31 janeiro 2008
Flor-poema
Misto de terra e céu, raiz e asa,
Arco de hera em curva de caminho;
A luz na noite, a quem anda sozinho;
Auréola de fumo sobre a casa...
A paz, o aconchego de uma brasa
Perfumada de lenha de azevinho;
A renda da toalha em puro linho
Sobre uma mesa etérea que extravasa
Do seu olhar dorido mas sereno.
Breves gotas de orvalho sobre o feno
As letras do seu nome: um diadema
Numa fronte em forma de perdão.
O encontro, a voz do coração,
Presença eterna, Vila, Flor-Poema!
Poema de João de Sá., do livro "Flores para Vila Flor", 1996.
A fotografia foi tirada dia 29 de Janeiro de 2008, na Praça da República, em Vila Flor.
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