10 junho 2007

BTT, o Vale da Vilariça de outro ângulo

Hoje aproveitei para conhecer o Vale da Vilariça, visto do outro lado, do concelho de Alfândega da Fé. Integrado na Feira da Cereja 2007, realizou-se o IV Passeio BTT da Cereja. A minha prática do BTT tem acontecido somente no concelho de Vila Flor (com umas escapadelas a Carrazeda) e com objectivos bem definidos, que ultrapassam o desporto pelo desporto. Hoje, além de poder ver o Vale da Vilariça de outros ângulos contava com a companhia de seis atletas do Clube de Ciclismo de Vila Flor, estando reunidas as condições para uma manhã bem passada.
A concentração foi em frente ao Jardim Público, juntando pouco mais de 3 dezenas de atletas de todas as idades (e pesos). Percorremos alguns quilómetros no interior dos pomares de cerejeiras ainda com alguns frutos vermelhos pendurados, mas em pequena quantidade.
Quando cruzámos a estrada N315 perdi os meus pontos de referência e não sei exactamente por onde passámos, talvez por Vales ou mesmo Sambade, sempre por caminhos rurais. Só quando avistei o Vale da Vilariça, de uma altitude entre os 800 e os 900 metros me senti em casa. Lá abaixo sim, eu conhecia. Pelo menos a margem direita da Ribeira da Vilariça. O céu, ora se carregava de nuvens escuras, ora se abria deixando passar fios de ouro que iluminam pequenos mantos do infindável vale. Foi aí que reencontrei os meus amigos Paulo e Rui Carvalho, preocupados com o meu atraso, mas também fascinado com a beleza do vale, como amante que também é de belas fotografias.
A descida até próximo de Vilares da Vilariça foi rápida (e perigosa). Fiz algumas pausas, não tantas como queria, para registar o Momento. Do outro lado do vale o olhar atente contou, a Trindade, Valbom, Santa Comba da Vilariça, Assares, Lodões e Sampaio cercados de verdes vinhas e olivais.
A pausa para reabastecimento aconteceu em Vilarelhos, a pouco mais de 200 metros de altitude. Depois de saciada a fome, a sede e de algumas conversas bem dispostas, abalámos até Alfandega da Fé. Foi um percurso muito agradável, com algumas subidas íngremes sem nunca tocarmos o alcatrão. Não houve muito tempo para olhar para trás a admirar a paisagem. Quando chegámos a Alfandega, um bátega de água refrescou-nos no último quilómetro.
O almoço foi numa barraquinha, na Feira. A sorte foi termos uma equipa em forma porque tivemos que agarrar na mesa e fugir da chuva que teimava em não nos deixar almoçar em paz!

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