22 janeiro 2011
Inverno
Desenha-se a manhã corda de lira
Soando-me cá dentro, neste misto
De foto de álbum e rota de imprevisto,
Prova que, hora a hora, o tempo expira...
No escano, um livro que eu nunca abrira.
E o fumo esboça o que não avisto
Ou se entremostra e foge, e não desisto,
Antes que a bruma me atinja e fira.
Vagos, ouvem-se os sinos de Samões...
Vai chover mais. Já atingiu Lodões
A rebofa. No Vale, há já miséria.
E, ao lar, do lume a face calma
Oferece-me a percepção da alma
E o justo sentido da matéria.
Poema do Dr. João de Sá, do livro "Flores para Vila Flor", 1996.
Fotografia: montagem representando a zona envolvente à Barragem do Peneireiro, em Vila Flor.
Com uma saudação especial para a Transmontana, que hoje está de parabéns.
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2 comentários:
Boa noite, Aníbal!
Que lindo poema escolheu para me brindar no meu aniversário!
Muito obrigada por tudo o que tem feito por mim, ao longo do tempo!
Que Deus o abençoe e à sua Família, pois todos merecem!!!
Um abraço de gratidão para todos!
Anita
Belíssima foto!!! Muito artística!!! Gostei!
Quanto ao aniversário da "Transmontana" quero deixar-lhe aqui um beijinho de Parabéns atrasados, pois, infelizmente, só hoje é que vi e soube do seu aniversário...
AA
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