na fachada está situada em Santa Comba da Vilariça. É uma casa humilde mas além de alguns azulejos está pintada a amarelo com as portas e janelas em verde, chamando à atenção para a fotografia (a última vez que a vi, estava à venda).

Como se pode ver na fotografia, trata-se de uma rocha granítica, o que limita as possibilidades praticamente a metade do concelho. O nicho está colocada num caminho de pouco movimento, onde possivelmente muito pouca gente já passou. Eu, pelo contrário, passo por este local imensas vezes (e já falei dele várias vezes). Tenho a certeza que todos os meus amigos do Clube de Ciclismo o conhecem também.
Fico a aguardar os palpites.
01 outubro 2008
A tua trança

Eu amo a negra trança
Que balança
Dos teus ombros
Com assombros
De encantar...
Minda,
Quando sorris,
És tão linda
Com a trança,
Que minha alma não se cansa
De sonhar em calibris.

Não a cortes. Não a percas.
Pois é chama
Que me chama
E aquece
Quem te ama...
Oh, quem dera
Ter a tua trança...
Mas a um louco
Nem um pouco
A tua trança
Pertencera...
Queria cortar-ta,
Roubar-ta.
Mas, se o fizesse,
Parece
Que não serias depois igual...
E, para meu mal,
Quem me desse
A tua trança...
Poema de Nascimento Fonseca, publicado no jornal Notícias de Mirandela a 18-02-1962.
Fotografias: pormenores de duas casas em Vila Flor.
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