O Inverno foi rigoroso e a Primavera continua a não nos deixar saborear tranquilamente o Sol, mas, ao longo dos últimos meses tenho feito alguns passeios que têm passado quase despercebidos no Blogue.
No dia 6 de Fevereiro, Sábado fiz uma caminhada no termo de Samões. A minha escolha por esta área destinava-se a verificar se as amendoeiras já se encontravam floridas, mas ainda era demasiado cedo.
Saí de Vila Flor pelo caminho que conduz a Samões. A tarde estava fria e o céu nublado, não permitindo muitas hipóteses para fotografias. Deixei a aldeia seguindo pelo caminho (antiga estrada) que leva a Freixiel. Depois de abandonar das últimas casas desisti do caminho e segui ao acaso pelos lameiros, fotografando as primeiras flores que já despontavam aqui e além. Foi mesmo o curso de água que cativou a minha atenção durante quase todo o percurso. Infelizmente pude verificar que, não poucas vezes, os esgotos de Samões rompem-se e descem ribeira abaixo, contaminando tudo.
Deixei de me preocupar com os caminhos e segui, às vezes facilmente, outras com mais dificuldade, o curso da ribeira. Já depois de ultrapassar a zona de maior declive, onde há algumas pequenas cascatas interessantes, um novo curso de água vindo do Vale Carneiro, vem engrossar o caudal. Esta zona, conhecida por Borralho, é onde tenho encontrado formações rochosas mais interessantes, do género da que existe próximo do Vieiro e que é bastante conhecida. São grandes rochas graníticas completamente escavadas na sua zona inferior com dezenas de covas, umas maiores outras menores.
A ribeira, de que não sei o nome, desagua noutra que se inicia em Carvalho de Egas com o nome de Ribeira do Vimeiro, dando origem à Ribeira da Redonda que segue em direcção a Freixiel.
O lugar das Olgas é um dos pontos onde já passei mais vezes, quer de bicicleta, quer a pé. Aqui confluem alguns caminhos vindos de Carvalho de Egas, Candoso, Freixiel e Samões. Quando a chuva é abundante, como este ano, há alguns regatos que mesmo sem receberem o nome de ribeiras se precipitam pela encosta, vindos dos lados de Candoso, formando longas cascatas.
Foi neste ponto que decidi começar a fazer o meu caminho de regresso. Subi ligeiramente a encosta em direcção a Candoso, flectindo depois para Sul em direcção ao Barreiro, entre Samões e Carvalho de Egas. Já sem luz para mais fotografias, passei Samões e cheguei às portas de Vila Flor, pelo Marco, já noite cerrada. Felizmente não choveu, mas a tarde esteve sempre muito cinzenta, não me deixando saborear completamente a beleza dos locais por onde passei.
6 comentários:
Olá, Aníbal!
Que passeio tão bem descrito e acompanhado de belas fotos!
Este ano anda muito arredio! Serão as exigências da profissão ou o desinteresse pelas descobertas?
Nó estamos sempre à espera de coisas novas!!!...
Um abraço
Anita
Olá
Que lindo passeio!
Obrigada!
Abraço
Esmeralda
Simplesmente fantástico. Parabéns Aníbal.
Aníbal Augusto-StªIsabel-SP-Brasil
oi professor!
realmente,que belas fotos!!!
e o nosso chafurgo? já conhece? também dá para belas fotografias.
tudo de bom.
cumprimentos.
fatima f. rosinha.
freixiel
Sou, o emigrante Português, em Espanha, que escreve mas acima na seção de freguesia mistério. Ao seguir lendo este blog e chegar a esta seção descobri uma fotografia (a primeira) que me surpreendeu. O homem que aparece trabalhando no campo, se a vista não me falha, é meu tio Manuel, irmão de meu pai. Obrigado Aníbal por alegrar-me o dia pois faz muitos anos que não vejo a meu tio. Muito obrigado desde Espanha. Joâo Carlos
João Carlos, é mesmo o Sr. Manuel Roios.
Eduardo Madureira
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