21 abril 2007

Quinta da Barquinha e outras quintas


Foi numa quarta, mais concretamente a 21 de Março de 2007, que subi ao topo da Fraga do Frade, e, de 654 metros de altitude, fiz estas fotografias. A meus pés estende-se um fértil vale onde se encaixam a Quinta de S. Gonçalo, Quinta de S. João, Quinta da Barquinha, Quinta da Paz, Quinta da Conceição e Quinta dos Lagares.
Nestes terrenos domina a oliveira que cede algum espaço a algumas vinhas. Também por aqui há algumas pereiras, floriram agora em Abril.
Passei uma tarde inteira admirando o quadro harmonioso, pintado em tons de azul e verde, muitas vezes verde azeitona, que se envolve amorosamente com os castanhos da terra. Desde o Marco, próximo de Samões, o olhar perde-se, ora mais próximo, com a Vila a meus pés, ora mais longe, pelo Peneireiro, descendo pelo Gavião, saltando para o Castedo e adormecendo na Foz. Sobe-se o Reboredo até Moncorvo que logo se larga para focar mais próximo a Adeganha e a Junqueira. Já cansados de tanto olhar, baixamos os olhos e do Alto da Caroça até à Sr.ª da Veiga, onde todos descansam. Depois de uns segundo de pausa, redirecciona-se a objectiva, respira-se o ar de urzes e torgas temperado de silêncios, porque o barulho aqui não se faz ouvir.
Quando o astro rei se preparou para dormir e incendiou a Vila, a Poente, impedindo-me de olhar, abandonei o local, andando de vagar, tentando não fazer barulho com os pés, não queria perturbar.
Este quadro de um reino maravinhoso que eu vi, e senti, outros viveram e sentem na saudade. Espero que esta mensagem chegue ao Brasil, à Laura e ao Fernando. Que ela alegre toda a nostalgia de mais de 40 anos de distância.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá!
Lindo! Que lindas as torgas!
Abraço
EL