
30 setembro 2009
Pôr-do-sol em Candoso

29 setembro 2009
Vindima

- Âmbar coalhado em frémitos de aurora.
Morrem as mãos aonde nasce a hora...
A brisa queima, simulando afagos...
Remoinho de faúlhas: são esporos
Num vaguear de futuros maios.
Seus corpos requebrados em desmaios,
Sobre violinos de calados choros...
O eterno transforma-se em olhar.
Já nenhum horizonte os pacifica.
A meta é longe e nada significa.
Ser, para eles, é resistir, é estar.
E imola-se na luz do Sol-nascente
A paz azul dum espaço inexistente.
Soneto de João de Sá, do livro "Flores para Vila Flor", 1996.
26 setembro 2009
Flor do Mês - Setembro de 2009


Pertence a uma família "recente" que se separou das liliaceas, que tem como membro muito conhecido o jacinto.
Tal como o nome deixa supor, o caule é um enorme bolbo muitas vezes maior do que as cebolas. Ao longo da linha do Tua tenho encontrado enormes cebolas "plantadas" sobre as rochas, completamente forra da terra, sustentando-se à custa de umas poucas raízes de a prendem e a alimentam. Estas cebolas estão em grupos numerosos.
As cebolas tem utilização medicinal, sendo conhecidas há milhares de anos, mas a sua utilização deve ser cuidadosa dado que possuem grande toxicidade.

25 setembro 2009
Passeios de Verão (2)





Apeteceu-me contornar toda a albufeira, mas no meu plano estava seguir até Mourão e não tinha que dosear o tempo e as forças.

Comecei a subida em direcção ao Mourão. A minha intenção era subir até ao cemitério e depois continuar para a aldeia. Entre oliveiras carregadas de azeitona e figueiras cheias de figos maduros, devo ter tomado a opção errada e dei comigo a seguir para sul, desviando-me da direcção pretendida. O caminho era bom e deixei-me levar até terrenos desconhecidos, a sul da freguesia. Só depois subi em direcção à aldeia, que o sol já beijava ameaçando despedir-se.

Fiz um passeio pela aldeia. Olharam-me com ar desconfiado, talvez seja por causa do bastão que agora levo comigo. É útil para afastar os cães mas também as silvas e as urtigas, quando me desvio dos caminhos.

Cheguei ao carro às 20 menos um quarto, já noite escura.

Este passeio serviu também para assinar os 3 anos do Blogue, uma vez que fazia exactamente 3 anos desde o primeiro post.
Mapa do percurso
24 setembro 2009
Afecto à terra

Alma,
Desta minha terra
Idolatrada e bela
De afectuosidade inigualável
Quão anseio tê-la,
Vila Flor, meu respirar
Do aconchego do meu lar,
Meu recanto predilecto
Desejo-te,
Pura… singela
Vou preserva-te imune
De qualquer falso perfume
Que te faça amargurada,
Vítrea,
No trato, no contacto
No respeito, na… generosidade,
Sempre branca, sem maldade,
Guia,
Dos meus episódios
Dos meus olhares recônditos.
Atenta,
Sem ódios,
De braços abertos,
A todos os filhos.
Poema de Fernando Silva
21 setembro 2009
Agarrando a luz

20 setembro 2009
Foste… rosa, hoje… Jardim

Povoa de Além Sabor
O teu nome de Nobreza,
Ao passar o Rei Lavrador
Encantas-te…Sua Alteza,
Que de passagem para Castela,
D. Dinis o Lavrador
Onde visitou sua amada Bela...
Isabel, o seu …amor,
Apadrinhou-te Vila das Flores
As muralhas mandou erguer,
As rosas os seus amores
Vila Flor… tinhas que ser,
E para provar sua gratidão
Este Rei que era de versos e prosas
Dedica à Rainha Santa, filha de Aragão
Na linda fonte romana, manda colocar
O milagre das Rosas.
Para esta terra que eu amo
Poema de Fernando Silva
17 setembro 2009
Até onde pode ir a fotografia?

As fotografias de Vila Flor correm mundo e rivalizam com as fotografias dos locais mais belos, na América, na Europa central, na floresta amazónica, em todos os locais onde há apaixonados por esta arte.

Hoje é tudo mais rápido e mais pessoal. Eu programo a máquina fotográfica antes de sair de casa, e, mesmo que use a mesma máquina que outra pessoa, no mesmo local, a fotografia nunca será igual.

Espero que gostem...
Nota: a primeira fotografia foi tirada no Arco, perto do cemitério em direcção ao Vale da Vilariça; a segunda foi tirada perto de Vila Flor, subindo pela Rua do Carriço; a terceira foi tirada no alto do Facho, perto do marco geodésico.
16 setembro 2009
15 setembro 2009
Passeios de Verão (1)

Pretendia encontrar exemplares representativos para a Flor do Mês, mas fiz quase todo o percurso sem encontrar flores dignas de serem referenciadas. As rochas, pelo contrário, são dignas de atenção em toda a área que percorri nas freguesias de Vila Flor, Samões, Carvalho de Egas e Seixo de Manhoses.

Junto ao marco geodésico em Carvalho de Egas está a construir-se um enorme estaleiro. Penso que se destinará a uma britadeira, dado que a pedreira é ali perto. Foram arrancadas algumas amendoeiras de um pomar daqueles que devem ter sido plantados à custa de CEE.
Procurei encontrar as fragas a que chamam “mal casados”. É como procurar uma agulha num palheiro, visto que nunca vi sequer uma fotografia dessas tão “conhecidas” figuras. Há muitas rochas aos pares, mas não é possível ver se estão de “más relações”.

Soube que há um caminho bastante antigo desde o Santuário até ao Seixo. É um estreito carreiro, pelo que dizem. Vou tentar explorá-lo numa próxima oportunidade.
No caminho de regresso, já com o tempo mais fresco, ainda consegui ver alguns coelhos selvagens, coisa rara nos dias de hoje.

Percurso para descarregar para GPS
13 setembro 2009
Em procissão até ao alto do cabeço

Cheguei ao Vilarinho pouco depois das 3 da tarde. Sem entrar na aldeia, aproveitei para subir em automóvel, ao cabeço onde se situa a capela.

Já conhecia o interior da capela, onde tinha estado há um ano atrás. Destacam-se os belos altares recuperados, depois de terem estado durante algum tempo ao abandono. Foi excelente terem-nos colocado nesta capelinha. A imagem de Nossa Senhora dos Remédios estava no seu lugar de sempre, dado que há outra imagem na igreja matriz, sendo esta a usada na procissão.
Fiquei um pouco desiludido de não ter encontrado ninguém no local. A minha imaginação fértil tinha criado cenários que talvez já não sejam muito frequentes nos dias de hoje. Apesar de as distâncias estarem cada vez “mais curtas” também o nosso tempo é cada vez mais escasso e poucos dispõem do suficiente para passarem algum no alto do cabeço, à sombra de um sobreiro, trocando algumas palavras ou mesmo matando a sede numa tradicional tasquinha.

Encontrei pouco depois, numa parede, um painel com algumas fotografias de Vilarinho das Azenhas. As fotografias são de minha autoria e fui também eu que fiz a sua selecção e arranjo. Parece-me que a aldeia está bem representada e recebi um feedback muito positivo de algumas pessoas que me reconheceram.
Quando passei no bar da comissão de festas abasteci-me de água. Estava decidido a a acompanhar a procissão e não queria partir desprevenido.

Terminada a Eucaristia, organizou-se a procissão: três cavaleiros à frente; os bombos dos Grupo de Gigantones de Valtorno; seguiam-se as bandeiras e estandartes e os andores. Atrás do andor de Nossa Senhora dos Remédios seguia o Sr. Padre Delfim, a Banda de Música de Vila Flor e, por fim, a população em procissão. Junto de cada andor seguia um grupo de pessoas, possivelmente familiares, mas que revelaram de grande importância no apoio no longo e difícil percurso.
O desenho das ruas da aldeia, que se estendem do Cimo do Povo, ao Bairro da Estação, não favorece um percurso contínuo. Embora tenha sido notória a preocupação em percorrer o maior número possível de ruas, a procissão teve algumas dificuldades. Desceu até à Capela do Espírito Santo, que contornou, subindo de seguida até ao Cruzeiro do Cimo do Povo, descendo de novo para seguir pela Rua das Alminhas em direcção ao Cabeço.

O percurso pela Rua das Alminhas foi feito com muita calma, antecipando as dificuldades que se seguiram. Foi com grande sacrifício que a procissão seguiu pela Rua da Fonte e depois pelo caminho acima até ao ponto mais elevado, junto à capela. Havia a elevada temperatura, o pó do caminho, o peso dos andores, a distância e o declive. Alguns idosos tiveram muita dificuldade, felizmente foi distribuída muita água, pela comissão de festas, ao longo do percurso.
À medida que a procissão progrediu e se aproximou da capela, o sol foi descendo no horizonte. O cenário já é por si grandioso, mas com todo o aparato da procissão, música, fogo, andores, bandeiras, poeira, viveram-se momentos mágicos, de muita intensidade emocional. Foi no auge dessa emoção e sofrimento que os adores chegaram à capela. O silêncio ganhou mais espaço e todos nos sentimos mais próximos do sagrado.
Cheguei-me à porta da capela olhando Nossa Senhora dos Remédios em contraluz. Aos poucos foi despida das rosas brancas e dos antúrios. No cabeço são as fragas, os sobreiros e carrascos que decoram o seu altar de todo o ano.

Não fiquei para o arraial. O meu amigo Reixelo já tinha o palco montado. Sei que com os seus colegas e a sua concertina proporcionou um arraial muito agradável, obrigatório nas nossas festas de Verão.
Ver vídeo da procissão aqui.
12 setembro 2009
11 setembro 2009
Nem um!

Nem um amigo.
Nem, ao menos, só um
eu encontro na rudeza
destes montes.
Sozinho...
Apenas eu.
Sem mais ninguém.
E o frio gela.
A força desvanece.
Já não uso luz de vela.
Mas o que é eléctrico
não acontece.
Nem um...
Nem um!
Poema de José Trigo, do livro Sociedade... Humanidade... e o Homem.
Fotografia: Cabeço de Nossa Senhora dos Remédios, Vilarinho das Azenhas.
10 setembro 2009
Exposição de pintura
09 setembro 2009
Nossa Senhora do Castanheiro

08 setembro 2009
Nossa Senhora dos Remédios - Vídeo

07 setembro 2009
06 setembro 2009
À Descoberta de Vilarinho das Azenhas
3 anos À Descoberta

Devo muito a "estes companheiros" de Descoberta. Desejo-lhes um excelente 2009-2010.
05 setembro 2009
Vilarinho das Azenhas - Festa N. S. dos Remédios

Parabéns! Três anos À Descoberta...


Este terceiro ano não teve tantas viagens, tantos quilómetros em BTT, mas, para compensar, teve mais contacto com as pessoas, mais atenção às fotografias e mais leituras. Em termos estatísticos, não houve muitas diferenças em relação aos 2 anos anteriores: o número de postagens foi sensivelmente o mesmo; a origem dos visitantes foi a mesma e o número subiu ligeiramente.
No mês passado foram atingidos 100000 visitantes. Não são os números o principal factor que me move, caso contrário bastava ter dedicado mais atenção às filmagens da novela "A Outra" e o número de visitantes teria disparado.



Não há planos para o futuro. Desejo que o ano escolar que agora se inicia me faça esquecer o ano mais negro da minha vida profissional. Espero também recuperar da queda da bicicleta que tive em Abril, o suficiente para poder voltar a visitar as diferentes aldeias em BTT. Tenho a certeza que não conseguirei guardar só para mim tudo o que de interessante ainda vou Descobrir neste concelho.

Fotografias:
1 - Alto do Facho, Vila Flor
2 - Filmagens da telenovela "A Outra" em Vila Flor, para a TVI
3 - Engarelas, em Folgares
4 - EZ Special, na VII Terraflor
5 - Gráficos estatísticos
6 - Amendoeiras em flor, Vilas Boas.
Números:
305 366 Páginas vistas
106 131 Visitantes
1 973 Km em BTT
579 Postagens
Incontáveis fotografias
02 setembro 2009
Freguesia Mistério 31

Carvalho de Egas (1) 7%

Lodões (1) 7%
Nabo (3) 21%
Samões (1) 7%
Sampaio (1) 7%
Seixos de Manhoses (1) 7%
Trindade (1) 7%
Vila Flor (2) 14%
Vilarinho das Azenhas (1) 7%
Vilas Boas (1) 7%
A resposta certa era Nabo. A fotografia representa uma fonte do bastante antiga, que não foi muito fácil de encontrar. Situa-se praticamente fora do núcleo urbano, mas foi importante para o abastecimento de água à aldeia. Era o lugar ideal para esperar as meninas que iam à fonte buscar água, e trocar com elas algumas palavras, ou algo mais, longe dos olhares das mães desconfiadas. Na altura em que a visitei estava completamente seca, mas espero voltar quando tiver água.
Para encontrar a fonte, partindo do centro da aldeia junto à igreja de S. Gens, desce-se a rua do Cimo do Povo até passar o ribeiro que vem lá dos lados do Gavião. Logo depois, vira-se à direita, por uma caminho, até passar a última casa. A fonte é poucos metros mais à frente.
O desafio da Freguesia Mistério n.º31 é também muito fácil. Trata-se de uma uma imagem de Nossa Senhora à qual é feita uma grande festa na aldeia, numa capela bastante bonita, num local muito aprazível. Em que freguesia se realiza essa festa? Têm todo o mês de Setembro para desvendar este "mistério".
Como sempre, a votação é na margem direita do Blogue. Só é possível votar uma vez.
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