A Praça é dos cartolas, dos senhores
De gravata, de pose ou de dinheiro,
Onde passeiam leigos e doutores:
O médico, o juiz, o tesoureiro...
Mas o povo, os humildes servidores
Nas horas de lazer vão pra o Terreiro,
Ali tomam o sol, tomam amores,
Ali mostram o fato domingueiro.
O Terreiro é salão de baile, até,
Onde as moças da vila dão ao pé
Nesses jogos de roda tão castiços.
«Quero dar duas voltas a meu jeito!»
Cantam elas, forçando o rijo peito
A rodar contra o peito dos derriços!
Soneto retirado do livro “Versos – Vila Flor”, impresso em Novembro de 1966, da autoria do Dr. Luís Manuel Cabral Adão.
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