Eis o poema:
Imagem, das formosas, mais formosa:
Senhora d'Assunção, no pico agreste,
Vestido cor de pétalas de rosa,
Manto volátil de cetim celeste!
Única imagem, esta que assim veste
E numa nuvem se ergue, vaporosa,
Braços ao alto, olhos como em teste
De em si conter centelha milagrosa!
Transfigurada estátua que eu venero
Desde menino, e a que tanto quero
Por me rasgar de luz a densa treva:
Em ser's da Virgem Mãe cópia fiel,
Volve pra mim teus olhos d'ouro e mel,
Dá-me um lugar na nuvem que te leva!
Já me tinha questionado qual seria o poema escolhido e, confesso, que não contava que fosse este. Mas faz todo o sentido. É um belo poema a Nossa Senhora, bem ilustrativo da religiosidade do seu autor.
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