A segunda peregrinação de Fevereiro aconteceu no dia 26 e teve como destino Samões. Tal como já disse anteriormente, as caminhadas realizadas nesse mês tiveram como destino locais onde havia probabilidades de se encontrarem amendoeiras em flor.
Um destino assim tão próximo, justificou a utilização de equipamento fotográfico de melhor qualidade, em oposição à máquina fotográfica de bolso, normalmente utilizada.
A sessão fotográfica começou antes da caminhada, uma vez que encontrei as primeiras amendoeiras em flor, aqui mesmo, quase no centro de Vila Flor, antes mesmo de me encontrar com o companheiro de "viagem". Pode parecer estranha a publicação de imagens destas, neta altura do ano, mas é "saboroso". É como sentir de novo o perfume das flores nas manhãs orvalhadas de Fevereiro.
O caminho é curto e sobejamente conhecido. É só o caminho mais interessante que liga a Vila Flor, mas parece-me que tem os dias contados! Andaram a arrancar as videiras em redor... parece-me que se vai tornar numa estrada.
Rapidamente chegámos a Samões. Acedemos à aldeia por detrás da igreja e não faltavam amendoeiras em flor nas imediações. Não fomos diretamente à capela escolhida como destino da nossa "peregrinação", antes escolhemos afastar-nos da aldeia em direção a poente. Nesta zona há bons terrenos agrícolas e eram várias as pessoas que se encontravam pelos campos a trabalhar. Ainda bem, o caminho que seguimos não tem continuidade e assim podemos pedir autorização para circular pelos terrenos.
Havia uma razão para querermos ir ali. Crescem no local imensas margaças, formando um manto muito extenso e bonito. Já em anos anteriores tirei algumas fotografias no local.
Mesmo antes de atingirmos os campos com margaças, chamava a atenção à distância uma amendoeira carregada de flores incrivelmente rosa. O dono do terreno, emigrante em Paris, facultou-nos o acesso e chegámo-nos mais perto. Além dos ramos repletos de flores rosa, tinha também alguns ramos com flores brancas, estas bem mais normais.
Pouco depois chegámos ao campo com margaças (mais conhecidas como margaridas). As joaninhas tinham chegado antes de nós e havia-as às dezenas! O terreno estava bastante encharcado obrigando a algum cuidado.
Um pouco mais à frente encontrámos algumas pessoas a limparem oliveiras, com quem conversámos bastante tempo sobre oliveiras, olival e azeite, num ano com uma produção baste boa.
O nosso objetivo era atingir um ponto bastante elevado entre o Carvalhal e a Moira. Nesse lugar há alguns amendoais mais recentes, mas a floração dessas amendoeiras é mais tardia. Sentámo-nos nas rochas a olhar para as Olgas enquanto comemos o magro farnel.
Regressámos à aldeia. A capela de Nossa Senhora do Rosário fica no fundo do povo. É uma bonita capela, que sofreu obras há muito pouco tempo. As pedras do seu cabido mostram bem a antiguidade deste templo. O seu interior também está muito bem cuidado.
No regresso a Vila Flor ainda passámos junto à capela de Nossa Senhora de Lurdes, bem situada junto à estrada nacional.
A caminhada realizada teve a extensão de cerca de 9km. O tempo esteve fantástico e encontrámos as amendoeiras em flor que esperávamos encontrar. Foi uma das mais interessantes caminhadas já realizadas.
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