27 janeiro 2008

De novo no Nabo

Hoje (dia 26) fiz mais um curto passeio até ao Nabo. Segui um caminho que nunca tinha traçado, descendo da aldeia abandonada do Gavião até ao Nabo. Deixo apenas uma fotografia a acompanhar uma das celebres canções cantadas num dos Cortejos das Oferendas realizados entre 1949-1951.

Chegamos agora ao Nabo
Não é Nabo nem Nabiça
Somos rosas somos cravos
Criados na Vilariça.

Ó mocidade rir e formar
A nossa récita à frente ficou
O Nabo é terra garrida
Pois é para todos nós
A povoação mais querida.

Viemos agora do Nabo
Alegre só ele em selo
Não há ninguém que não goste
Do nabo, nabiça e grelo.

4 comentários:

Anónimo disse...

De novo à minha paragem de férias habitual.
Estou de volta daqui a uma semana para passar o Carnaval.
Deixo-lhe aqui uns versos que a minha saudosa Avó me ensinou em pequena:

"Sou a Nabiça do Nabo ai ai ai
Toda fresca aprumadinha
Rapazes dançai comigo ai ai ai
Que eu sou toda ajeitadinha

Sou a Nabiça, sou do Nabo natural
Quem não conhece o Nabo não conhece Portugal."

Não está completa, mas é o que me resta na memória.

Continuação de um bom trabalho.

AG disse...

Obrigado Diana. Que bom que ainda recorda as memórias da sua Avó! o conjunto dos dois versos em baixo e o coro. A quadra que escvreveu será posssivelmente a quinta. Aqui deixo o resto da canção. Sei que estiveram implicados na organização do rancho, Manuel José Lopes, Cecília da Conceição Sousa e João António entura. Não sei se algum deles era/é seu familiar.

Sou a nabiça do Nabo, ai ai ai
Sem fim assim cantarolando
Sou a nabiça do Nabo, ai ai ai
Mas também cá vou andando.

Sou a nabiça do Nabo ai ai ai
Todas chiques e aprumadas
Sou a nabiça do Nabo, ai ai ai
Mas não venho casada

Sou a nabiça do Nabo ai ai ai
Eu cá vou cantar sozinha
Rapazes cantai comigo ai ai ai
Ajudai a nabicinha

Sou Angélica do céu ai ai ai
E do Nabo natural
Rapazes dançai comigo, ai ai ai
Também sou de Portugal.

Anónimo disse...

viva sr anibal, fico muito feliz por mais uma vez ter passado pela minha terra natal. estas musicas fazem-me lembrar a minha infância, e que saudade isto me faz. é pena que muitas destas tradições se estejam a perder com o morrer destas gentes tão sabidas. sei que tem muito trabalho a fazer e muitas freguesias a visitar, mas como bairrista que sou não me posso despedir sem lhe propor um desafio: logo que possa vá ao nabo e deixe-se levar pela magia desta terra e pela descoberta deste povo tão único. agora resta-me desejar-lhe a continuação deste excelente progecto que já encantou muitos vilaflorenses e não só.

por tudo, o meu muito obrigado

Anónimo disse...

Parabéns Diana
Fico contente,que mesmo tão longe,guardes no teu coração tantos "mimos" e "carinhos" da terra dos teus antepassados,que como sabes,também já eram um pouco meus,antes de nasceres.A minha avó Rosa,era de lá natural e só guardo dela boas recordações.Mas mais contente ainda, por assumires as tuas origens,no meio do mundo corre-corre dos alfacinhas.
Continua.Beijos para ti e tua mãe.1grande abraço ao teu pai.(depois temos que conversar s/ Timor)
Rui Guerra Carvalho