08 outubro 2006

À descoberta da Serra do Facho


Hoje foi o dia da primeira visita pelos espaços naturais de Vila Flor. Depois de almoço saímos a pé em direcção ao Intermarché de Vila Flor onde tomei um café. Seguimos depois por um caminho que parecia levar-nos ao alto da Serra do Facho mas isso não aconteceu. O caminho seguiu paralelamente à estrada, por cima de vinhas muito cuidadas e já sem uvas. Acabámos quase por chegar à Zona Industrial e decidimos subir de qualquer maneira, por caminho ou sem ele numa zona que penso ser a Quinta das Escarbas.
De facto acabámos por chegar ao alto da serra num ponto com 757 metros de altitude. O dia não estava grande coisa para fotografias, mas a vista era magnífica. Encontrámos algumas ruínas mas não deu para perceber do que se tratava. Passeámos os olhos por Samões, mais ao fundo avistava-se um pouco do Santuário da Nossa Senhora do Rosário em Freixiel e tínhamos uma vista perfeita do Santuário de Nossa Senhora da Assunção de Vilas Boas. Rodando para a direita, conseguíamos ver o Cachão, Frechas e um cantinho de Mirandela. Mais para a direita mostrava-se imponente a Serra de Bornes afagada por algumas nuvens. Mais próximo de nós avistava-se Roios e talvez Lodões, com o Vale da Vilariça estendendo-se preguiçosamente até perder de vista para Sul.
Subimos mais um pouco, agora já por um caminho recentemente limpo, até atingir o ponto mais alto da Serra, 767 metros, no marco geodésico do Facho. Aqui também há muitas pedras soltas que parecem indicar algum género de construção. Junto ao marco geodésico há uma cruz de madeira que curiosamente tem incrustados alguns quadrados de vidro espelhado. Talvez a ideia fosse que a cruz reflectisse raios de sol em direcção a Vila Flor. Daqui tem-se uma bela vista. Além da vila é interessante ver as vinhas e oliveiras que a rodeiam e estender o olhar até à Barragem do Peneireiro.
De vez em quando o sol mostrava um pouco da sua graça e aproveitei para fazer algumas fotografias de tudo que a vista alcançava.
Continuámos seguindo o mesmo caminho, pelo cume da serra, aproveitando os rochedos em vários pontos para admirarmos Vila Flor de todos os ângulos possíveis. A garrafa de água que transportávamos foi necessária, começávamos a sentir os efeitos da subida e do relevo acidentado.
Um dos melhores pontos viemos a encontrá-lo pouco antes de chegarmos ao miradouro que existe perto do Santuário da Nossa Senhora da Lapa (S. Bento). O sol estava agora mais descoberto mas já sem força. A iluminação da vila começou a acender-se. Ainda nos sentámos descobrindo pelos telhados das casas pontos nossos conhecidos. “– Aqui é a minha escola, além é a tua.” Foi quando tocou o telemóvel pela primeira vez. A mãe começava a ficar preocupada com a nossa ausência. Qual o melhor percurso para casa? Podíamos continuar, mas a lua já se via lá longe, nasceu em Mogadouro. Decidimos voltar para trás e arriscámos descer por um percurso íngreme que nos levou a uma Cooperativa de azeite com ar abandonado, já em Vila Flor.
Era noite cerrada, os pés estavam cansados. Foram mais de 4 horas a caminhar em terreno muito acidentado, saltando pedras, pisando silvas e carquejas. Este passeio levou-nos a um dos ponto mais alto de Vila Flor, encheu-nos o peito de ar e de coragem para novas descobertas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá.
Os ceús por aí estão sublimes. As nuvens que apanhaste na serra do Facho são um autentica nave extraterrestre, embora o Marco Rafael e o António Manuel pareçam mais interessados no que se passa na terra, será que já há "frades" ou cogumelos?
Um abraço.
Li

AG disse...

Ainda não nos dedicámos aos cogumelos em Vila Flor, mas, esta tarde fomos a Zedes. Apanhámos um saco cheio deles e também enchemos os bolsos de castanhas. Sabe tão bem andar pelo campo!

Anónimo disse...

Sabe tão bem andar pelo campo!!!!!