O último dia da feira TerraFlor foi dedicado ao mundo rural. Coincidindo com a feira quinzenal, era certo que haveria muito gente no recinto da feira, local onde se realizaram também os diferentes concursos constantes no programa. O dia estava agradável. Depois de terem caído as primeiras chuvas é habitual a transação de muitas couves, que acompanharão nos campos a sementeira das nabiças (de que darei conta no blogue quando estiverem em flor).
Estavam previstos os seguintes concursos: XXI Concurso da Cabra Serrana; VII Concurso da Ovelha Churra da Terra Quente; II Concurso de Cão de Gado Transmontano. Havia uma novidade agendada: o I Leilão de reprodutores de Cabra Serrana e Ovelha Churra. Estes concursos trazem a Vila Flor um grande número de criadores, vindos dos mais variados pontos do distrito e dos distritos vizinhos.
Este facto deve-se ao envolvimento da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Churra da Terra Quente (ANCOTEQ) e da Associação Nacional de Caprinicultores da Raça Serrana (ANCRAS). Estas associações são responsáveis pelos concursos de ovinos e caprinos fomentando a melhoria de efetivos dos seus associados. A presença de criadores do concelho é, pelo que tenho visto nos últimos concursos, fraca à exceção dos ovinos.
Prestei especial atenção ao concurso de Cão de Gado Transmontano. Não porque goste particularmente destes animais, tenho até algum medo deles e já apanhei alguns sustos nas minhas andanças pelo concelho, mas porque neste concurso se pôde aprender bastante. O técnico que julgou os animais, fê-lo ao microfone, justificando as suas opções com o estalão da raça, distribuído aos concorrentes, mas acessível a toda a gente. Após assistir ao concurso em vários escalões, comecei eu próprio a tentar julgar os animais expostos. É bastante complexo, mas , como tudo, pode aprender-se.
Só foi apresentado um exemplar oriundo do concelho no concurso de Cão de Gado Transmontano, tratou-se de um macho, de um pastor de Freixiel.
Se com os cães até me atrevia a dar uma opinião, com os ovinos e os caprinos limitei-me a assistir e a conversar com alguns criadores. O julgamento era feito por técnicos no mais completo silêncio e os resultados só foram anunciados à hora de almoço.
O leilão de reprodutores começou timidamente, mas melhorou, com várias pessoas a fazerem lances sucessivos. Como as associações davam ao criador 50 euros por cada animal posto em leilão, só foram aceites lances de criadores inscritos nas associações, embora houvesse outros interessados.
O almoço foi servido no polivalente da Escola EB2,3/S de Vila flor, para os criadores e seus familiares.
Da ementa fizeram parte os produtos da região, com destaque para o prato principal, caldeirada de borrego. Foram distribuídos os prémios dos ovinos e caprinos o que atrasou bastante a refeição.
À mesa terminaram as atividades do Dia do Mundo Rural, possivelmente aquele que é o dia maior da TerraFlor.
Ao fim da tarde encerrou definitivamente a Feira de Produtos e Sabores, uma vez que a feira quinzenal só durou até à hora de almoço. Nessa mesma tarde teve início a XVI Feira da Maçã do Vinho e do Azeite em Carrazeda de Ansiães. Este figurino da TerraFlor, com este calendário, teve vantagens e desvantagens, mas isso ficará para um balanço posterior.
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