No dia 24 de Fevereiro foi dia de passeio de bicicleta. Depois de almoço remendei duas câmaras-de-ar que tinha aqui com furos. Tive alguma dificuldade, não remendava um furo há mais de 20 anos. Depois de algumas frases de troça do agregado familiar, decidi-me a procurar ajuda na net. Lá estava tudo, com fotografias e tudo! Dei uma afinação nos travões e mudanças, aproveitei para lubrificar um pouco a corrente.
O dia estava péssimo. Vento, frio e a ameaçar chover a qualquer momento. Retirei da mochila tudo o que não me parecia muito mecessário, o que não podia molhar-se e saí a pensar se não voltaria para casa rapidamente. Já era um pouco tarde, passava das 15 horas. O percurso que delineei parecia-me rápido: seguiria a estrada N214 em direcção a Benlhevai; antes de chegar ao cruzamento para Vale Frechoso, cortaria à direita; desceria até Roios e depois regressava a Vila Flor (ver percurso).
Apesar do tempo não estar agradável, desde cedo comecei a ter calor. Fiz algumas paragens mas o dia não estava mesmo bom para fotografias. Rapidamente cheguei ao sítio onde teria que cortar para Roios. Pareceu-me demasiado perto, não chovia, decidi continuar.
Subi ao Cabeço dos Gaviões que se eleva a 675 metros, fica junto à estrada. Em condições normais, com um dia mais agradável, a paisagem deve ser bonita.
Voltei à estrada e avancei mais algumas centenas de metros. Encontrei um bom caminho à direita e decidi seguir por ele. Sei agora que conduz à Quinta do Galego. Há por ali bastante floresta plantada com pinheiros e eucaliptos. Também encontrei algumas amendoeiras floridas e urze, muita urze.
Passei a quinta e comecei a descer em direcção a Roios. À minha esquerda surgiu uma elevação bastante íngreme. Deixei a bicicleta e subi a pé. Andei por ali, fotografando algumas flores, olhando a Vilariça e tudo o que era observável em redor. Descobri um talefe num monte em frente e foi para lá que me dirigi. Este marco geodésico está a 655 metros de altitude e chama-se Maragato. O local onde se situa é curioso. Não sei se está sinalizado no local algum castro mas quase jurava que este monte funcionou como local de refúgio aos povos pré-históricos. É de difícil acesso a toda volta. Procurei alguns vestígios da presença humana. Pareceu-me ter encontrado alguma coisa: encontrei muitas pedras que podem ter sido uma protecção no único local onde se pode aceder ao monte. Também encontrei um pedaço de parede de uma pequena construção. Não faço ideia para que serviria.
Andava eu nesta investigação, quando os últimos raios de sol pousaram na Vilariça. Aproveitei-os ao máximo e preparei-me para seguir para Roios.
Junto ao caminho vêem juntar-se várias ribeiras o que reforça a minha ideia de por ali ter vivido gente em tempos remotos.
Curiosamente o caminho em que seguia estava agora calcetado! Este caminho que parece ligar Roios a lado nenhum, já deve ter sido uma estrada com alguma importância, senão, qual a razão de se encontrar tão bem construído e preservado?
Cheguei a Roios já bastante de noite, com pena minha. Não pude tirar nem uma fotografia...
Pedalei até Vila Flor, sem grande dificuldade. O esforço do dia foi muito pouco.
Quilómetros percorridos neste percurso: 17
Total de quilómetros de bicicleta: 601
Total de fotografias: 9947
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