o sol que beija
o rasto de crianças
nuas em busca do que não tiveram.
BenditasBenditas
as montanhas
que fazem cópula com a noite,
e ficam virgens mais belas
que as estrelas quando amanhece...
as cumeadas
que dormem
em braços de névoa mansa
com lençóis de neve.
BenditosBendito
os rios, que lavam
as serras e os vales,
e benditas as árvores,
a toalha do seu banho...
o mar,
fonte de reserva
quando a água da terra se acabar.
BenditasBendita
as florestas
que escondem a liberdade
dos animais...
a Natureza,
espelho de beleza
do Criador!
Bendita
a Dor
quando nela há o prazer de um tormento
maior do que o Amor...
Benditos...
Poema de José Nascimento Fonseca, nascido no Nabo em 22-12-1940.
Publicado no jornal Notícia de Mirandela, a 25-02-1969
A fotografia foi tirada no dia 28 de Outubro de 2007, nas margens do Rio Tua, em Vilarinho das Azenhas.
2 comentários:
olá.
Ao ver esta foto, tenho a "certeza" porque não chove: Claro! se o céu vem nadar neste belo cenário, esquece-se da sua obrigação para com a humanidade destes lugares, de fazer chover.
Muito belo, felizes os olhos que imortalizam vivendo estes momentos.
abraço.
Li Malheiro
É verdade Li, este no Outono está a ser completamente diferente do do ano passado. Nem pior, nem melhor, diferente.
Acho que a chuva vai chegar a qualquer momento, serão novas oportunidades fotográficas...
Algumas imagens ganham mais força acompanhadas de vilaflorenses que escrevem e descrevem muito bem a sua terra (que agora também é a minha).
Um abraço
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