No dia 08 de Julho o passeio foi, mais uma vez, ao Gavião. Tinha marcado um encontro com alguns amigos, mas decidi partir mais cedo, a pé.
Pelo caminho que sai da Rua dos Louseiros rapidamente cheguei perto do novo Estádio. Cortando à esquerda está o caminho que leva à Fonte do Olmo. Dos frondosos olmos já nada resta, mas a fonte continua a ter muita água, água essa que alguém se lembrou de aproveitar. Estava um agricultor a bombear água para um depósito numa carrinha. A nascente parece inesgotável e aquela água dá-lhe bastante jeito para regar uma horta que tem um pouco mais acima. Continuei o caminho em direcção ao cruzamento do Arco com muita atenção. Há algum tempo fotografei por aí um nicho de alminhas, mas, perdi a sua localização e agora não consigo reencontrá-las!
Tinha planeado o percurso no computador. Depois de um quilómetro pela estrada do Arco, cortei à esquerda por um caminho rural. Nunca por aí tinha passado, mas, sabia perfeitamente onde ia ter. Já estive várias vezes junto do cemitério do Arco. É mais um miradouro para o Vale da Vilariça, de tantos que há espalhados pelo concelho. Descendo pela Rua das Fraguinhas, cheguei ao coração do Arco. O sol aquecia, apenas alguns idosos dormitavam à sombra das casas. Desci a rua até ao final, que se encontra com a ribeira onde a água já quase não corre. Foi feito um emissário para conduzir os esgotos do Arco todos para este local, aliviando a ribeira do Arco de alguma poluição.
Crescem boas hortas por aqui. São cuidadas com estremo carinho, repletas de flores de todas as cores, mais parecem jardins.
Segui por entre vinhas, oliveiras, figueiras e algumas manchas de mato compacto até ao Gavião, sempre com uma magnífica vista para o Nabo e Vale da Vilariça. Depois das 7 da tarde o silêncio era total. Do outro lado do Ribeiro Grande brilhava a torre da igreja da Vide, pousada altivamente na encosta que se entende até ao vale num manto salpicado de oliveiras.
Percorri mais uma vez as ruínas do Gavião, repletas de sombras devido ao sol cada vez mais rasante, vindo do Seixo.
Empreendi o caminho de regresso com passo rápido. O grupo de amigos já me esperava na Quinta de Valtorinho para um final de tarde/início de noite bem disposto. No repasto misturaram-se sabores, eram quase meia dúzia de “cozinheiras”!, mas o prato principal foram peixinhos do rio, trazidos de um rio perto da raia mirandesa.
Discutiu-se futebol, política, até fotografia! Não sei se o desfocado das fotografias se deve a alguma experiência fotográfica se ao efeito colateral da excelente petiscada.
O último troço do caminho fi-lo de carro (mas não ao volante).
2 comentários:
Olá, Aníbal!
O passeio foi bom, mas o repasto, no fim, completou a tarde...
Os proprietários da quinta têm a arte de bem receber e de ser bons colegas, não é? Um abraço para eles.
Foi uma tarde bem passada, mas o volante já era demais, depois de tanta folia!!
Cumprimentos
Anita
Olá
...as pedras merecem...
Resistis amontoadas: com aprumo ou já nem isso...
Sinto-vos prostradas e saudosas;
Sedentas do/de reboliço...
Estais sombrias no acizentado,
Fechadas e em solidão...
Reconforta-me a pincelada do solitário solidário;
Que pena: não vislumbro um guardião...
Obrigada, Aníbal.
Um grande beijinho para toda a família deste blogue. Tenham umas boas férias.
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