Quem deu nome a esses espaços
não sabia do que falava,
para sempre os perdeu
em imóvel espuma de sons.
Todos os matizes do vento
misturados com o sol e a lua
não lhes desenhariam o rosto.
Lembro-me da placenta da tarde
os banhar numa luz crua.
Nevara de véspera.
Ao menos uma centelha de pureza
em nossos olhos.
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
1 comentário:
LINDO!!!
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