Na vila, os fumos grandes sobem das chaminés. Para além do choro silencioso de Eduardo, mais uma vez a sentir quanto perdera o filho, quanto se perdera, há essa memória crescente, de envelhecimento, ou de maturidade, primeiro. Há as casas, as velhas casas que eram conhecidas de madrugada e à noite, na amplitude do tempo que não corria, tão sólido se mostrava; nas horas de trabalho, na tarde que caía e deixava esse torpor do cansaço.
Extrato do Livro Mulher desaparecida a Sul, da autoria de Modesto Navarro. Este romance foi publicado em 2008, pela Edições Cosmos.
1 comentário:
Caro amigo Aníbal
Cheguei aqui pela mão de Jofre e do seu blogue principal sobre esta bela terra.
Estou a chegar aos 65 anos e à conclusão que quero conhecer o meu país, os cantos e recantos do país mais bonito do Mundo. Como é possível os portugueses desconhecerem o encantamento de lugares tão belos que temos no país?
Estou a gostar do seu blogue.
Seria possível arranjar-me bagas dessa planta? Aqui em Leiria temos espinheiro com folhas brancas.
Um abraço, voltarei...
António Nunes
Enviar um comentário