20 abril 2007
Viagem agitada até Meireles
No dia 18 de Abril parti para uma pequena visita a Meireles. Comecei por me questionar qual o percurso que iria seguir mas não descobri muitas alternativas. Confiei mais uma vez no meu espírito de improvisação.
Subi ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, passei por Trás-da-Serra, Bairruivo e cheguei a estrada que segue para a Trindade. Apanhei o primeiro caminho, à esquerda, em direcção ao vale onde se encontra Meireles.
O caminho estava bom e conduziu-me a uma pequena quinta abandonada, a Quinta do Velhinho. Junto desta quinta há alguns terrenos cultivados e lameiros, mas, dali para baixo, em direcção ao do Ribeiro da Fragada, em direcção a Meireles, não consegui ver nenhum caminho possível.
Do outro lado da ribeira, onde terminam terrenos da Quinta da Veiguinha já era visível um caminho que parecia seguir em direcção à aldeia.
Decidi arriscar. Parecia um curto espaço de terreno ainda por cima a descer… Foi uma má opção. Havia muito mato, muitas fragas e muitas silvas. Foi o caminho mais difícil que já percorri desde que comecei os meus passeios À Descoberta de Vila Flor.
Antes de chegar à ribeira, já tinha um furo na roda dianteira. Foi um desespero. Não havia nada a fazer quanto à bicicleta. Tenho que comprar uma bomba de ar e levar uma câmara-de-ar comigo para estas eventualidades. Foi já o 4 ou 5 furo que tive!
Continuei “arrastando” a bicicleta e a tirar fotografias. Depois de passar a ribeira, foi mais fácil circular entre olivais e mato de estevas floridas.
Há por aqui muitas ravinas no fundo das quais passam várias ribeiras que se junta na Ribeira de Meireles. Na ribeira que desce da Feiteira estão a ruínas de dois moinhos. Ainda quis entrar nas ruínas mas não foi possível porque havia muito mato. Deixei a ribeira e comecei a subir para a aldeia. Numa pequena elevação encontrei um bom ponto para fazer uma bonita fotografia panorâmica da aldeia mas o Sol estava a ofuscar-me os olhos do alto da Serra do Faro.
Cheguei a Meireles sem muita vontade de tirar fotografias. As pessoas olhavam-me curiosas. Além da roda furada, as minhas pernas estavam num estado lastimável, capazes de causar pena a qualquer um.
Subi preguiçosamente a rua principal até à estrada do Cachão onde procurei um telefone. Esperei pelo “carro de apoio” e pelo “chá” que vinha junto.
Dois dias depois, olhando as fotografias, penso: - tenho que voltar a Meireles. As arranhadelas estão esquecidas mas as fotografias nem estão nada más!
Quilómetros percorridos neste percurso: 15
Total de quilómetros de bicicleta: 860
Total de fotografias: 18 282
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3 comentários:
Olá!
Pois... nem tudo são rosas...
Mais louvável e meritória se torna a tua dádiva...
Os textos e as fotos, como sempre, do melhor...
Quanto ao "carro de apoio" e ao "chá", pois claro...(risos). O que se espera? Mas, o importante importante é que há sempre ALGUÉM com quem contamos SEMPRE! Essa é que é essa! Beijinho grande para ela!
Abraço
EL
Ola Anibal
A quinta da Barquinha é aquela que esta junto a estrada para Sampaio.Eu ficarei muito feliz quando voce fotografar a Quinta da Barquinha.
Gosto muito das fotografias das castanheiras e das panorâmicas.
Abraços
Muito bom, acho que devia voltar sim até porque meireles têm muitos sitios escondidos que são muito bonitos,...n fosse ela a minha aldeia...parabéns pelo trabalho
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