Hoje o passeio foi em BTT. A dia esteve muito agradável e já tinha saudades de um longo passeio de bicicleta. Consegui convencer o meu filho mais velho e fizemos um percurso cujo objectivo era Valtorno.
Aproveitei a companhia, para lhe dar a conhecer alguns pontos de interesse da aldeia: a fonte Paijoana, a Capela da Senhora da Luz, o Cruzeiro (na Marquesinha?), a Capela de Nossa Senhora do Rosário, a portada da “casa da Bicheira”, a fonte de Nossa Senhora do Rosário e, por fim, os moinhos, no ribeiro.
A primeira paragem foi na fonte da Paijoana, cuja lenda coloquei no Blogue, recentemente. O caminho que lhe dá acesso, para quem vem do Santuário de Santa Cecília, é bastante interessante para percorrer em bicicleta. A fonte está limpa, bem cuidada. Apeteceu-me uma incursão no Cabeço Murado, onde estive em Junho de 2007 e onde me apetece voltar com tempo. Ainda não foi desta. A circulação no local é bastante difícil pois há muito mato.
Dirigimo-nos para a aldeia a fim de fazermos uma curta passagem por alguns locais. Junto ao Centro de Dia, entrámos na antiga Capela da S.ª da Luz. É doloroso para mim ver o abandono a que está votado este local, mas nada se pode fazer.
Seguimos pela Rua da Máquina até ao Cruzeiro e descemos depois até à capela de Nossa Senhora do Rosário. Ainda conseguimos espreitar a curiosa portada que se pensa ter pertencido a uma capela (S. Brás?). Se a dita capela de S. Brás se situava fora da povoação, como veio ali parar aquele arco tão ricamente trabalhado? As casas envolventes são muito antigas, como o demonstram algumas portas e janelas.
Muitos locais interessantes havia ainda para visitar, mas fomos directos para o Ribeiro dos Moinhos. Parece mentira, mas, em tantas visitas que já fiz a Valtorno, nunca fui aos moinhos!
Ali perto deve ser a Fonte dos Doentes, mas não consegui encontrar nenhum sinal dela.
Os moinhos (os que ainda existem) estão muito perto da aldeia. Os habitantes de Valtorno sempre tiveram aptidão para a profissão de moleiros, tendo havido cerca de 18 moinhos. Quando o caudal dos ribeiros não permitiam o seu funcionamento, desenvolviam a sua actividade em várias azenhas, no Rio Tua. É de salientar que depois de haver tantos moinhos, houve mais tarde uma moagem (Máquina!) que talvez tenha contribuído para o nome da rua de que falei mais acima (Rua da Máquina).
Seria mais ou menos por esta altura que começavam a laborar os moinhos do Ribeiros dos Moinhos. Verifiquei que, à parte de alguns charcos mal cheirosos, o ribeiro praticamente não tem água. Espero que as obras em curso, logo depois da aldeia, permitam que o ribeiro apenas leve água pura, porque, é esta água que se vai beber em Vila Flor.
Os moinhos ainda existentes estão fechados. Limitei-me a um passeio em redor, admirando o “cubo” e as paredes ainda preservadas. Consta-me que algumas destas casas vão ser recuperadas, talvez para casa de férias.
Foi também aí que fui surpreendido com o primeiro cogumelo do Outono um frade, ou roco (Lepiota Procera). Cresceu todo retorcido entre rebentos de acácias! Embora prestasse atenção aos locais que me pareciam propícios à existência de cogumelos, não vi mais nenhum, em todo o percurso.
Já passava do meio dia e tínhamos que regressar para o almoço. O caminho que seguimos de regresso a Vila Flor, com passagem entre a Santa Cecília e o Seixo e depois pela Barragem Camilo Mendonça, permitiu-nos apreciar bonitas paisagens, em direcção à Vilariça. Também me deliciei com as cores do Outono que ostentam as vinhas e as sebes de sumagre, muito perto da vila.
Todo o percurso é espectacular para ser feito de bicicleta, por isso decidi partilhá-lo aqui.
Quilómetros percorridos em BTT: 22
Total de quilómetros de bicicleta: 1877
3 comentários:
A fotografia do cogumelo todo enroscado na árvore está um espectáculo!!! Parabéns, Aníbal, e continue a mostrar-nos as belezas da Natureza, tão pródiga por esses lados!!!
Cumprimentos
Anita
Estoy de acuerdo en la realización de la fotografía.Por cierto,a la brasa con un chorito de aceite y sal...uh.uh.uh.Para chuparse los dedos.
Muy bien Anibal.
Angel
Olá.
Esse frade queria eu, como diz Angel, na brasa com sal...Já lhe sinto o Cheiro já lhe sinto o gosto...
Belo passeio, traçaste os objectivos individuais para esta tarefa? pelo vistos foram conseguidos em pleno pelo "relatório" elaborado.
Abraço com amizade.
Li Malheiro
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